Desconcentração Do Consumo Em Meio À Concentração De Renda? Evolução e Decomposição Da Desigualdade De Gastos Entre 1996 e 2003 No Brasil Metropolitano (original) (raw)

Analise Da Concentrac Ao De Riqueza No Brasil Usando Dominˆancia Estocastica

RESUMO: Apresenta-se neste artigo uma abordagem econométrica para a avaliação da concentração (ou desigualdade) de riqueza no Brasil, onde as riquezas abordadas foram: propriedade de terra e renda. Identificou-se qual medida de concentração refletiu as pequenas mudanças ocorridas na distribuição de terra e na distribuição de renda no Brasil entre 1985 e 2005. Foram comparadas as concentrações de terra com renda, em cada ano, e as concentrações do mesmo tipo de riqueza entre os anos. A partir da análise dos resultados, observou-se que a concentração de terraé superiorà concentração de renda no Brasil nos anos estudados. Além

O DÉFICIT EM CONTA CORRENTE DO BRASIL NOS ANOS NOVENTA: ALOCAÇÃO INTERTEMPORAL DO CONSUMO OU RESTRIÇÃO EXTERNA AO CRESCIMENTO

2005

Resumo: O artigo analisa o agravamento do desequilíbrio em transações correntes registrado pela economia brasileira na segunda metade da década de noventa com base em dois enfoques. Na perspectiva da abordagem intertemporal, o saldo em conta corrente é interpretado como um mecanismo de alocação intertemporal do consumo. Logo, um déficit em conta corrente não representa necessariamente sinal de fragilidade ou risco iminente de crise; ao contrário, pode ser o resultado de expectativas otimistas sobre o crescimento econômico futuro. Estudos aplicados ao Brasil rejeitam aspectos cruciais da abordagem intertemporal para a conta corrente. Os modelos pós-keynesiano e estruturalista consideram o déficit em conta corrente como uma das principais restrições ao crescimento econômico. A evidência fornecida por estudos pós-keynesianos combinada com os resultados do teste econométrico realizado neste artigo corroboram a hipótese de restrição externa ao crescimento, aqui relacionada a três aspectos estruturais: o efeito da liberalização sobre a relação entre comércio e crescimento; o hiato tecnológico que se evidencia pela estrutura de exportações do país; e o impacto do investimento direto estrangeiro (IDE) sobre o déficit em conta corrente. A conclusão é que os enfoques pós-keynesiano e estruturalista fornecem um instrumental teórico mais adequado para analisar os desequilíbrios em conta corrente do Brasil nos anos noventa.

A Expansão Do Consumo e a Dinâmica Do Bem-Estar Das Famílias Brasileiras: Uma Análise De Decomposição Da Desigualdade

2018

This paper analyzes the dynamic aspects of welfare and inequality in Brazil in 2002-2003 and 20082009 from per capita consumption point of view. Through the data of the Household Budget Survey (POF), we assess the evolution of consumption structures in those periods by regions and by urban and rural areas. Therefore, the durable goods were included in the consumption aggregate taking into account their values of services (not their values of acquisition). We use graphic and dominance analysis as well as (abbreviated) functions that measures and separate the effects of growth and redistribution from each other in the welfare analyzes. The role of the consumption structure on growth and inequality is evaluated by analytical and counterfactual decompositions. The main results indicate that these durable goods contributed to the growth of consumption and social welfare, but also created inequalities that limited the fall of the Gini index.

Nível e evolução da desigualdade dos gastos familiares no Brasil: uma análise para as regiões metropolitanas no período 1996 a 2003

Estudos Econômicos (São Paulo), 2010

A partir da utilização dos microdados da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) dos biênios 1995-96 e 2002-03, o trabalho fornece evidências a respeito dos níveis e da evolução da desigualdade da distribuição dos gastos familiares per capita e da desigualdade da distribuição do consumo familiar per capita no Brasil metropolitano e a respeito da importância dos diferentes tipos de gastos familiares nas dinâmicas observadas. Os resultados, obtidos a partir de indicadores tradicionais de desigualdade e de análises de Dominância de Lorenz, apontam para importantes movimentos em termos de diminuição da desigualdade em ambos os tipos de gastos. Medida a desigualdade pelo índice de Gini, observa-se que a redução deste índice é afetada de forma significativa pelas dinâmicas dos gastos com Habitação, Higiene e Cuidados Pessoais e Vestuário, favoráveis à diminuição da desigualdade, e pelas as dinâmicas dos gastos com Educação, Saúde e Alimentação, favoráveis à desigualdade. Diferenças regionais são apontadas a partir das regiões metropolitanas de Recife e São Paulo.

Decomposição Hierárquica da Desigualdade de Renda Brasileira

RePEc: Research Papers in Economics, 2008

A Desigualdade de renda é para o Brasil um dos grandes problemas econômicos e sociais, sendo levantado na literatura como um dos fatores que contribuem para o baixo desenvolvimento do país. Este trabalho tem o intuito de avaliar a contribuição dos principais fatores, listados na literatura, determinantes da desigualdade de renda. Neste estudo abordaremos a desigualdade de renda medida pelo índice T-Theil e sua decomposição hierárquica, numa adaptação da metodologia usada por Atika (2000). A decomposição do índice é realizada em seis níveis tendo os componentes as desigualdades inter-regiões geográficas, inter-área metropolitana, inter-gêneros, interracial, inter-grupos educacionais e intra-grupos educacionais. As estimações foram feitas para o Brasil a partir das informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE para os anos de 1995, 1999 e de 2002 a 2006, tendo em vista a análise da queda recente da desigualdade de renda, como mostrado nos trabalhos do IPEA. Como principais resultados podem-se citar: (a) apesar da queda no período a desigualdade permaneceu alta; (b) desigualdade da região nordeste se mostrou a maior entre as regiões brasileiras, sendo a menor encontrada na região sul do país; (c) áreas metropolitanas e não metropolitanas têm disparidades parecidas; (d) desigualdade entre os homens superior à entre mulheres; (e) maior desigualdade no grupo racial de pessoas brancas comparativamente ao de não brancas; (f) componente inter-regiões geográficas responsável por cerca de 5% da desigualdade brasileira; (g) desigualdade inter-área metropolitana gerando cerca de 2% da disparidade total; (h) componente inter-gêneros causador de 2,5% aproximadamente; (i) componente inter-racial fica entre 5 e 6,5%; (j) componente inter-grupos educacionais para todas as regiões foi considerado responsável por cerca de 30% da desigualdade; (k) maior componente da desigualdade foi o de desigualdade intra-grupo educacional, ou seja não causado por nenhum dos fatores levados em consideração, cerca de 50%.

Relação Entre Desigualdade De Renda e Crescimento Econômico Nos Municípios Brasileiros: O Que Mudou Na Década 2000-2010?

Contextus - Revista Contemporânea de Economia e Gestão

Este artigo buscou verificar a validade da hipótese de Kuznets para os municípios brasileiros nos anos de 1991, 2000 e 2010. Kuznets (1955) sugere que o crescimento econômico em seu estágio inicial vem acompanhado com o aumento da desigualdade de renda, atingindo um ponto de máximo, e posteriormente diminui na medida em que a economia se desenvolve, em um padrão gráfico de "U" invertido. O estudo investiga tal hipótese por meio da aplicação de dados em painel, utilizando informações do Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil (PNDU, 2013), usando os coeficientes de GINI e L de Theil como medidas de desigualdade e a renda per capta como medida de crescimento. Os resultados obtidos indicam que a hipótese de Kuznets é aceita sob algumas particularizações, porém é rejeitada sob a análise de um modelo mais geral.

Mudanças nas estruturas de consumo e custo de vida comparativo nas Regiões Metropolitanas: 1996-2020

Estudos Econômicos (São Paulo)

Resumo O trabalho analisa as mudanças ocorridas nas estruturas de consumo das famílias residentes nas 11 regiões metropolitanas brasileiras entre 1996 e 2020. Com base nas Pesquisas de Orçamentos Familiares de 1996, 2003, 2009 e 2018 do IBGE, aplica-se o modelo Country Product Dummy para estimar os custos comparativos, o que permite avaliar a paridade do poder de compra dessas áreas. As famílias foram alocadas a oito classes de renda, trabalhando-se com uma família representativa em cada classe e região. Foram montadas séries para o índice geral e para seis grupos de bens e serviços para o período 1996-2020, que são disponibilizadas para uso dos pesquisadores. Houve mudanças interessantes no período, tanto nas estruturas de consumo como no índice comparativo de custo de vida.

Impactos da Descentralização na Economicidade de Compras Governamentais

Revista Contabilidade e Controladoria

A descentralização proporciona agilidade nas atividades setoriais que buscam a eficiência e eficácia na atribuição de tarefas para cada setor, possibilitando a divisão de poderes e melhor identificação de demandas. Esta distribuição de tarefas é justificada pelo federalismo por ser um modelo social e político em que os entes federativos encontram-se submetidos ao governo central e a distribuição de competências entre os governos locais. Processo similar ocorre com a descentralização das universidades com a existência de um campus central e de campi interiorizados que também possuem essa característica de concessão de autonomia e divisão de atividades, buscando melhorias na execução de suas tarefas. O presente estudo avaliou a descentralização das compras governamentais da Universidade Federal de Campina Grande, especificamente os pregões eletrônicos para a aquisição de material de consumo, tipo de compra comum para qualquer instituição onde a comparação entre ambas foi realizada de ...