A censura de Castelao e a sua época.pdf (original) (raw)

Uma leitura sobre a censura ao Teatro Oficina nos anos 1960

Resumo: Este texto pretende discutir como foi a atuação censória sobre o renomado Teatro Oficina, que, nos anos 1960, deu decisivos passos para o desenvolvimento de uma forma de atuação brasileira autêntica, ganhando destaque dentro e fora do país. Neste mesmo período, sofreu com a censura estadual ainda no regime democrático, combateu a modernização conservadora implantada após o golpe militar e teve seu trabalho estrangulado pelos censores federais e pela repressão que se abateu em fins dos anos 1960 e inícios da década seguinte. Palavras-chave: Censura; Teatro Oficina; ditadura militar. A reading about censorship to the Teatro Oficina in the 1960s Abstract: This text discusses how occurred the censorship action on the renowned Teatro Oficina, which in the 1960s took decisive steps to develop a form of authentic Brazilian performance, highlighted inside and outside the country. In the same period, it suffered from the state censorship even in a democratic regime, fought the conservative modernization implemented after the military coup and had its work strangled by federal censors and by the repression that came down in the late 1960s and early 1970s. O Oficina e a censura no período democrático Há pouco tempo, as pesquisas sobre a censura no Brasil se concentravam na atuação que esta praticou contra a imprensa em todos os regimes políticos adotados no país e contra algumas práticas religiosas. Atualmente, despontam estudos que focam seus interesses nas proibições impostas às artes no Brasil. As sanções praticadas pelo estado brasileiro contra os artistas, principalmente nos períodos de ditadura, precisam ser cuidadosamente

[Recensão a] CARVALHO, Flávio Rey de - Um Iluminismo português? A reforma da Universidade de Coimbra (1772)

Revista de História da Sociedade e da Cultura, 2009

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Livro médico e censura na primeira modernidade em Portugal

2017

(EN)"Livro médico e censura na primeira modernidade" aims at filling out two gaps in the history of the book in Portugal: on one hand, to describe and to analyze the expurgation of the books, imported or not; on the other, to supply a deepened bibliography of the XVIIth century printed and handwritten works. The first part is entitled «Tuto lege. The microcensorship of medical books in Portugal (XVIth-XVIIth centuries). A statistical and methodological survey and perspectives ». The notion of micro-censorship, still little used, refers to the censoring activities which modify the texts. In Portugal as well as in other Inquisitorial countries, beyond the simple prohibition of authors and works, textual expurgation was massively carried out from the years 1570-1580 when the first indexes of expurgation were published in various countries. But until now, the barrier of the immensity, as the historians say, of the phenomena to be considered was to overcome. A methodology was elaborated towards the analysis of micro-censorship which leads to classify and assess quantitatively and qualitatively the effectiveness and the efficiency of the interventions achieved within the books. This methodology applied to hundreds of copies from the majority of the Portuguese libraries provided information on various aspects and renews reflection about censorship. The Latin expression Tuto lege, “read safely”, given in title reminds that we are dealing with texts and readers (and listeners). This is the beginning of the history of the library (department of the medical books) cleansed following the post-Tridentine patterns. The second part of the book is entitled Bibliografia Médica Lusa (século XVII) (bibliography of the XVIIth century Portuguese medical books). Compared to the production of the previous century (22 titles between 1496 and 1598), here are listed 99 items of prints (original works and reeditions) and 51 entries for manuscripts. Beyond the main bibliographical data, every item is described with more details about critical aspects, whenever the information is delivered: dates of licences, taxes, title and author of para-textual pieces, place of the copies on three levels (Portugal, Spain, rest of the world). It includes the following indexes: names of authors (prints, manuscripts), addressees of a dedication, publishers and sponsors, publishing place. The double approach, through censorship and bibliography, helps improving our knowledge of the world of the book and its actors in a small market and in a context of tight control. (PT) Livro médico e censura na primeira modernidade visa preencher duas lacunas na história do livro em Portugal: por um lado, descrever e analisar a expurgação dos livros, tanto de fabrico local como de importação; por outro, fornecer uma bibliografia aprofundada das obras impressas e dos manuscritos do século XVII. A primeira parte intitula-se «Tuto lege. A microcensura dos livros de medicina em Portugal (séculos XVI-XVII). Balanço estatístico‐metodológico e perspetivas.» A noção de microcensura, ainda pouco divulgada, refere as práticas censórias que modificam os textos. Em Portugal como nos outros países de Inquisição, além da mera proibição de autores e obras, praticou-se maciçamente a expurgação textual graças a índices epónimos editados a partir dos anos 1570-1580. Mas a barreira da imensidão dos fenómenos, segundo os historiadores da censura, ainda estava por ultrapassar. Foi elaborada uma metodologia da análise microcensória que permite classificar e avaliar qualitativa e quantitativamente a efetividade das operações realizadas dentro dos livros. Aplicada às centenas de exemplares espalhados pela maioria das bibliotecas do país, providenciou informações sobre numerosos aspetos renovando a reflexão sobre a censura. A expressão latina Tuto lege, “lê em segurança”, no título desta parte relembra que se trata de textos e de leitores (e ouvintes). Assim, começou a escrever-se a história da biblioteca limpa, secção do livro médico, segundo os padrões da cultura pós-tridentina. A segunda parte intitula-se Bibliografia Médica Lusa (século XVII). Em comparação com a reduzida produção anterior de livros de medicina (22 títulos entre 1496 e 1598), estão aqui catalogados 99 itens de impressos (títulos originais e reedições) e 51 entradas sobre obras manuscritas. Além dos principais dados bibliográficos correntes, cada item está descrito com dados sobre aspetos indispensáveis, sempre que consta nele este tipo de informação: datas das licenças e de privilégio, taxas, título e autor das peças paratextuais, localização dos exemplares a três níveis (Portugal, Espanha, resto do mundo). Contém no fim os seguintes índices remissivos: nomes de autores de impressos e manuscritos, de destinatários de uma dedicatória, de editores e patrocinadores, lugares de edição. A dupla abordagem, censória e bibliográfica, ajuda a conhecer melhor o mundo do livro e dos seus atores num mercado reduzido e num contexto de controlo apertado.

A censura ibérica e a leitura do Lazarillo no Portugal de Oitocentos

Se quiséssemos definir o estádio em que se encontram agora os estudos sobre o género picaresco, não seria erróneo notar em primeiro lugar a maior atenção dada à recepção destas obras tanto no seu contexto de origem como nos diferentes contextos que as importaram. Para apontar um exemplo elucidativo relembremos o novo capítulo intitulado "Posdata" acrescentado ao clássico de Francisco Rico, La novela picaresca y el punto de vista, que trata as consequências da leitura das duas primeiras obras picarescas na história da novelística europeia.

A censura dos livros de médicos portugueses

Cultura, 2012

A justiça na Antiguidade A censura dos livros de médicos portugueses descrição metodológica dos exemplares conservados nas bibliotecas da Universidade de Coimbra The censorship of Portuguese physicians printed books. A methodological description of the copies possessed by the libraries of the University of Coimbra

Ficção brasileira contemporânea: ainda a censura?

Acta Scientiarum, Maringá, 2001

RESUMO. O texto analisa duas formas distintas de atuação da censura à produção e à circulação da literatura, durante o regime militar e depois dele. Trata-se de dois momentos diversos, porém complementares, que correspondem, respectivamente, a uma censura política, durante os anos 70, seguida do que chamamos censura econômica, a partir dos anos 80, francamente orientada pelos ditames do mercado editorial, consolidado durante a década anterior, a reboque do projeto de modernização conservadora da ditadura.