Esquistossomose mansônica: aspectos gerais, imunologia, patogênese e história natural (original) (raw)
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Esquistossomose mansônica: aspectos gerais, imunologia, patogênese e história natural: [revisão]
Rev Soc Bras Clin Med, 2011
RESUMO Justificativa e ObJetivOs: A esquistossomose mansônica ainda hoje é um grave problema de saúde pública no país. Sua patogênese é dependente da interação do parasita e do hospedeiro podendo acometer diferentes órgãos e sistemas. O objetivo deste estudo foi trazer ao leitor uma visão geral da etiologia e da patogênese da esquistossomose, seus aspectos patológicos, determinantes de maior importância para seu desenvolvimento e manifestações clínicas. Foram utilizadas as palavras esquistossomose mansônica, etiologia, imunologia, patogênese e história natural como descritores na pesquisa de dados nas bases Scielo (Scientific Eletronic Library Online) e Pubmed (U. S. National Library of Medicine), assim como livros-texto relacionados ao tema. cONteÚDO: O S. mansoni, apresenta alguns mecanismos de "escape" contra o sistema imunológico do hospedeiro dentre os quais alterações morfológicas e bioquímicas. Um dos eventos patogênicos mais importantes na esquistossomose é a formação do granuloma hepático e a fibrose hepática peri-portal. A formação dos granulomas em diferentes órgãos explica as manifestações da doença, como a hipertensão porta, a forma pseudotumoral, a neurológica e vásculo-pulmonar.
Esquistossomose mansônica: diagnóstico, tratamento, epidemiologia, profilaxia e controle
Rev Soc Bras Clin Med, 2012
RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Em função das plurais manifestações clínicas durante sua evolução, a esquistossomose mansônica (EM) pode se assemelhar a inúmeras outras doenças, dificultando o diagnóstico, retardando o tratamento e a notificação da moléstia. Rever tais aspectos da EM é o escopo do presente artigo. Para tal, foi realizada revisão da literatura utilizando as bases Scielo (Scientific Eletronic Library Online) e PubMed (National Library of Medicine), assim como livros texto relacionados ao tema. CONTEÚDO: Múltiplas são as manifestações clínicas da EM, destacando-se que os exames laboratoriais e os métodos complementares têm demonstrado relevância no diagnóstico e acompanhamento das alterações morfológicas e funcionais da doença. O tratamento abrange estratégias farmacológicas e, por vezes, intervenções cirúrgicas. A EM continua sendo um importante problema de saúde pública no Brasil. Áreas de endemicidade guardam relação com o nível socioeconômico ao qual a população pertence, também está condicionada aos entraves de controle da doença por órgãos públicos. CONCLUSÃO: Torna-se importante conhecer os elementos atinentes ao diagnóstico clínico e laboratorial, bem como ao tratamento, à epidemiologia, à profilaxia e ao controle da EM aspecto extremamente relevante para a condução dos pacientes vitimados pela doença.
Research, Society and Development
A Esquistossomose mansoni (EM) é uma doença parasitária, causada pelo agente etiológico do gênero Schistosoma. No mundo, 290 milhões de pessoas estão infectadas com esquistossomos, principalmente S. haematobium e S. mansoni. No Brasil, é uma das mais relevantes doenças endêmicas parasitárias e sua ocorrência é mantida devido a deficiências em saneamento básico e educação ambiental entre a população. Este estudo teve como objetivo realizar uma análise de indicadores epidemiológicos no Município de São Luís, Maranhão, Brasil. Para isso, realizou-se uma pesquisa documental destes indicadores da EM no município escolhido. O recorte temporal escolhido para a pesquisa foi de 2006 a 2016. Os dados utilizados foram extraídos do Programa de Controle da Esquistossomose (PCE). Verificou-se que o ano de 2006 apresentou a maior quantidade de exames realizados (n=50073) seguido do ano de 2012 (n=23688). Em 2009 foi registrada uma quantidade de 123 (2,83%) casos positivos, seguido de 2007 com 101 ...
Esquistossomose mansônica no estado da Bahia, Brasil: tendências históricas e medidas de controle
Cadernos De Saude Publica, 1994
In order to aid the development of new approaches to schistosomiasis control, changes were analyzed in prevalence at the county level in the State of Bahia from the 1950s to the 1990s, as were determinants and the effect of community-based chemotherapy. In general, no substantial changes were observed in the basic pattern of spatial distribution of the prevalence of infection. However, during the period studied, there was an overall reduction in prevalence from 15.6% to 9.5% and an increase in prevalence rates in some counties from the western, southeastern, and northern areas of Bahia, indicative of new transmission areas. The effect of mass chemotherapy was analyzed. In the Paraguaçu Basin, where this control measure was used on a large scale, there was a reduction in prevalence similar to areas where this measure was not used. Correlation and regression analysis also failed to show links between mass chemotherapy and long term reduction in prevalence. The most powerful variables to explain these changes were those related with population dynamics. These findings strongly suggest that the reduction in prevalence observed in some areas of the State must be attributed to factors related with the spatial organization of this territory, causing a general decrease in the transmission rate, secondary to mass chemotherapy. At the same time, the incomplete form and the spatial unequalities that characterized the urbanization process created favorable conditions for the spread of schistosomiasis mansoni and the establishment of new foci.
Esquistossomose mansônica em camundongos experimentalmente subnutridos
Revista de Saúde Pública, 1986
Realizou-se estudo sobre o desenvolvimento da esquistossomose mansônica em camundongos submetidos à dieta hipoprotéica. Foram constituídos 4 grupos de Mus musculus "Swiss" da seguinte forma: 1) não infectados, normoprotéicos; 2) infectados, normoprotéicos; 3) não infectados, hipoprotéicos e 4) infectados, hipoprotéicos. Os animais foram sacrificados com 60 dias de infecção, aos 90 dias de idade. Verificou-se que os esquistossomos sofreram os efeitos da subnutrição do hospedeiro, principalmente os vermes machos, que além de terem seu desenvolvimento prejudicado, tiveram seu número reduzido aproximadamente pela metade. O número de granulomas foi menor nos roedores subnutridos e o tamanho da lesão foi reduzido. Houve acentuada leucopenia nos animais submetidos à dieta hipoprotéica, principalmente nos infectados subnutridos. A linfopenia e a eosinopenia acentuadas sugeriram que o sistema imunológico do hospedeiro foi afetado pela subnutrição. A taxa de mortalidade foi muito ma...
Research, Society and Development
Objetivo: descrever os principais indicadores epidemiológicos para Esquistossomose mansoni (EM) no município de Bacuri, Maranhão, Brasil. Metodologia: Para isso, realizou-se uma pesquisa documental e quantitativa destes indicadores da EM no município escolhido. O recorte temporal escolhido para a pesquisa foi de 2007 a 2016. Os dados utilizados foram coletados do Programa de Controle da Esquistossomose (PCE) que está contido na seção de Informações de Saúde do Tabulador Genérico de Domínio Público (TABNET) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Resultados e Discussão: Verificou-se que o ano de 2007 apresentou o maior número de pessoas com suspeita de infecção por Schistosoma (n= 8123). Quanto à realização de exames para os casos suspeitos de infecção por Schistosoma mansoni, os anos de 2017 (n= 7237), 2009 (n= 4805), 2010 (n= 4789) e 2014 (n= 6443) foram os que apresentaram maior quantidade. Em 2007 foram registrados 1166 (16,10%) casos positivos, seguid...
Vacina contra a Esquistossomose Mansônica: uma Doença Negligenciada
Brazilian Medical Students
Introdução: A esquistossomose é uma doença parasitária negligenciada, crônica e gradualmente debilitante, que mata 200 mil pessoas anualmente, segundo a Organização Mundial de Saúde. As estratégias atuais de controle da esquistossomose são ineficazes e há, portanto, necessidade de desenvolvimento de uma vacina contra a doença. Objetivo: Apresentar as principais pesquisas sobre o desenvolvimento de vacinas contra a esquistossomose. Metodologia: Revisão narrativa de literatura realizada em outubro de 2020, com a seleção de artigos a partir de 2012 nas bases de dados Pubmed e Scielo, utilizando os descritores “schistosomiasis” e “vaccine”. Foi consultada, também, a plataforma Clinical Trials. Foram incluídos artigos sobre vacinas contra Schistosoma mansoni e excluídos artigos referentes exclusivamente a outras espécies e outras formas de tratamento ou prevenção. Resultados: Foram selecionados 26 artigos, os quais apontam que há apenas duas vacinas em testes clínicos, a Sm14 e a Sm-TSP2...