Favores do glorioso mártir: a memória jesuítica da intervenção de São Sebastião na fundação do Rio de Janeiro, séc.XVII (original) (raw)
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A história do colégio jesuíta de São Sebastião do Rio de Janeiro no século XVI
Research, Society and Development, 2020
Este estudo tem por finalidade analisar a implantação e o percurso histórico do Colégio de São Sebastião do Rio de Janeiro, localizado na região da Baía de Guanabara. Para isso, adotou-se a metodologia bibliográfica e documental, na qual foram analisados artigos, cartas jesuítas e escritos de Serafim Leite (1890—1969). A pesquisa é justificada pela necessidade de compreender como ocorreu a organização do ensino nos primórdios da educação brasileira. Deste modo, podemos refletir sobre o passado, o presente e o futuro dentro da perspectiva da ruptura e da continuidade. Com os resultados obtidos, é possível perceber que os intensos conflitos, na Baía de Guanabara, significaram o desenvolvimento da cidade do Rio de Janeiro e a instauração da instituição escolar. Por meio das discussões, podemos refletir sobre a área da história e a historiografia da educação. Essa permeia as investigações históricas sobre os fenômenos educativos escolares, a estrutura do colégio e os conteúdos lecionado...
São Sebastião e o poder local no Rio de Janeiro, c.1733-1758
Este artigo analisa brevemente as ordens dadas pelo rei D. João V de Portugal para conservação da primeira catedral do Rio de Janeiro e de seu orago, São Sebastião, como santo padroeiro da cidade, investigando as motivações e os possíveis usos político-religiosos dos envolvidos, considerando-se a dinâmica das relações entre poderes centrais e locais, seculares e eclesiásticos. Nesse sentido, analisa também o modo como tais ordens régias foram recebidas e cumpridas na localidade nos anos seguintes. Propõe-se a hipótese de que aquela interferência da Coroa só se torna plenamente inteligível quando se tem em vista que respondia a aspirações e representações de teor teológico-político e memorialístico que emanavam da localidade (Rio de Janeiro), atualizando e reforçando uma visão de mundo católica, corporativa e polissinodal.
A atuação do Santo Ofício no Rio de Janeiro na conjuntura do século XVII.
A fundação do Tribunal do Santo Ofício no país lusitano foi instalado no século XVI, mais precisamente no ano de 1536 e percorreu o século XIX, até ser abolido no ano de 1821. A organização se demonstrou bem organizada e apresentou um sistema bem complexo e burocrático. A inquisição portuguesa lançou seus "braços" para suas colônias, e o Brasil, por se uma delas, não pôde fugir da mira do tribunal. O Rio de Janeiro no século XVII foi umas das cidades visitadas e por ser tornar uma região com uma participação importante nos pontos político-econômico, Portugal o viu com um olhar especial. A estrutura social brasileira era bem diversificada, havia: índios, negros e a elite branca. Nessa última classe, se encontrava também o judeu, que fugiu da Europa para se esconder e ganhar a vida no "Novo Mundo". A preocupação do comportamento das pessoas na sociedade direcionou os olhares da Igreja com receio de que houvesse heresias. Por isso, o Santo Ofício foi alarmado para que uma Mesa inquisitorial se formasse o Rio de Janeiro.
Doadores e a Companhia De Jesus No Rio De Janeiro e São Vicente, Séculos XVI e XVII
Universum (Talca), 2018
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