Os Outros do Mesmo (original) (raw)
Related papers
A personagem intermédia (João Brites) é uma presença recorrente nas diversas personagens desempenhadas pelo actor, um modo que lhe é particular enquanto pessoa e enquanto actor. Assim, a personagem é intermédia porque já não é quotidiana mas ainda não é uma outra. in "Afectos e Reflexos de um Trajecto", Teatro O Bando 2006 in Questão de Crítica, 2010
Os outros dos outros, 2011
Agradecemos profundamente aos autores pelo interesse demonstrado no simpósio e pela acolhida da convocatória para colaborarem na coletânea. Agradecemos ainda aos comentadores do simpósio em Buenos Aires, Beatriz Perrone-Moisés (USP) e Philippe Erikson (Paris Ouest-Nanterre) que enriqueceram as apresentações debatendo sistematicamente as ideias propostas e adensando-as com um olhar crítico e comparativo. Philippe, além disso, aceitou o convite de prefaciar o livro, o que torna nosso agradecimento duplo. Também agradecemos aos três pareceristas anônimos que encaminharam interessantes e valiosas opiniões sobre esta coletânea. Queremos ainda reconhecer particularmente o generoso e paciente trabalho de Laura Pérez Gil e Miguel Carid Naveira, que verteram vários artigos do castelhano para o português. Parte da edição do presente volume foi possível graças ao apoio financeiro do projeto de pesquisa PICT N° 1009-2008, outorgado pela Agência Nacional de Promoção Científica e Tecnológica, da Argentina. Finalmente, agradecemos à Editora da UFPR pela possibilidade de editar este volume em português e facilitar sua distribuição. Prólogo 1 Philippe Erikson Descentrar seu próprio olhar no esforço de alcançar a perspectiva do outro: sem qualquer dúvida tal é a ambição que confere à nossa disciplina, ao mesmo tempo, sua vantagem metodológica, seu principal atrativo epistemológico, sua imensa originalidade e sua elevada dignidade moral. Além disso, a questão da alteridade é intrinsecamente associada ao projeto antropológico: desde sempre, o olhar que outrem lança sobre o outro se encontra, nem que seja virtualmente, no coração mesmo de nossas questões de pesquisa. E, no entanto, ao longo de anos, quantos equívocos sobre esses pontos! Quantos erros, até sobre a denominação de nossos objetos de estudo. Quantos imbróglios onomásticos têm embalado a valsa recente de autodenominações indígenas, a re-etiquetagem etnonímica que parece, desde alguns anos, não poupar ninguém.
"A XIII Semana de Estudos Clássicos da FEUSP, evento realizado em 2016, organizado pelos professores Alessandra Carbonero Lima e Marcos Sidnei Pagotto-Euzebio trouxe como tema "Os Outros, os Mesmos: a alteridade no mundo antigo", possibilitando discutir-se a questão das diferenças a partir de algumas indagações: Quem é esse outro? Como lidar com ele? De que modo esse outro colabora na constituição do que somos? A partir dessas questões, professores e pesquisadores convidados elaboraram sua contribuição, pensando nas conexões entre o tema proposto com a educação e com o nosso tempo. Parte dessas comunicações geraram os textos reunidos nessa coletânea, acrescida de um capítulo escrito por Marcos Beccari (UFPR), que também assina o projeto gráfico desse livro."
Revista Ciberteologia, 2012
O presente trabalho é um ensaio sobre a interpretação de símbolos religiosos de uma obra de ficção-fantasia intitulada As crônicas de gelo e fogo, de George R. R. Martin. A partir de leituras dos dois primeiros volumes da obra e de outras obras oferecidas na disciplina Literatura e Religião, pretende-se analisar a obra em duas vertentes:
Projeto Historia Revista Do Programa De Estudos Pos Graduados De Historia E Issn 2176 2767 Issn 0102 4442, 2009
A América Latina, através de sua economia de extração colonial, exagerada em sua exploração pelos invasores europeus e por sua forma de inserção hipertardia no mundo de trocas capitalistas, que dá origem as suas burguesias dependentes e subordinadas às burguesias imperialistas, demonstra aspectos comuns que, embora diferentes em sua efetivação prática nos diversos países da região, nos fazem originários de uma mesma matriz. A atual onda de representantes da "esquerda" assumindo os maiores cargos políticos em nosso continente não foge de tal perspectiva, pois, após várias tentativas de chegar à presidência da República Oriental do Uruguai, a Frente Ampla, que comunga da participação de ex-tupamaros, socialistas, comunistas, 1 blancos e colorados progressistas, chegou ao comando do país, em março de 2005, com seu candidato, o médico e socialista Tabaré Váquez, 2 quebrando o revezamento entre os partidos tradicionais na direção do Estado, embora não sem fazer os necessários acordos para se manter no poder. O MLN-T (Movimiento de Liberación Nacional-Tupamaros) começou a atuar no Uruguai no começo da década de 1960. Em 1970, os tupamaros se transformaram em um dos grupos guerrilheiros mais conhecidos e temidos da América Latina, em decorrência do seqüestro do agente da CIA, Phillip Michael Santori, vulgo Dan Mitrioni. Após sofrer uma grande baixa em seus quadros e sofrer várias cisões internas, atualmente, os ex-tupamaros estão aglomerados no MPP (Movimiento de Participación Popular), a ala mais radical da Frente Ampla. O Partido Socialista uruguaio começa a ser gestado no final do século XIX, mas se transforma em partido, formalmente, somente em 1910. Após 1921, depois de uma cisão, de seus quadros emerge o Partido Comunista. Inicialmente radicais, a partir dos anos 1950, a organização passou a lutar e defender políticas reformistas, posição que mantém atualmente.
Anais do IV Congresso de Inovação e Metodologias do Ensino Superior - CIMogias do , 2019
Eu nasci em 2015. Tímido, nu, criado pela vontade da Escrita. Ela estava cansada, coagida pelas regras e pelos prazos, caminhando solitária pelos corredores das universidades a procura de um milagre. Gastando o que não tinha para melhorar o que achava que era o problema. Mas, na verdade, ela estava fazendo dívidas com o desgosto e com as crenças negativas. Fui criado para cuidar dela! A Escrita já não estava dando conta de tudo sozinha. Além de cuidar de si mesma, precisava cuidar dos Outros. E o que acontecia era o seguinte: os Outros combinavam de cuidar dela e, em troca, ela cuidava deles. Isso, no entanto, na maioria das vezes não ocorria. Os Outros queriam ser cuidados, mas não tinham tempo para cuidar da Escrita. Foi então que tudo desandou. Ela era cobrada o tempo todo, mas não tinha nada para oferecer, pois estava castigada, maltratada. Foi então que eu surgi. Uma espécie de mediador para ajudar nessa relação entre os Outros e a Escrita.
Revista de Antropologia, 2018
Assim como outros povos amazônicos, os Aweti – povo tupi que habita a região dos formadores do rio Xingu – costuma designar certas narrativas por uma expressão que pode ser traduzida por “história dos antigos”. No mais das vezes, contudo, referem-se a elas simplesmente como “histórias” ou, mais precisamente, tomowkap, termo cuja tradução literal seria “instrumento de orientar”, e que pode designar igualmente o relato de um evento ocorrido no passado recente. O que segue é uma tentativa de levar a sério esse fato – a (ou certa) indiscernibilidade do mito em relação a outros tipos narrativos – explorando suas implicações epistemológicas e ontológicas. A aposta deste artigo é que isso pode nos dizer algo sobre o que os Aweti pensam, não apenas sobre a natureza disso que chamamos mito, mas também sobre a natureza do conhecimento que se pode ter do mundo de forma geral e, com isso, sobre a natureza do seu mundo.
Os Outros na Ficção Científica Portuguesa
Como foram vistos e referidos os "Outros" em três obras de ficção científica de autores portugueses. “Não lhes faremos a vontade” de Romeu de Melo, “Canopus 98” de Carlos Moutinho e “Casos de Direito Galáctico. O mundo inquietante de Josela (fragmentos)” de Mário-Henrique Leiria.