VICENTE 2016-INTRO (original) (raw)

ATITUDES PARA UM VENCEDOR

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VICENTE Sagrado, Corpo e Imagem

«(S.) Vicente tem-se revelado um inspirador repositório de ideias, um potencial de storytelling que tivemos a ‘sorte’ de encontrar quase esquecido, por (re)nascer.» A edição de 2015 do Projecto Vicente desenrola-se a partir de uma reflexão tríplice – Sagrado, Corpo e Imagem – que começa por pensarmos a questão das relíquias, num jogo de vectores que se entrecruza numa geometria de paralelismos: a sobreposição entre natureza e sagrado, o corpo como templo e simultaneamente abismo. Certas imagens do sagrado, altamente codificadas representações do corpo e em particular do corpo dos mártires, adquirem assim uma vida nova através das nano-provocações da atitude artística. Texto do curador para a edição VICENTE'15

A RESISTÊNCIA AO GOLPE DE 2016

Por oportunidade do lançamento da obra A Resistência ao Golpe de 2016, critiquei a proposta de suspensão por 20 anos da Constituição em matéria orçamentária. Que o estabelecimento desse teto pode inviabilizar a educação e a saúde públicas. Que medidas como essas podem na prática inviabilizar o SUS. Que essa inviabilização coloca em risco a vida de milhões de pessoas. Que o Estado tem o dever de garantir saúde e educação, de reduzir desigualdades e erradicar a pobreza. Que sacrificar gastos para pagar serviços da dívida e compromissos com os bancos, em detrimento ou prejuízo da continuidade dos serviços públicos poderá representar uma política genocida. Que isso viola não apenas compromissos de campanha da proposta de governo vitoriosa nas urnas, mas viola a própria Constituição. Que se a Pec n. 241 por aprovada e não declarada a sua inconstitucionalidade significará na prática a revogação da Constituição de 88 por algo que representará uma mera “carta”, ilegítima e em desacordo com o Estado Democrático de Direito e seus compromissos sociais. E, por fim, cabe dizer que a referência que fiz ali ao atual Ministro da Saúde do governo provisório se refere à fala dele de que “quanto mais gente tiver plano de saúde menos o Estado irá gastar” com saúde pública. É, portanto, um ato desconstituinte, como bem disse Thomas Bustamante, a PEC n. 241. Se for aprovada e não houve controle de constitucionalidade será uma carta ilegítima e contrária aos compromissos sociais e econômicos do Estado Democrático de Direito, a revogar o núcleo normativo, administrativo-financeiro e orçamentário do Estado. E o que isso significa: coloca-se atualmente em risco todas as conquistas sociais, que apesar de tudo, conseguimos alcançar, como é o caso do SUS. Inviabilizar o SUS é colocar em risco de vida milhões de pessoas. É uma política genocida que privilegia o sistema financeiro em prejuízo da população deste País

TEXTO E CONTEXTO – 1º SEMESTRE DE 2016

ORTOGRAFIA, ACENTUAÇÃO GRÁFICA, USO DO HÍFEN E SOLICITAÇÕES. Uso correto de algumas palavras: 1. Afins ou A fim: *Afins: adjetivo significa " igual " ou " semelhante ".  Possuem temperamentos afins. (semelhante) *A fim: locução ―a fim de que‖, substituir por para, indica ideia de finalidade.  A fim de nos enganar, ele tentou várias histórias. 2. Às Vezes ou As Vezes: *Às vezes com acento grave = quando queremos dizer ―de vez em quando‖.  Costumo ir, às vezes, no cinema. *As vezes sem acento = nas outras situações.  Todas as vezes que você me pede um favor, eu atendo. 3. Aonde ou Onde: *Aonde => ideia de movimento, indica direção = para onde.  Aonde vão tantos trabalhadores juntos? *Onde => indica permanência = em que lugar.  Onde estão os meus sapatos?

I -INTRODUÇÃO

Em tempos de discussão acerca das conseqüências do advento da chamada Lei Seca, aliada a divulgação pela imprensa dos efeitos da bebida alcoólica em menores de idade, tem-se, na contramão das finalidades do legislador pátrio e, por que não dizer, da sociedade brasileira como um todo, o crescimento dos defensores da corrente jurídica que tenta emplacar a tese de que o fornecimento de bebida alcoólica a crianças e adolescentes não seria crime; mas, sim, mera contravenção penal.

Genealogia da Peste - VICENTE BRAZIL

EdUECE, 2020

humanidade, desde a Antiguidade, convive com eventos epidêmicos que se constituem determinantes para a construção de nossa própria história. Humanidades e epidemias são um binômio mutuamente implicante e registrado de maneira bastante abundante, desde Tucídides com sua História da Guerra do Peloponeso, passando pelo Decameron de Boccaccio, chegamos às abordagens contemporâneas através de Marx, Camus, Foucault, Agamben e Preciado, que correlacionam diretamente estratégias de patologização da sociedade com dispositivos de controle e governamentabilidade dos sujeitos. Adoecer passa a ser o critério de normalização da vida, desta forma, cria-se toda uma indústria que morbidamente se estrutura a partir da morte e do retardamento desta, viver passa a ser apenas um estágio adoecido e adoecedor. O que é saúde? Quem ganha e o que se ganha com uma sociedade que idealiza uma saúde inatingível? Pode o “mito da saúde” converterse num instrumento de opressão e manipulação de massas sociais inteiras? É em busca de respostas a questões como estas que o presente projeto propõe-se a discutir aquilo que seria a “Genealogia da Peste”, não da COVID-19 apenas, mas de toda uma estrutura de saber que se articula em várias formas de poder, de fazer viver (Biopolítica) e de fazer morrer (Tanatopoder). O filósofo contemporâneo Roberto Esposito (2002), em sua já clássica obra “Comunidade, imunidade e biopolítica” apresenta-nos de uma maneira magistral a apropriação que a medicina ao longo dos séculos fez do vocabulário do mundo político. Em especial o conceito de imunidade e seus correlatos tão próprios do universo sanitário, o “imune” – cujo significado ainda chega até aos nossos dias – é aquele que não tem responsabilidade para com a coletividade. Ele é isento das responsabilidades tributárias e sociais – numa acepção mais específica –, contudo, num sentido político mais amplo, o imune é aquele que não participa de modo pleno da comunidade. É aqui que emerge a oposição entre a immunitas e a communitas. A imunidade deve então ser compreendida como um dispositivo de controle e exclusão da vida, rompendo com a lógica de proteção e isenção. Seguindo esse pressuposto fundamental, o coletivo de projetos coordenados pelo Prof. Dr Vicente Brazil da Universidade Estadual do Ceará – Grupo de Estudos Rizoma, Projeto de Extensão Ecce Homo, Projeto de Iniciação Artística Comédias Antigas no Sertão de Crateús – organizou o WebnárioGenealogia da Pesteque propôs um percurso teórico, utilizando categorias nietzschianas e foucaultianas, uma genealogia/arqueologia das formas de poder e domínio da vida para debater a Pandemia de COVID-19 que se estabeleceu no mundo em 2020. Tendo como ponto de partida os grandes eventos de epidemias/pandemias da história da humanidade foram apresentados e discutidos, através de conferências semanais ao longo do segundo semestre de 2020, autores como Tucídides, Plotino, Descartes, Hegel, Marx, Camus, Foucault, Agamben e Viveiros, bem como suas perspectivas sobre sociedades atravessadas por eventos adoecedores. A obra que se segue é a síntese das oito conferências proferidas no webnário Genealogia da Peste, sendo assim a materialização do esforço e da obstinação de um pequeno grupo de pesquisadores que enfrentam cotidianamente o hercúleo desafio de produzir conhecimento acadêmico em um campi universitário encravado no meio do sertão nordestino, durante uma crise sanitária sem precedentes.