O apoio no duplo autístico na construção do imaginário no autismo (original) (raw)
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O duplo e sua importância na discussão do autismo
Ágora: estudos em teoria psicanalítica , 2017
The notion of double and its importance in the discus- sion of autism. This work is supported by the Ceará Foundation for Scientific and Technological Development (Funcap) and is part of our research Subject and the individual: an analysis of audiovisual and autobio- graphical materials of autistic people and their contributions to the field of interface between inclusive education and psychoanalytic clinic. Through a literature review, discusses the notion of double from the Freudian text The Uncanny (1919). Recourse also to considerations of J. C. Maleval (2011) on the theme of double and autism. We conclude that the notion of double presents itself as an important tool in clinical and education of autistic.
O brincar e a relação objetal no espectro autístico
Fractal : Revista de Psicologia, 2013
Neste estudo foram investigados aspectos como o uso dos objetos e suas possibilidade de mudança em crianças do espectro autista em terapia fonoaudiológica de concepção Interacionista. Os sujeitos foram três meninos com diagnóstico de Transtorno Global do Desenvolvimento, suas mães e a fonoaudióloga. Filmaram-se as crianças durante a brincadeira livre no primeiro e décimo mês de terapia. Houve mudanças no brincar e no uso do objeto nos sujeitos. Conclui-se a efetividade da promoção do brincar em terapia, bem como que o conhecimento e a observação dos tipos de objeto e relação objetal é um importante indicador clínico.
Espelhos no autismo: alicerces para a criação de um estofo imaginário
Estilos da Clinica, 2014
O presente texto aborda o papel dos espelhos como alicerces para a criação de um estofo imaginário no autismo. Por meio da literatura de Tito Mukhopadhyay, demonstra-se a função psíquica do espelho como alicerce para uma alienação imaginária a um outro não humano, evidenciando a viabilidade da invenção de um estofo imaginário no autismo que pode ser o apoio para a construção do ego e da imagem de si próprio.
Consisto, logo existo: o imaginário na neurose obsessiva e suas repercussões especulares em torno do duplo, 2023
Este trabalho explora a consistência imaginária do obsessivo em relação à sua constituição psíquica, utilizando a teoria do estádio do espelho, de Lacan, para pensar a dinâmica da imagem e sua relação com a posição do sujeito em relação ao Outro. O estudo revela como o obsessivo se sustenta no narcisismo e na agressividade. A estratégia usada pelo obsessivo para lidar com o imaginário requer uma análise cuidadosa e levanta a questão central da pesquisa: a hipótese de que o imaginário duplica para dar consistência de unidade ao obsessivo em relação a ser o falo imaginário para a mãe.
2017
Autism Spectrum Disorder (ASD) is a neurodevelopmental disorder that affects communication, interaction and behavior. The symptoms manifest in deficits in social interaction and communication, repetitive and stereotyped behaviors, and restricted and fixed interests. The syndrome began to be described in 1943, but only became a clinical diagnosis in the 1980s. In its historical process, there are the creation of diagnostic manuals known as DSM that serve as guidelines with nomenclature and symptomatology. In addition, the disorder appears constantly in media coverage because of uncertainty about what causes autism, how it affects the lives of the population, and especially the lack of adequate social and physical structure for inclusion in society. Therefore, this work aims to know the history of autism in medicine, to address questions about legislation and culture around the disorder and to study the language and mechanisms of literary journalism in the construction of a nonfiction book.
Caraterização do apoio à criança com Perturbação de Espectro do Autismo
2014
A Perturbação do Espectro do Autismo (PEA) consiste num distúrbio do neurodesenvolvimento, que se caracteriza por dificuldades de comunicação, imaginação, interação social, assim como pouca flexibilidade do pensamento e interesses restritos, desde idades muito precoces. Com base na consulta bibliográfica, construiu-se um questionário designado "Caracterização do apoio à criança com PEA" que foi enviado via online através do Google Docs para profissionais de saúde nomeadamente a Terapeutas da Fala (T.F), Terapeutas Ocupacionais, Psicólogos, Professores, Educadores e Professores/Educadores de Ensino Especial, Psicopedagogos e psicomotricistas. A nossa amostra é constituída por 70 profissionais, maioritariamente, do género feminino. De acordo com os nossos resultados, a maioria não beneficiou de formação de base específica na PEA. O profissional mais referido como participando na avaliação e intervenção foi o terapeuta da fala. O acolhimento/anamnese foi a opção que reuniu mais consenso no processo de avaliação A Childhood Autism Rating Scale (CARS) foi o instrumento que os respondentes referiram como o mais utilizado na avaliação. Quanto ao tipo de avaliação e de intervenção que as crianças com PEA usufruem, a interdisciplinar foi a referida pela maioria dos inquiridos. Sobre os programas de intervenção, verificou-se que o Treatment and Education of Autistic and related Communication handicapped Children (TEACCH) é do conhecimento da grande maioria dos inquiridos, apresentando quase a percentagem máxima, ao invés do Learning Experiences and Alternate Program for Preschoolers and their Parents (LEAP), Responsive Education and Prelinguist Milieu Teaching (RPMT) e Early Start Denver Model (EDSM). Relativamente à frequência com que os inquiridos utilizam na sua experiência profissional a comunicação aumentativa e alternativa (CAA) em crianças com PEA, observou-se que estes utilizam algumas vezes, maioritariamente signos gráficos, do sistema pictográfico de comunicação (SPC), sendo o contexto mais utilizado as terapias. No que diz respeito, ao tipo de apoios que as crianças com PEA usufruem, as respostas foram quase unanimes em relação às terapias, comparando com outro tipo de terapias alternativas.
Pathos, singularidade e gramáticas de reconhecimento - efeitos de sujeito no autismo
Ao meu caro orientador João Luiz, meus mais sinceros agradecimentos. Agradeço, primeiramente, pela abertura com a qual recebeu a proposta deste trabalho. E, em segundo lugar, pela paciência e parceria que ofereceu durante todo o percurso. Sua sagacidade e lucidez me foram imprescindíveis para a constante ressignificação que fui obtendo, no processo, a respeito do meu objeto de estudo e da dimensão do que é viver uma experiência de orientação. À minha mãe, Aparecida, e ao meu pai, Romano, por sempre me incentivarem e ajudarem a manter acesa a chama do meu entusiasmo e dedicação aos estudos. À minha irmã, Larissa, pela coragem inspiradora que possui. À professora Elzilaine, pela parceria durante os anos da graduação e da pós-graduação. Uma pessoa que me inspira muito por sua paciência, gentileza e elegância, sempre muito distintas. Aos professores com quem tive um contato muito produtivo nos anos de graduação e pós-graduação, que me forneceram ótimos insights e leituras preciosas são eles: Anamaria Neves, Silvia Cintra e Renata Wirthmann. Aos colegas que compõe nosso grupo de pesquisa, os mais recentes, Bruno, Luiz, Sara, Isabela, Sofia, Leidiane, Jaqueline, Bruna, e também aos que tive a oportunidade de acompanhar um pouco do percurso, Luma, Camila, Roberta e Rita, agradeço pelo cuidado com que, muitas vezes, me ajudaram a avançar em meu percurso.
Texto do catálogo da exposição do escultor português Rui Sanches, Reflexos. Almada, Casa da Cerca-Centro de Arte Contemporânea, 2015.