O eterno retorno como paródia e como colagem na filosofia da diferença de Gilles Deleuze (original) (raw)

Deleuze e o Eterno Retorno da Diferença

DoisPontos, 2012

resumo Esse texto tem em vista um problema e um conceito: o problema da seleção ética como melhor problema do que o julgamento como uma solução moral, e o conceito de "eterno retorno", tal como circunscrito pela interpretação que Deleuze faz da filosofia de Nietzsche. palavras-chave Deleuze; eterno retorno; diferença; repetição; ética "O pensamento não tem outro funcionamento que o seu próprio nascer, sempre a repetição de seu nascimento, oculto e profundo." Gilles Deleuze.

O eterno retorno do mesmo, 'a concepção básica de Zaratustra

Cadernos Nietzsche , 2016

No Ecce Homo, Nietzsche afirma que a concepção básica de Assim falava Zaratustra consiste no “pensamento do eterno retorno, essa fórmula suprema de afirmação a que se pode chegar”. Tomando como ponto de partida a análise das diferentes partes desse livro, contamos antes de mais nada definir o lugar que o pensamento do eterno retorno nele ocupa. Estabelecendo a relação desse pensamento com a noção de além-do-homem, o conceito de vontade de potência, o projeto de transvaloração de todos os valores e a ideia de amor fati, pretendemos examinar a maneira pela qual Nietzsche o concebe em Assim falava Zaratustra. Queremos, por fim, avaliar em que medida o pensamento do eterno retorno do mesmo consiste na mais alta aceitação do mundo tal como ele é.

A reverção do platonismo como possibilidade de abertura para uma linhagem imanentista de pensamento em Gilles Deleuze

We investigate in this paper the meaning of the reversal of Platonism in Gilles Deleuze’s Logic of Sense. We seek to clarify the differential relation established between that philosophical proposition and traditional history of philosophy towards a historiographical subversion. It is not only the case to read Plato in a reverse way, but also to search within the ancient philosophy itself a distinct perspective, another line of thoughts and thinkers from an immanent point of view. In this work, we privilege the Deleuzian analysis of Plato and Lucretius’ concepts of simulacrum in order to understand that interlinear displacement.

Deleuze e a univocidade do Ser: um novo agenciamento para uma filosofia da diferença

2007

O presente trabalho tem como objetivo principal a questao deleuziana acerca da univocidade do Ser. Em um primeiro momento, a presente pesquisa aborda os diversos agenciamentos feitos por Deleuze dos principais autores do platonismo, pensamento que constituiu as bases da representacao e da transcendencia atraves de quatro raizes: identidade, semelhanca, analogia e oposicao. Seguidamente e agenciada a filosofia que, segundo Deleuze, ainda pode nos trazer uma interpretacao do nao-Ser como negativo, ou melhor, que ainda pode nos trazer o niilismo como forma de pensamento. Em um terceiro momento, o agenciamento deleuziano percorre as principais filosofias que constituem o que ele chamou de momentos do univoco . Tais momentos caracterizam as principais teorias que combatem a transcendencia e a representacao como principios, invocando a imanencia e a repeticao como suas principais armas. Finalmente, o horizonte ontologico deleuziano que compreende um sentido unico para o Ser e alcancado, v...

O eterno retorno da existência

Trágica: Estudos de Filosofia da Imanência, v.14, n.1, 2021

Resenha de: LIMA, Vladimir Moreira. A partir de Guattari 1: uma política da existência. Rio de Janeiro: Ponteio Edições, 2019, 406 p.

A ontologia espinosista de Deleuze: univocidade, imanência, diferença

Revista de Filosofia Aurora, 2020

Na filosofia de Gilles Deleuze, há uma ontologia, que é apresentada por meio da tese da univocidade do ser. Na história da filosofia ocidental, Deleuze destaca três momentos da univocidade do ser: com Duns Scot, o ser é pensado como unívoco (momento da univocidade); com Espinosa, o ser é afirmado como unívoco (momento da imanência); com Nietzsche, o ser é realizado como unívoco (momento da diferença). Em todo caso, a univocidade é uma alternativa à analogia, e a principal discordância entre essas duas teses é que a analogia insere uma hierarquia e uma negatividade no cerne do ser, ao passo que a univocidade põe o ser como igual (não-hierárquico) e isento de negatividade (neutro ou afirmativo).Neste artigo, não se trata de apresentar a teoria da univocidade do ser em Deleuze, mas de explorar a leitura que ele faz da univocidade do ser em Espinosa, e sobretudo a variação a ela imposta entre o primeiro e o segundo livros dedicados ao filósofo holandês, Espinosa e o problema da expressão (1968) e Espinosa: filosofia prática (1981). Constata-se que, no primeiro estudo, Espinosa é tido principalmente como herdeiro de Duns Scot, e no segundo, ademais, como aliado de Nietzsche. Tem-se como hipótese que Espinosa é arrastado, nesse ínterim, do segundo para o terceiro momento da univocidade do ser, na vassoura de bruxa de Deleuze. A consequência é que a imanência e a afirmação se conciliam com a diferença. A afirmação do ser passa a ser afirmação da própria diferença. Ou, dito de outro modo, o ser deixa de ser apenas afirmado para ser realizado como diferença. Chega-se, assim, a uma ontologia construtivista, que tem a ética como sua condição prática.

Comentário “Deleuze e a perversão”

V. 43, NE: Comentário “Deleuze e a perversão”, 2020

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Algumas Dimensões Da "Diferença": O Itinerário De Gilles Deleuze No Artigo "A Concepção Da Diferença Em Bergson

Kriterion: Revista de Filosofia, 2018

RESUMO O objetivo do presente trabalho consiste em explicitar o itinerário ou linha argumentativa de Gilles Deleuze no artigo intitulado "A concepção da diferença em Bergson", de 1954. Postula-se que nesse trabalho de 1954, Deleuze exponha a noção de 'diferença', que está presente na obra de Henri Bergson, por meio da relação entre três dimensões: metodológica, cosmológica e ontológica. Para tanto, caracteriza-se o conjunto do pensamento de Deleuze em relação à História da Filosofia. Em seguida, identifica-se o percurso das pesquisas de Deleuze sobre a obra de Bergson no contexto de sua versão para a História da Filosofia. Por fim, explicita-se o itinerário de Deleuze no artigo de 1954: "A concepção da diferença em Bergson".