O TRABALHO DO AGENTE COMUNITARIO DE SAUDE NA PERSPECTIVA DA EDUCACAO POPULAR EM SAUDE POSSIBILIDADES E DESAFIOS The work of the community health worker from the perspective of popular health education: possibilities and challenges (original) (raw)
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EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA PERCEPÇÃO DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE
Cogitare Enfermagem, 2009
RESUMO: Estudo qualitativo realizado a partir do entendimento de que a educação em Saúde é um dos pilares do trabalho do Agente Comunitário de Saúde-ACS. O objetivo da pesquisa foi conhecer a concepção deste tema por ACS. A amostra foi não-probabilística por saturação. A técnica utilizada para análise dos dados foi o Discurso do Sujeito Coletivo. Após a análise foram encontradas três ideias centrais nos discursos do ACS em relação à educação em saúde. O pensamento de que educar é dar o exemplo, é dar palestras e orientações e a de que é algo difícil de fazer. Concluiu-se que o conhecimento que os ACS têm de educação em saúde é pautado na concepção tradicional de educação. PALAVRAS-CHAVE: Educação em saúde; Saúde da família; Saúde pública.
Este artigo discutiu as possibilidades e os desafios da atuação do agente comunitário de saúde (ACS) na perspectiva da Política Nacional de Educação Popular em Saúde. Partiu da análise dos resultados de uma pesquisa-intervenção realizada junto a uma Unidade de Saúde da Família de uma cidade de pequeno porte da região do sul do Brasil. Os dados analisados foram produzidos em reuniões com a equipe, em atividades com ACS – entrevista individual e oficinas, e em processo de devolutiva da intervenção com equipe. Entre os resultados, o lugar entrelaçado ocupado pelo ACS na equipe apresentou destaque. Ao situar-se entre saberes técnicos e populares, o trabalho do ACS constitui-se como potencializador das ações de Educação Popular em Saúde, ao passo que aponta para a necessidade de capacitação, pactuação das práticas desenvolvidas e valorização profissional. A partir dessas constatações, produziu-se a aproximação e a compreensão dos resultados com a Política Nacional de Educação Popular em Saúde. Com base nas análises produzidas, recomenda-se a instauração de práticas associadas ao conceito ampliado de saúde sustentadas em um trabalho integrado em equipe que valorize o saber/fazer do ACS e da comunidade inspiradas nos princípios orientadores da PNEP-SUS.
RESUMO: Estudo qualitativo realizado a partir do entendimento de que a educação em Saúde é um dos pilares do trabalho do Agente Comunitário de Saúde-ACS. O objetivo da pesquisa foi conhecer a concepção deste tema por ACS. A amostra foi não-probabilística por saturação. A técnica utilizada para análise dos dados foi o Discurso do Sujeito Coletivo. Após a análise foram encontradas três ideias centrais nos discursos do ACS em relação à educação em saúde. O pensamento de que educar é dar o exemplo, é dar palestras e orientações e a de que é algo difícil de fazer. Concluiu-se que o conhecimento que os ACS têm de educação em saúde é pautado na concepção tradicional de educação. ABSTRACT: It's a qualitative study developed from the understanding that education on health is one of the pillars of the Community Health Agents-CHA work. The objective of this research was to understand the conception of this theme by CHA. The sample was non-probabilistic by saturation. Data was analyzed through the Coletive subject discourse technique. Three central ideas were unveiled from the CHA speeches regarding health education: educate by example, to present lectures and guidance, and that is something hard to do. It was concluded that the CHA knowledge about health education is based on the traditional conception of education.
O objetivo desta pesquisa é evidenciar, numa perspectiva de contracolonização na/para Educação Popular em Saúde, a organização da gestão institucional a partir do Sistema Único de Saúde, na estrutura do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS) e suas influências na gestão popular, tradicional e ancestral, no que se refere à atenção ao direito à Equidade em Saúde junto aos povos Guarani e Kaiowá. A metodologia envolve a escuta da escrita das vozes Guarani e Kaiowá em território acadêmico e ancestral, além de uma narrativa autobiográfica de minha experiência 1 como trabalhadora do SUS nos períodos de 2016 a 2021 e sob docência de ñanderu e ñandesy. Como educanda no processo de caminhada (oguata) em espaços de expressão de luta com os povos Guarani e Kaiowá, vivenciei, ainda, outras epistemes e pedagogias de cuidado com o corpo-território. Trago, assim, uma reflexão-açãoreflexão (práxis) de que é preciso mudar o caminho (oguata pyahu) por meio dos saberes e das vozes ancestrais, porque aprendi "que o mato e a reza também cuidam, não é só o remédio do postinho".
EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE, SEUS CAMINHOS E DESAFIOS NA REALIDADE ATUAL BRASILEIRA
Educação popular em saúde: desafios atuais, 2018
Na atualidade brasileira, é fundamental que, cada vez mais, nos debrucemos sobre ideias, concepções, reflexões e debates aprofundados no intuito de conseguirmos, em primeiro lugar, conhecer novas perspectivas e novos olhares para o campo da EPS e suas várias interfaces, compartilhando de outras experiências e desvelando as diferentes possibilidades e obstáculos que vão se revelando na prática. Em segundo lugar, para gerar um processo de aprendizagem de modo que cada protagonista leve para si e para o interior de suas práticas e realizações uma reflexão profunda, uma avaliação crítica sobre quais são as situações-limite de suas práticas e que caminhos podem ser construídos para superá-las. Isso deve ser pensado para que as práticas de EPS sejam permanentemente qualificadas e possam avançar consistentemente na construção de alternativas para os principais desafios colocados no SUS.
Educação em Saúde para Agentes Comunitários de Saúde
Extensão em Foco, 2009
Relato de experiência de um programa de extensão intitulado Programa Saúde do Trabalhador na perspectiva da educação em saúde, realizado junto a 11 Agentes Comunitários de Saúde (ACS), de uma unidade de saúde, do município de Santa Maria, localizado no estado do Rio Grande do Sul. O objetivo foi realizar a educação em saúde desses trabalhadores, oportunizando o trabalho coletivo entre acadêmicos de Enfermagem e de Fisioterapia. Foram realizados encontros na unidade de saúde, com temas selecionados a partir das necessidades elencadas pelas ACS. Esse trabalho propiciou a troca de saberes entre todos os sujeitos que participaram do processo e contribuiu para a melhoria da saúde física e mental das agentes, as quais são imprescindíveis à qualidade de vida das mesmas, bem como para o trabalho realizado por elas junto a essas comunidades.
A proposta de Municípios e Comunidades Saudáveis, criada no Canadá e fomentada pela (MCS) Organização Mundial de Saúde objetiva a construção de políticas públicas para melhoria na qualidade de vida. Seu enfoque operacional é a intersetorialidade e a participação social e o embasamento conceitual, a Promoção da Saúde. Este artigo analisa a apropriação do ideário de MCS por representantes de comunidades populares da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, organizados como Rede de Comunidades Saudáveis do Estado do RJ (RCS) e os efeitos desta Rede em suas práticas comunitárias e políticas. Dentre os resultados observados, destaca-se: a inserção da RCS no contexto das redes de mobilizações civis; a associação do formato rede à ideia de fortalecimento; a RCS como espaço de formação, de conteúdos e de práticas comunitárias e políticas; a ampliação do poder objetivo e simbólico dos seus participantes; a RCS enquanto espaço de sociabilidade, apoio, reconhecimento mútuo e troca de informação. Porém, embora a participação na RCS tenha qualificado a ação comunitária, observa-se a fragilidade dos espaços participativosinstitucionalizados ou não -em conferir à participação popular um poder de decisão sobre as políticas públicas. Embora haja reconhecimento desses atores sociais por parte do governo, figuram como "atores" a serem convidados pela gestão pública a participar de estratégias pré-definidas, não se efetivando enquanto "autores". A maior clareza das demandas pelos atores comunitários e sua forte presença nos espaços de participação institucionalizados não são suficientes para que o poder público traduza as reivindicações em políticas ajustadas às comunidades. Palavras-chave: Participação Social. Políticas Públicas. Qualidade de Vida. Cidades Saudáveis. Promoção da saúde.
Processos Educativos: O Agente Comunitário De Saúde Como Elo Integrador Das Práticas De Saúde No Sus
2016
Introducao: Diariamente temos a oportunidade de refletir e conhecer abordagens pedagogicas, os processos educativos nas praticas de saude e a Educacao Permanente em Saude na acao das Equipes de Saude da Familia, alem disso, nestes momentos, precisamos trazer situacoes que se aproximam do nosso dia a dia como profissionais de saude da Atencao Basica com o papel de educador. E importante salientar que as praticas educativas em saude, alem da formacao permanente dos profissionais para atuacao neste contexto, tem como foco principal o desenvolvimento de capacidades individuais e coletivas objetivando a melhoria da qualidade de vida e saude da comunidade assistida pelos servicos, tendo como eixo norteador a Politica Nacional de Promocao da Saude, destacando que a educacao e a saude sao praticas sociais que nao se separam e sao interdependentes, sempre estando articuladas, sao considerados elementos fundamentais no processo de trabalho dos profissionais da saude (BUSS, 1999). Objetivo: De...
Revista de Ciências da Saúde Nova Esperança, 2012
RESUMO A educação em saúde pode ser definida como um campo de práticas que ocorrem ao nível das relações sociais, normalmente estabelecidas pelos profissionais de saúde, entre si, com a instituição e, sobretudo, com o usuário no desenvolvimento cotidiano de suas atividades. É através da Educação em Saúde que se promove o senso de identidade individual, a dignidade e a responsabilidade comunitária, e é através do Agente Comunitário de Saúde (ACS), o qual possui a função de educador em saúde, que é criado um elo de confiança entre os desejos e expectativas da população por uma vida melhor. A pesquisa teve como objetivo verificar a qualificação dos ACS como educadores nas políticas públicas de saúde, através do Processo de Educação em Saúde no município de Petrolina. Tratou-se de um estudo descritivo com abordagem quantiqualitativa. Os sujeitos foram grupos de ACS escolhidos aleatoriamente no município de Petrolina-PE, totalizando uma amostra de 50 participantes. Os dados foram obtidos através de um questionário acerca da Educação em Saúde, sendo posteriormente analisados pela Técnica de Análise de Conteúdo de Bardin. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UNIVASF-CAAE: 0028.0.441.000-11. Verificou-se que grande parte dos ACS não possui uma percepção acerca do que venha a ser o Processo de Educação em Saúde, todavia, reconheciam as deficiências de recursos e materiais que impossibilitam a promoção do processo educacional em saúde. Concluiu-se que, para obter-se uma adequada qualificação dos ACS como educadores nas políticas públicas de saúde, não é preciso tornar-se especialista em teorias da educação, ou em teorias pedagógicas, mas é preciso entender que o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem está diretamente envolvido com a troca de conhecimentos e orientações, necessitando que a formação do ACS seja rediscutida, em novas bases, definindo diretrizes curriculares e competências para sua prática. Palavras-chave: Auxiliares de Saúde Comunitária. Qualificação. Educação em Saúde.