Idéias Abstratas Em Hume: O Simples e a Relação (original) (raw)
A filosofia berkeleyana procurou distinguir generalização e abstração, argumentando que o uso geral de uma idéia não implica o processo de abstração, processo esse compreendido como a separação entre idéia e seus graus determinados de quantidade e qualidade. Assim, Berkeley rejeitou que possamos conceber idéias que sejam indeterminadas quantitativamente e qualitativamente e sustentou que a generalização não pressupõe a abstração, ou seja, que o uso geral não implica a exigência da concepção de uma idéia * Doutoranda em Filosofia-USP e professora do IFPR. Contato: andreacachel@gmail.com RESUMO: Em sua análise da questão das idéias abstratas, apresentada especialmente no Tratado, Hume, segundo suas próprias palavras, propõe-se a desenvolver a tese berkeleyana de que a abstração é produto da significação geral assumida por uma idéia particular quando anexada a um termo geral. Nesse sentido, procura justificar essa anexação por meio do hábito, fazendo da questão das idéias abstratas um tema relacionado ao associacionismo peculiar de sua filosofia. Em decorrência, a temática da abstração em Hume nos fornece subsídios para ponderarmos alguns problemas desse associacionismo, sendo intenção deste artigo apontá-los, além de esboçar algumas de suas conseqüências, em especial, a referente à distinção humeana entre relações naturais e filosóficas.
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