(2016) Paisagens para a América Latina e o Caribe famintos: paisagismo comestível com base nos direitos humanos e voltado à justiça alimentar (original) (raw)

(2017) Paisagem, paisagismo comestível e espaço exterior doméstico voltados à soberania alimentar: notas iniciais

RESUMO Busca-se promover um diálogo entre arquitetura, paisagismo e geografia, alicerçado pela soberania alimentar. Se, por um lado, a arquitetura já conta com discussão teórica e prática mais ou menos farta que a relaciona ao direito à habitação e a geografia possui abundante discussão sobre os condicionantes tanto geobiofísicos quanto políticos, econômicos e culturais que moldam as paisagens, compreendidas em permanente transformação pelos gêneros de vida que nelas habitam; por outro lado, em ambas as disciplinas pouco se tem debatido sobre o acesso e a garantia de direitos. Assume-se, por isso, a necessidade de uma discussão espacial de direitos humanos, em especial à alimentação, partindo da premissa de que o paisagismo comestível é ferramenta capaz de relacionar o exercício profissional de paisagistas e a discussão sobre a paisagem dos geógrafos. Destaca-se, outrossim, o papel do espaço exterior doméstico, que quando adaptado para integrar agricultura e negócio familiar, contribui para a segurança e soberania alimentar e produz um microclima agradável, podendo levar à regeneração ambiental em espaços de vulnerabilidade socioeconômica e socioambiental. Palavras-chave: paisagismo comestível; espaço exterior doméstico; soberania alimentar; geografia, arquitetura.

(2018) PACHA: DEFENDENDO A TERRA. Extrativismo, conflitos e alternativas na América Latina e no Caribe

PACHA: DEFENDENDO A TERRA Extrativismo, conflitos e alternativas na América Latina e no Caribe, 2018

O que é o extrativismo? Por que América Latina e Caribe é a região mais perigosa do mundo para defensoras/es da terra, líderes e ativistas meio ambientais? Quais são os impactos do extrativismo sobre comunidades de atingidos, mulheres, indígenas e afrodescendentes? Como elas/es se posicionam perante este processo e quais são suas lutas e reivindicações? Que papel desempenham no extrativismo os Estados, as empresas multinacionais e outros atores? Existem alternativas ao extrativismo? Estas são algumas das perguntas que “Pacha: defendendo a terra. Extrativismo, conflitos e alternativas na América Latina e no Caribe” tenta responder. Visibilizando o protagonismo das comunidades atingidas pelo extrativismo, queremos também mostrar a multiplicação de alternativas ao desenvolvimento que geram diversas estratégias pela defesa da terra e as formas de vida tradicionais, assim como a criação de novos paradigmas como o Bom Viver, derivados dos saberes e perspectivas dos povos da região.

(2014) Por um ensino de paisagismo crítico e emancipatório na América Latina: um debate sobre tipos e paisagens dominantes e subalternos

Procura-se problematizar o ensino de paisagismo, a partir dos debates para a instalação do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA). Sob a égide da cooperação e da integração regionais, sua missão alinha-se aos chamados pensamentos descoloniais e pós-coloniais, com vistas à consolidação de uma perspectiva epistemológica própria da América Latina. Procura-se demonstrar a permanência da eurocentralidade no ensino, refletindo-se sobre tipos e paisagens dominantes e subalternos nas cidades do subcontinente. Finalmente, procuramos apontar, preliminarmente, diretivas que busquem valorizar o subcontinente e suas paisagens, de modo a realizar intercâmbios culturais e propiciar emancipação e empoderamento de pobres ou subalternizados. PALAVRAS-CHAVE: ensino de paisagismo, América Latina, descolonialidade.

(2016) DONOS E PINTORES: PLANTAS E FIGURAÇÃO NA AMAZÔNIA PERUANA

2016

En: Mana, volumen 22, número 3, pp. 611-640, ISSN 2236-7527. O artigo aborda um movimento inovador da pintura liderado por artistas indígenas, nascidos e escolarizados na Amazônia, que migraram para Lima, a capital do Peru, onde se destacaram por suas obras. O estudo centra-se em dois pintores eminentes deste cenário, Roldán Pinedo e Enrique Casanto, analisando as conexões entre suas pinturas e os entornos sociocosmológicos nos quais se inserem. O texto ressalta o alcance político de suas propostas plásticas e argumenta que os artistas amazônicos introduzem novos modos de conceber as imagens e as relações com as plantas que desafiam as percepções da floresta e dos povos indígenas impostas pela cidade. Palavras-chave: Arte indígena, Amazônia peruana, Roldán Pinedo, Enrique Casanto, Pintura amazônica.

Paisagem alimentar_Carla Rocha.pdf

Este artigo é resultado de uma pesquisa de cunho etnográfico com imigrantes transnacionais na cidade de Amsterdã (Países Baixos). Por meio de uma perspectiva interdisciplinar, a proposta é explorar a relação entre alimentação, migração e estilos de vida, no contexto da globalização vigente. A questão a ser delineada é: como a intensificação dos processos globais associados à alimentação vem repercutindo na configuração de estilos de vida de imigrantes transnacionais em Amsterdã? O argumento central é de que processos associados à globalização vêm cada vez mais redimensionando experiências ligadas à alimentação em condição migratória, refletindo não apenas no que se ingere, mas também nas diferentes maneiras de se relacionar com a comida e a partir da comida, repercutindo desta forma na configuração pela qual alguns imigrantes dão sentido aos seus projetos de vida, longe do país natal. Nesta perspectiva, o conceito de

SOJA EM UM VASO DE FLORES: Geopolítica dos alimentos e divisão sexual do trabalho na América Latina (1986-2015)

SOJA EM UM VASO DE FLORES: Geopolítica dos alimentos e divisão sexual do trabalho na América Latina (1986-2015), 2021

This thesis examines if the corporate food regime not only determines the technology, specialization patterns, and financialization of agriculture, but also exacerbates the sexual division of labor as part of the capitalist alienation strategy. A neo-Marxist theoretical framework was adopted to build a bridge between the global and domestic scales. At the global scale, the analysis of Food Regimes delves into the correlations between the territorial division of labor and capital accumulation; at the domestic scale, the social reproduction approach allows us to analyze both the mechanisms of capitalist appropriation of surplus value and the strategies of peasant families to remain in their territories. To discover the role of Latin America in this global arrangement, two cases were contrasted: floriculture in Colombia and soybean production in Brazil. These cases expose the logic of specialization within the geopolitics of food and introduce important reflections on the horizons of capitalist accumulation, food sovereignty, and gender; specifically, a contradictory and combined process of masculinization and feminization of the production of NTCs is evident in the region. These crops are associated with technological packages that determine specific combinations of capital and labor, which, in turn, are a geographic response to the international division of labor. Empirical evidence shows a positive correlation between mechanization and masculinization, with the soybean complex being one of the most striking examples; this masculinization of productive labor and consequent invisibilization of reproductive labor keeps the remuneration of the labor force artificially low. In contrast, the feminization of floriculture in Colombia reveals the mechanisms of exploitation of the most vulnerable population in labor-intensive agribusinesses.

O DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO ADEQUADA (2019).

MÈXICO Y LA CORTE INTERAMERICANA DE DERECHOS HUMANOS. ANTECEDENTES HISTÓRICOS, 2019

Robles Garza, M.Y; Flores Torres, O.; Román González, E.; Vera Vázquez R.; Morales de la Rosa, M. A. (2019). “Las dimensiones de la justiciabilidad del derecho a la alimentación y al agua en la Corte Interamericana de Derechos Humanos”. By Eduardo Román González, ÓSCAR FLORES

Paisagem: entre o Mundo e a Cultura (Landscape: between the world and the culture) [BARRETO, Waldir. ISSN 1517-7858)

Revista Farol, 2015

Paisagem nao e um conceito universal, mas corresponde a uma etimologia e uma historia semântica singular e moderna, sendo o resultado de uma construcao intelectual, subjetiva, cuja primeira palavra conhecida surge na China do seculo IV. Formatos latinos e nordicos surgem paralelos por volta do trecento, significando o esforco de resumir numa unica expressao o sentimento da natureza percebida sinteticamente no tempo e no espaco. Somente com a invencao da paisagem sonora esta sinestesia foi admitida. A partir das experiencias futuristas ate as pesquisas com as musicas concreta e acusmatica, a proposicao da paisagem sonora constitui ainda uma etapa para uma epistemologia pos-moderna do conceito de paisagem.

2024 - del Río / Rodrigues / Lopes / Freitas / Costa - O QUE TEMOS PARA COMER HOJE? MAPEANDO E ANALISANDO O ACESSO À ALIMENTAÇÃO, AMBIENTE ALIMENTAR E HÁBITOS EM TRÊS BAIRROS DE ANGRA DOS REIS: Japuíba, Monsuaba e Jacuecanga. IN: Agroecologia, direitos humanos e políticas públicas, CRV edtora,

CRV Editora, 2024

Neste artigo, vamos a refletir em primeiro lugar, uma contextualização da situação global e nacional sobre a fome; além disso, trataremos as estruturas normativas sobre o tema específico; em segundo lugar, delimitaremos conceitos e sentidos; em terceiro, trataremos nossa pesquisa sobre acesso à alimentação, uma comparação de três bairros periféricos do município de angras dos reis, sul do estado de Rio de Janeiro. Finalizaremos com breves reflexões e horizontes.