TEMPOS ÍNDIOS: HISTÓRIAS E NARRATIVAS DO NOVO MUNDO (original) (raw)

NOVOS REALISMOS NA CONTEMPORANEIDADE: A ESCRITA DE HISTÓRIA

Caderno Seminal Digital, 2011

No presente artigo, pretendo analisar a escrita de Hans U. Gumbrecht em seu livro Em 1926 como proposta que foge à convencional escrita narrativa da História como disciplina. Sabendo que sua intenção é enfatizar o aspecto sensual de re-presentificação do passado, refletindo como essa nova escrita estaria ligada a uma nova função da História na sociedade, enfatizando seu aspecto político assim como o aspecto estético da escrita. Para alcançar tal objetivo, tenho como base as análises do filósofo francês Jacques Rancière sobre a relação entre estética e política, assim como suas posições sobre arte e a História. Como questão tangente, reflito de forma breve a relação entre literatura e História.

ENSINAR HISTÓRIA NA ERA DAS MÍDIAS DIGITAIS

[PROJETO DE PESQUISA], 2019

Ensinar a disciplina de História, atualmente, tem sido um grande desafio. Diversas informações estão ao alcance das mãos dos/as estudantes devido o acesso à internet, por meio dos celulares, tablets e computadores. No meio desse mar de informações, há muito material importante e esclarecedor. Contudo, há também, muitos conteúdos que visam realizar uma revisão da história, todavia, sem métodos, sem contextualização bibliográfica, enfim, sem uma capacidade analítica/explicativa do passado, como preza a construção do conhecimento histórico. Estas narrativas são disseminadas por meio das mídias e redes sociais, e nestes espaços, devido a participação dos sujeitos por meio de comentários e compartilhamentos, ganham novas significações, novas interpretações. Neste emaranhado de informações, a possibilidade dos/as estudantes construírem uma consciência histórica, compreendendo e interpretando o passado, fica difusa. Diante deste cenário, pretendemos com esse trabalho, realizar um estudo de caso com um personagem/período da História do Brasil, especificamente D. Pedro II e o seu reinado, analisando duas tipologias de documentação: o videodocumentário produzido e compartilhado pela empresa Brasil Paralelo, chamado "O Segundo Reinado: D. Pedro II (1840-1889)" e posts do site do Facebook, Pedro II do Brasil, que objetiva apresentar verdades sobre este personagem. A proposta é analisar sintaticamente partes do vídeo e posts selecionados, a partir do referencial teórico de Ricoeur, para compreender composição destas narrativas. Feito isso, buscaremos compará-las a historiografia sobre o tema, e, amparando-nos no estudo de Girardet, entender o quão elas partem de mitologias políticas para resgatar para o presente esse protagonista e o seu reinado. Realizada estas análises, pretendemos ministrar oficinas didáticas para os/as professores/as da educação básica e estudantes de Licenciatura em História da região de Cacoal, com o objetivo de colaborar na melhor compreensão destes discursos, favorecendo desmistificar estas novas narrativas históricas, possibilitando a problematização e utilização delas em sala de aula.

A HISTÓRIA UMA CIÊNCIA EM MUDANÇA: NOVOS E VELHOS TEMAS NA

A História é filha do seu tempo" INTRODUÇÃO Propomo-nos apresentar neste artigo uma breve síntese sobre as principais tendências da historiografia produzida no século XX, bem como as problemáticas orientadoras da investigação histórica actual.

AS NARRATIVAS SOBRE OS INDÍGENAS BRASILEIROS NOS MEGAEVENTOS MUNDIAIS DO SÉCULO XXI

Extraprensa (USP), 2020

Megaeventos internacionais têm como objetivo transmitir uma narrativa favorável para nações anfitriãs e seu povos. No caso do Brasil, a organização da Copa do Mundo da Fifa 2014 e dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016 proporcionou ao país uma poderosa exposição midiática capaz de apresentar novas narrativas de sua história em um período de apenas dois anos. Este artigo descreve como os comitês organizadores dos eventos mencionados representaram os primeiros habitantes do país, os ameríndios, com a seleção de diferentes narrativas construídas ao longo da história intelectual brasileira. Portanto este artigo busca, por meio de um apanhado histórico, expor os movimentos culturais e eventos políticos que culminaram no entendimento que parte da sociedade brasileira – na qual os comitês supracitados estão inseridos – tem sobre os ameríndios e seu papel na construção da nação.

SOBRE TEMPOS E HISTÓRIA: O PARADOXO PÓS-MODERNO

Marcio Tavares d´Amaral, 2010

Este artigo tem destinatário, é parte de uma festa. Escreve-se especialmente para alguém, como quando se vai buscar um presente e se encontra o melhor que se pode dar.

A REPRESENTAÇÃO DE PINTURAS HISTÓRICAS NA TELENOVELA 'NOVO MUNDO'

2021

Resumo: A partir da telenovela "Novo Mundo" (2017), faremos uma análise de como as pinturas históricas foram utilizadas como referência e inspiração para a produção tanto das cenas como também para os personagens principais da trama. Como metodologia, estabeleceremos comparações de cenas da novela com algumas pinturas históricas de artistas do período, como Jean-Baptiste Debret e Arnaund Pallière. Desta forma, mobilizaremos John Berger para argumentar acerca de como a imagem absorvida por meio da tela de televisão é diferente daquela extraída do olhar direcionado para um quadro no museu. Uma pintura quando é reproduzida no audiovisual tem seu significado multiplicado e fragmentado. Ela adentra na casa das pessoas e passa a ser vista em um contexto diferente. É o quadro que vai até o espectador e não ao contrário, como de costume. Tendo essa questão como ponto de partida, utilizaremos Jason Mitchell para nos atentar para o fato de que não devemos confundir o desejo da imagem com o do artista, do espectador ou das figuras presentes na imagem. Logo, a mensagem que as imagens comunicam ou o efeito que produzem não será necessariamente o que elas querem, assim, ela está aberta a diversas interpretações.