A ESCRITA NO PORTFOLIO ESTUDANTIL: POSSIBILIDADES DE (original) (raw)
Resumo: O artigo problematiza a escrita de estudantes no âmbito da produção do portfolio reflexivo. É resultado de análises parciais de uma iniciação científica, financiada pelo PIBIC/CNPq, cuja finalidade foi de averiguar se o uso do portfólio por crianças de um primeiro ano do ensino fundamental de uma escola municipal do estado de São Paulo gera aprendizagem. Ao construir o portfólio reflexivo, o indivíduo que o produz é o seu próprio autor, sente-se envolvido e responsável no desenvolvimento do seu trabalho e, via de consequência, parte integrante do processo de ensino-aprendizagem, estando constantemente motivado a aprender e fazer reflexões, uma vez que passa a ser encarado enquanto produtor de conhecimento. Foram desenvolvidos portfólios com os alunos, objetivando compreender se este procedimento auxilia na aprendizagem das crianças, bem como a de compreender que maneira este instrumento as afeta. Ao ser autora do seu portfólio a criança automaticamente estará interagindo no espaço escolar de maneira mais efetiva, tornando-se pertencente e agente da instituição. Assim, o portfólio confere à pessoa o reconhecimento da sua capacidade para refletir de maneira autônoma e agir conforme seus pensamentos, conhecimentos e vontades. Pode-se constatar que através do portfólio o educando é motivado a escrever sobre a sua aprendizagem. Na elaboração desta escrita – justificativa – o educando faz associações entre o conteúdo e seu dia-a-dia, enxerga a função das atividades desenvolvidas e percebe a sua evolução, se autoavaliando. Em suma, o portfólio se traduz num instrumento autobiográfico na medida em que os educandos descobrem suas potencialidades ao analisar seu próprio trabalho e, é devido à proposta que recebe de escrever sobre a sua aprendizagem que o educando é posto a refletir sobre esta.