PSICOLOGIAS SOCIAIS RESPONSIVAS PARA COM ANIMAIS // RESPONSIVE SOCIAL PSYCHOLOGIES TO ANIMALS (original) (raw)

PESQUISAR-DANÇAR COM ANIMAIS EM PSICOLOGIA SOCIAL

Tríptico -Dança/Pesquisa com cavalos A Psicologia Social, em diálogo com os Science Studies e com as epistemologias feministas, vem, aos poucos, participando dos debates e pesquisas em torno da chamada virada animal ou estudos animais, deslocamento epistemológico e ontológico cada vez mais presente nas Ciências Humanas, como bem observa Stelio Marras (2014). Para o autor, há neste deslocamento uma "oportunidade de rever como se processa todo tipo de trânsito e constituição das ontologias, dos seres e entes no mundo. Se é assim com os objetos técnicos [...], como não o seria quanto à relação entre animais e humanos?" (p.3). Oportunidade de rever que passa por gaguejar na própria língua, por hesitar nas pressuposições que separam humanos e animais como entidades definidas de maneira substancialista, como costumam fazer os modernos, tema exaustivamente discutido por Bruno Latour em "Jamais Fomos Modernos" (1994).

PERFIS BIOLÓGICO, SOCIOBIOLÓGICO E CULTURAL NAS CONCEPÇÕES DE ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO SOBRE ANIMAIS

REnCiMa, 2020

O ensino sobre animais hoje, na Educação Básica, iniciou-se na Grécia Antiga, a partir do pensamento de Aristóteles, no qual todos os organismos eram agrupados em um sistema de classificação sem abordar o parentesco evolutivo. Pesquisas recentes sugerem a inserção da sistemática filogenética no ensino de Zoologia, a fim de facilitar a compreensão desse conteúdo por parte dos estudantes. Nesse sentido, buscou-se conhecer em quais perfis epistemológicos o conhecimento sobre animais se assenta, em relação a quarenta estudantes de ensino médio que buscaram explicar a definição do termo "animal". Suas respectivas respostas foram interpretadas à luz da análise do conteúdo. Observou-se que grande parte do conhecimento se assenta em um perfil biológico, que considera a diversidade de habitats e modos de vida, e, ainda, a diversidade anatômica e fisiológica. Entretanto, muitas concepções que se articulam a uma visão utilitarista de animal demonstram um pensamento que não compreende o homem como pertencente ao mesmo reino, principalmente pelo uso do critério de racionalidade, presente em muitas respostas.

A SENSIBILIDADE DAS ANIMAÇÕES JAPONESAS EM RELAÇÃO AOS TRANSTORNOS PSICOLÓGICOS

A SENSIBILIDADE DAS ANIMAÇÕES JAPONESAS EM RELAÇÃO AOS TRANSTORNOS PSICOLÓGICOS, 2021

Este trabalho procura apontar as razões pelas quais essas produções japonesas tornaram-se um verdadeiro fenômeno no Ocidente, cruzando barreiras geográficas e tendo grande envolvimento dos fãs. Baseado na análise de algumas obras, artigos e video essays, esse projeto procura sintetizar os arquétipos destas produções, relacionando- os com o público, ao mesmo tempo em que se analisam as resistências e oposições da sociedade nipônica em relação aos transtornos mentais. A discussão girará em torno da construção dos personagens e das obras em si, intrigando um público cada vez maior e que se identifica com tais personagens.

ANIMAIS E FRONTEIRAS: ENTRE ESPÉCIES, CIÊNCIAS E COTIDIANO

Human and non-humans animals’ relationship is far too old, as remarked in the historical records, but this engagement transforms itself as society changes. From prehistory prey’s role to actual dad’s pet, human beings relate to and live with animals on different ways and moments. From the inclusion of non-human animals in human ethical, moral and affective spheres, due a panorama derived from ecological crisis in the second half of the twentieth century, this research aims at analyzing human and animals’ relationship in contemporary society. To do so, it focuses on two mainly aspects: on one hand, a bibliographical research and a case report investigates the scientific paradigms and their variables in the construction / destruction of boundaries between species; on another hand, the bonds/barriers daily created and experienced, based on interviews and ethnography, held in the Cuiaba city, capital of Mato Grosso. Keywords: Contemporary culture; Animal studies; animal rights; Human and non-human relationship. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Estudos de Cultura Contemporânea – ECCO, da Universidade Federal de Mato Grosso. O relacionamento entre animais humanos e não-humanos é tão antigo quanto se pode rastrear pelos registros históricos, mas este é um envolvimento que vai se transformando conforme a própria sociedade se modifica. Do papel de presa na pré-história ao de “pai” de pets nos dias atuais, o ser humano se envolve e convive com os bichos de diversas maneiras e em instâncias variadas. A partir da inserção dos animais não-humanos nas esferas ética, moral e afetiva humanas no panorama derivado da crise ecológica da segunda metade do século XX, o objetivo desta pesquisa é analisar as relações entre pessoas e animais na sociedade contemporânea. Para tal, são enfocados dois aspectos. De um lado, os paradigmas científicos e suas variáveis na construção/destruição de fronteiras entre espécies são estudadas a partir da pesquisa bibliográfica e do relato de caso. De outro, os laços/barreiras desenvolvidos e vividos no cotidiano com base em entrevistas e etnografia realizadas da cidade de Cuiabá, capital de Mato Grosso. PALAVRAS-CHAVE: Cultura Contemporânea; Comunicação e mediações culturais; Estudos Animais; Direitos dos animais; Relação animais humanos x não-humanos.

A RELAÇÃO DO HOMEM COM OS DEMAIS ANIMAIS E O QUE SE CONHECE DELES A PARTIR DA ETOLOGIA E DA CIÊNCIA DO BEM ESTAR ANIMAL THE RELATIONSHIP BETWEEN HUMAN BEING AND ANIMALS AND KNOWLEDGE ABOUT THEM FROM ETHOLOGY AND ANIMAL WELFARE SCIENCE

A Ciência do Comportamento Animal -Etologia, a Ciência do Bem Estar Animal, bem como as múltiplas formas de relação do homem com os demais animais se traduzem, na atualidade, em importantes e instigantes discussões que compõem o quadro de debates sobre Bioética. Historicamente, essa relação tem se modificado e novas formas de se abordar o assunto têm surgido como pauta na (re)qualificação da produção e do pensamento científico. Nos finais do século XIX e durante todo o século XX, tivemos importantes e significativas mostras do quanto o intelecto humano, com sua capacidade investigadora, pôde construir ciências. No panorama internacional da experimentação animal e da educação em medicina veterinária ou zootécnica, correntes reformistas e abolicionistas protagonizaram diversas discussões. Entretanto, um novo paradigma surge e diz respeito a uma nova demanda: a elaboração de um repensar que considere as interfaces existentes entre o Bem Estar Animal, a Etologia, a Bioética e as comissões/comitês de ética no uso de animais. Assim sendo, o presente artigo intenciona, através de uma abordagem de cunho qualitativo e reflexivo, elucidar os contornos que a relação entre homens e os demais animais adquire, caracterizando, para tanto, as cinco liberdades que contribuem para o Bem Estar Animal no cenário da experimentação animal, do ensino e da pesquisa de modo que se pretenda contribuir, também, para o pensamento e desenvolvimento científico das Ciências Veterinárias e Zootécnicas.

AAA (ATIVIDADES ASSISTIDAS POR ANIMAIS) OU ZOOTERAPIA APLICADAS A PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS (PcD)

Ciências veterinárias: Conduta científica e ética 3

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DOENÇAS HUMANAS E DOENÇAS DE OUTROS ANIMAIS: ORIGEM DO CONCEITO DE ZOONOSE

Ecologias Humanas, 2015

O termo zoonose foi utilizado com distintos significados a partir do século XIX, primeiro para designar doenças de animais e, posteriormente, para aquelas que são transmitidas entre o homem e outros vertebrados. Historio neste artigo as propostas de definição do termo e registro a data e fonte daquela que é atualmente aceita. ABSTRACT Zoonose was used with distinct meanings since the nineteenth century, originally for animal diseases and afterwards to designate diseases common to humans and other vertebrate animals. I discuss the distinct definitions adopted along those years, and the date and source of the modern definition.

Responsive Social Psychologies to Animals

Athenea Digital. Revista de pensamiento e investigación social, 2016

Neste ensaio, abordamos algumas pistas para pesquisas que se movam na interface entre Psicologia Social e Etologia, discutindo relações responsivas com animais, com base nas contribuições de Vinciane Despret. Argumentamos que a Etologia, ao ficar apartada das correntes críticas da Psicologia Social, na América Latina, após a crise da década de 1970, mostra-se um campo para o diálogo fértil com psicólogos sociais não evolucionistas que se interessam pelo estudo de agenciamentos não restritos ao humano. Que práticas podemos trazer da Etologia para as Psicologias Sociais e vice-versa? Quais histórias derivarão do (re)encontro entre os estudos em Psicologia Social com animais não humanos? A partir dessas questões, concluímos que não é mais possível, nos dias atuais, que as práticas das psicologias sociais se definam sem consideração de liames "ecológicos" para os quais as Etologias têm a contribuir, como potentes saberes que nos levam além de uma definição de social fundada exclusivamente no humano.