Merleau-Ponty, Sartre e Heidegger: três concepções de fenomenologia, três grandes filósofos (original) (raw)
Related papers
Sobre o significado permanente da fenomenologia: Husserl, Heidegger, Sartre e Merleau-Ponty
2015
O texto que ora se apresenta e resenha do livro Fenomenologia , do ingles David R. Cerbone. Pretende informar e descrever a edicao brasileira publicada no final do ano de 2013 pela editora Vozes. A obra enfocada possui qualidades apreciaveis e relevância para os interessados em um primeiro contato com esta maneira de pensar (fenomenologia), o que justifica o comentario. A recensao se ocupa de passar em revista os conteudos tematicos da obra, tecendo comentarios sobre os filosofos ali abordados: Husserl, Heidegger, Sartre e Merleau-Ponty.
Merleau-Ponty, fenomenologia e psicanálise
Trans/Form/Ação (UNESP), 2014
O livro Maurice Merleau-Ponty et la psychanalyse: la consonance imparfaite, pela Editora Le Bord de L'Eau constitui, seguramente, um marco na literatura filosófica francesa atual. Trata-se da obra de Thamy Ayouch, psicanalista, professor de psicopatologia clínica da Universidade de Lille 3 e pesquisador na Universidade Paris 7 - Denis Diderot. Como o título sugere, o trabalho explora um dos temas candentes ao longo de toda a reflexão do filósofo francês Maurice Merleau-Ponty (1908-1961), que parece ter concedido, cada vez mais, um certo lugar de honra da psicanálise naquilo que ela permite redimensionar questões teóricas decisivas. Em tal contexto, que alcance maior o livro de Ayouch projeta, em meio à fortuna crítica literária em torno da obra fenomenológica de Merleau-Ponty?
Prólogo à fenomenologia da Percepção de Maurice Merleau-Ponty
Phainomenon, 2000
Maria Teresa Castanheira 0 que ea fenomenologia? Pode parecer estranho que ainda se coloque esta questao, meio seculo depois dos primeiros trabalhos de Husserl. No entanto, ela esta longe de ser resolvida. A fenomenologia e o estudo das essencias e todos os problemas, segundo ela, consistem em definir as essencias: a essencia da per cepc;:ao, a essencia da consciencia, por exemplo. Mas a fenomenologia e tam bem uma filosofia que coloca as essencias na existencia e nao pensa que se pode compreender o homem e o mundo de um outro modo que nao a sua "factici dade". E uma filosofia transcendental que suspende, para as compreender, as afinnac;:6es da atitude natural, mas e tambem uma filosofia para a qual o mundo esta sempre " j a af', antes da reflexao, coma uma presenc;:a inalienavel e, por tanto, todo o esforc;:o consiste em reencontrar este contacto ingenuo com o mundo, para lhe dar finalmente um estatuto filos6fico. E a ambic;:ao de uma filo sofia que se j a uma "ciencia exacta", mas tambem uma apreciac;:ao critica do espac;:o, do tempo e do mundo "vividos". Ea tentativa de uma descric;:ao directa da nossa experiencia tal qual e, sem considerar a sua genese psico16gica e as explicar.;6es causais que o sabio, o historiador ou o soci6logo dela pretendem dar, e, no entanto Husserl, nos seus ultimas trabalhos, menciona uma "fenome nolo g ia g enetica" 2 e mesmo urna "fenomenolo g ia construtiva" 3. Q uerer-sea sus p ender estas contradi c;: 6es, distin g uindo entre a fenomenolo g ia de Husserl e a de Heide gg er? Mas todo o Sein und Zeit saiu de uma indica r.; ao de Husserl e consiste a p enas numa explicita c;: ao da "nattirlichen Weltbe g riff' ou da "Lebenswelt" q ue Husserl, no firn da sua vida, <lava coma tema primeiro para a
Comentário à fenomenologia existencial de Heidegger, Sartre, Merleau-Ponty e Beauvoir
2013
Trata-se de uma resenha critica do livro Existencialismo , de Jack Reynolds. A recensao tem por objetivo tornar conhecido o conteudo dessa obra ao leitor interessado na filosofia existencial (em sua forma peculiar de existencialismo), bem como fazer uma apreciacao pontual dos sete capitulos dedicados a pensadores como Heidegger, Sartre Merleau-Ponty e Simone de Beauvoir. Avalia-se, aqui, o rigor conceitual, os desdobramentos teoricos e as preocupacoes didaticas estimadas em uma obra de introducao. Embora o livro possua algumas arestas, em linhas gerais, a resenha faz uma avaliacao critica positiva, ressalvando a obra como uma porta de entrada satisfatoria a um primeiro contato com a filosofia existencialista.
Claude Lévi-Strauss e Maurice Merleau-Ponty, entre estruturalismo e fenomenologia
Tempo Brasileiro, 2008
Em 1929, Claude Levi-Strauss obtém a agrégation em filosofia, o título necessário para poder exercer o ensino, e tem como colegas de estágio pedagógico os seus coetâneos Simone de Beauvoir e Maurice Merleau-Ponty (os três nasceram em 1908). Após este primeiro encontro, Merleau-Ponty e Levi-Strauss não voltariam a encontrar-se por muito tempo. Passados poucos anos no ensino superior, Lévi-Strauss ocupa a cadeira de Sociologia na recém-nascida Universidade de São Paulo. Vive no Brasil de 1935 a 1938, anos em que, para além de lecionar, efetua as duas expedições etnográficas que constituem aquela "experiência de campo" que foi decisiva para a sua fomiação.' Retorna à França na altura em que eclode a Segunda Guerra Mundial. Pouco tempo depois da instalação do regime de Vichy e da entrada em vigor das suas leis anti-semitas, Levi-Strauss vai para Nova Iorque, onde ocupa a cadeira de Etnologia na École Libre des Haules Éíudes entre 1941 e 1945.2 Em 1945, logo após a libertação da ocupação nazista, Levi-Strauss regressa a Paris por alguns meses desempenhando o cargo de secretário-geral da École Libre. A sua tarefa principal era a de receber professores e investigadores franceses que estivessem interessados em visitar os Estados Unidos e Merleau-Ponty foi uma das pessoas que se apresentou no seu gabinete com esta intenção. Mas foram as vicissitudes ligadas às suas candidaturas ao College de France que deram uma Revista TB. Rio de Janeiro. 175: (13/78. out-del.. 201 i8 (v3
A definição da fenomenologia: Merleau-Ponty leitor de Husserl
Trans/Form/Ação, 2012
O trabalho de definir o que é a fenomenologia, desde a Fenomenologia da Percepção, suscitou uma tomada de partido em relação ao pai da fenomenologia. A crítica ao idealismo de Husserl, o papel da ambiguidade, a impossibilidade de redução completa, entre outros grandes temas, personalizam a fenomenologia de Merleau-Ponty em relação ao mestre. O objetivo do ensaio é mostrar como, na descrição do "método" fenomenológico, Merleau-Ponty se afasta dos conceitos fundamentais de Husserl, sem deixar de retornar continuamente a ele.