Espectro: paisagem invisível (original) (raw)

Lavrado: A paisagem invisível

As descobertas durante o processo de evolução, civilização e do impacto humano na paisagem são pano de fundo para a construção deste artigo. A singular ecorregião presente no extremo norte do Brasil, especificamente no estado de Roraima, é protagonista: O Lavrado. Nesse sentido puderam-se ilustrar as antropizações herdadas historicamente além das possibilidades para o futuro desta paisagem. Importância científica e cultural, relativamente pouco explorada e documentada, de tal ecorregião, traz consigo indagações acerca de sua relevância de modo geral. A análise de suas restrições e potencialidades busca corroborar, além de sua singularidade, a necessidade de não obliterar conhecimentos intrínsecos presentes neste lugar. O artigo busca consolidar reflexões no campo do Paisagismo e da Paisagem Cultural, que vem sendo levantadas pelos autores através de outros trabalhos anteriores

A paisagem possível

Paisagem e Ambiente

A questão que vem latente por trás da linha de investigação que estamos envolvidos, da qual resultou a minha dissertação de mestrado, se con funde com a própria questão ambiental, ou seja, com a forma de rela cionamento que a sociedade tem com as bases naturais que lhe são o suporte de sua própria sobrevivência. O problema de verificação de determinados fatos, e de sua continuidade, apesar da irracionalidade que apresentam face a uma ótica conservacionista, continua sem uma racionalização mais convincente, apesar do maior aprofundamento alcançado quanto às formas deste relacionamento.

Espaços invisíveis

Revista de Educação da Unina, 2020

Este artigo busca refletir sobre como as fotografias podem auxiliar no ensino de Geografia. Em 2018, na tese de doutorado, desenvolvemos uma análise de fotografias do espaço urbano brasileiro presentes nos livros didáticos de Geografia (LDG’s) de 1937 a 2015. Entre estas fotografias analisamos aquelas de espaços negligenciados pelo poder público e vistos como locais de carência, desorganização e violência: as favelas.

Paisagens de memória - entre visíveis e invisíveis, visibilidades e invisibilidades

Este artigo pretende discutir visibilidades e invisibilidades de imagens artísticas contemporâneas por meio da análise crítica do processo criativo de Felipe Góes, que pinta paisagens a partir de referenciais da sua memória e não busca necessariamente representar lugares específicos da realidade. Entre as principais questões que mobilizam esta investigação, citamos: o que ocorre, no sentido de reprodução de realidade, quando a referência da pintura não é mais a paisagem posta diante do artista, mas um registro subjetivo que habita a sua memória? Qual é a natureza dessa realidade que o artista se põe a retratar? O que as suas imagens dão a ver e o que permanece oculto? Que regimes de visibilidade e/ou invisibilidade são operados no processo? O que resta à inoperância? Qual é a relação com o real, tal como alguns pensadores contemporâneos o têm definido? De que maneira o visível se embate com o legível no processo de construção da história da arte? Esta análise se faz em diálogo com o artista, num passeio por suas paisagens pictóricas. Ela é acompanhada de breves incursões críticas que apontam caminhos investigativos, conforme sugerido por autores que compartilham inquietações semelhantes, em especial George Didi-Huberman, Giorgio Agamben e Hal Foster. Palavras-chave: 1) Fundamentos e crítica da arte; 2) Criação artística; 3) Memória; 4) Imagem, visibilidade e invisibilidade; 5) Pintura contemporânea.

Urbanidades invisíveis

Tempo Social

Apesar da apregoada visibilidade da cidade, a condição urbana encontra-se sujeita a níveis diferenciados de transparência. Muitas situações de invisibilidade e encobrimentos referem-se à informalidade do cotidiano, em especial nas margens e periferias da urbanidade. Ensaístico, o presente texto questiona a responsabilidade dos “fazedores” de cidade – arquitetos, urbanistas e decisores – no desprezo pelo lado informal de muitos espaços urbanos e da sua vida social. Há como planejar o informal da cidade? A possibilidade de uma cidade justa e aberta está condicionada, portanto, pela disponibilidade destes atores para uma abordagem mais próxima da realidade complexa que a sociologia e as ciências sociais vêm há muito a revelar e a tornar visível.

Olhares sobre a paisagem

Revista VIS: Revista do Programa de Pós-Graduação em Arte, 2019

Em 2015, ocorreu no Brasil um acidente ecológico de grandes proporções envolvendo duas barragens da mineradora Samarco, na cidade de Mariana, Estado de Minas Gerais. Os eventos que se seguiram tiveram ampla cobertura midiática e ações ativistas e artísticas, fornecendo um conjunto de imagens das percepções dessa tragédia. Tais imagens envolviam fotografias, gráficos, e mapas da região. Em vista desse contexto, neste trabalho, pretendemos analisar como essas imagens funcionaram em conjunto para sensibilizar o país sobre a exploração econômica da região, que envolve a maior mineradora do país, Vale do Rio Doce. Compreendemos que os mapas e infográficos localizam geograficamente a paisagem devastada, o que contribui para a narrativa de devastação exibida pela mídia, mas também dimensiona a amplitude do impacto ambiental provocado pela exploração econômica da região. Em contrapartida, fotos, vídeos e ações performáticas contribuem para humanizar os impacto...

O visto e o invisível

Cadernos de Campo (São Paulo, 1991), 2017

Este ensaio resulta de colaborações entre o artista da República Democrática do Congo Shambuyi Wetu e nós, antropólogos. Em suas quimeras, Shambuyi materializa identidades alternativas para o imigrante e o refugiado africanos no Brasil. Com sua utopia crítica, promove uma narrativa decolonizadora acerca da escassez, da guerra, do sofrimento.