MUTAÇÕES DO CONCEITO MODERNO DE HISTÓRIA? UM ESTUDO SOBRE A CONSTITUIÇÃO DA CATEGORIA " HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA " A PARTIR DE QUATRO NOTAS DE RODAPÉ (1878-1951) (original) (raw)

A INVENÇÃO DA CRÍTICA HISTORIOGRÁFICA BRASILEIRA PÓS DÉCADA DE 1980: UM CAMPO DE BATALHAS PARA MODERNOS E PÓS-MODERNO

RESUMO Este artigo tem por objetivo discutir e problematizar as regras e procedimentos que baliza(ra)m a produção da crítica historiográfica em nosso país nas últimas duas ou três décadas e que a fizeram dimensionar, analisar e avaliar a nossa produção historiográfica a partir dos conceitos de " moderno/modernidade " , " pós-moderno/pós-modernidade ". ABSTRACT: This article intends to discuss the rules and procedures that guided the production of critical historiography in Brazil in the late two or three decades, showing how our knowledge of History was recently built based in oppositions such as " modern/ post-modern " , " post-modern/post-modernity ". Keywords: Critical historiography, Modern/Post-Modern, Post-Modern/Post-Modernity.

JOSÉ HONÓRIO RODRIGUES E A HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA: EM DEFESA DE UMA CONCEPÇÃO DE HISTÓRIA

2019

José Honório Rodrigues é considerado por muitos pesquisadores que se dedicam aos estudos dos processos históricos brasileiros um dos intelectuais pioneiros e “pai da historiografia brasileira”, tendo pensado e produzido desde a década de 40 temas concernentes à historiografia bem como ao ofício do historiador. O intuito desse trabalho é investigar a concepção de história de Rodrigues (1937-1987) com ênfase nos problemas que ele aponta na historiografia brasileira e sua luta pela representação da História no cenário acadêmico e na vida cotidiana. Portanto, a intenção é percorrer os principais livros e textos dele, fazendo um mapeamento de sua formação e atuação profissional nacional e internacional e seu percurso intelectual, cruzando-o com autores, ideias e obras de diferentes lugares com os quais ele manteve diálogo na intenção de refazer as tramas e tensões ao longo de sua escrita que, cruzou um período grande e significativo da história brasileira, com eventos político-sociais decisivos para a fundamentação de suas teses.

“NOVAS TENDÊNCIAS” DA HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA E AS (IM)POSSIBILIDADES DE TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA EM TERMOS DE PRESCRIÇÃO CURRICULAR NO INÍCIO DO SÉCULO XXI

Este texto explora as relações entre a historiografia acadêmica e a historiografia escolar, colhida esta última, nas prescrições elaboradas por pesquisadores, gestores e professores sobre os conteúdos da disciplina história no Brasil. No seu título estão implícitas, ao menos, uma hipótese e uma carência: (1) a ideia de que a historiografia acadêmica sofreu modificações significativas nas últimas três décadas do século XX – daí o emprego do adjetivo “novas” – e (2) a incerteza sobre a natureza e a intensidade da transposição dessas modificações para as expectativas de aprendizagem que constituem os currículos prescritos, predominantemente, pelo Estado, em suas instâncias federal, estadual e municipal.

JOSÉ HONÓRIO RODRIGUES E A PESQUISA HISTÓRICA: DA FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ÀS CONTRIBUIÇÕES PRÁTICAS PARA A HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA.

O presente trabalho em exposição terá como objetivo fazer uma análise acerca da relação entre o estatuto e a importância da fonte documental para a pesquisa histórica de acordo com a perspectiva de José Honório Rodrigues, bem como demonstrar a necessidade de dar continuidade ao estudo da obra do historiador que, em meados da década de 40, já se preocupava com questões acerca do ofício do historiador, a pesquisa e a escrita da História, tendo idealizado o Instituto de Pesquisa Histórica (IPH), demonstrando imensa preocupação com a construção de uma historiografia que tivesse cunho profissional no país, para dessa forma, tentar romper, conforme aponta Marques (2000) com o viés tradicionalista e "conservador" acerca do pensamento histórico, como conhecimento científico e social, oferecendo, dessa forma, um apanhado de referências teórico-metodológicas que contribuíram para pensar de outras formas as interpretações acerca da história do Brasil.

REFLEXÕES SOBRE A HISTORIOGRAFIA E O ENSINO DA HISTÓRIA Uma Visão Contemporânea

Quem trabalha com História foi e está sendo compelido a pensar múltiplas dimensões sobre o próprio conhecimento histórico. A tarefa de historicizar as leituras, as abordagens, as interpretações, os pontos de vista e as intenções de historiadores e historiadoras estão cada vez mais direcionados ao diálogo com as metodologias de ensino da História. Na hora de elaborar um plano de ensino, um plano de aula, uma intervenção didático-pedagógica ou, simplesmente pensar quaisquer temas a partir de uma mirada histórica têm exigido interação de interesses pessoais dos profissionais da História com uma área específica chamada Historiografia. Durante algum tempo, tendemos a pensar a historiografia na acepção mais crua do termo: escrita da História. Contudo, à medida que esse campo foi se especializando, passamos a reposicionar a discussão na esfera da problematização das formas da escrita, das intencionalidades, dos seus sentidos, das disputas por espaços institucionalizados, ou ainda, das implicações da adoção de determinados paradigmas de escrita da História para o ensino da História. Reconhecer o diálogo entre a Historiografia e o ensino da História é o objetivo deste livro. Boa leitura...

HISTORIOGRAFIA PORTUGUESA DA ÉPOCA MODERNA

Resumo O objetivo deste artigo é apresentar os resultados da investigação histórica sobre História Moderna de Portugal (sécs-XVI a XIX) produzidos desde a década de setenta do século XX até aos finais deste século. Trata-se de um período marcado pela atualização da agenda historiografia portuguesa com a internacional. As teses de doutoramento elaboradas neste período (a principal fonte deste texto) cobrem uma grande variedade de temas, focando-se em áreas desde a história económica e social bem à nova história institucional e política, e representam um vasto corpo de conhecimento que contribuiu para o alargamento, e aprofundamento, do campo historiográfico da época moderna. Abstract The aim of this paper is to provide a overall view of the results of historical recherche concerning Early-Modern Portuguese History (fifteenth to eighteeenth centuries). It is a period marked by the updating of the portuguese historiography agenda with the international one. The PhD dissertations (the main source of this text) cover a wide variety of themes focusing on areas such as economic, social, cultural and new institutional and political history and represents a large body of knowledge that has contributed to the enhancement of the historiographical field of early modern age.

OS PERIÓDICOS COMO FONTE ESSENCIAL PARA REVISÃO DA HISTORIOGRAFIA: a favor das interpretações da recepção dos ideais modernos no Brasil na década de 1920

V Seminário Ibero-Americano Arquitetura e Documentação, 2017

RESUMO Este trabalho se fundamenta, essencialmente, em duas pesquisas realizadas como teses de doutorado: 1) a de Marta Camisassa-Modern Architecture and the Modernist Movement in Brazil during 1920s and 1930s (1994)-que privilegia a veiculação das ideias relacionadas às vanguardas, destacando-se as revistas modernistas e as revistas de arquitetura publicadas nos anos 1920 e 1930 em alguns dos centros da vanguarda brasileira; e, 2) a de Maristela Siolari-Os periódicos de arquitetura e a formação da arquitetura moderna brasileira: tecnologia e habitação econômica (anos 1920 e 1930) (2008)-que analisa os periódicos de arquitetura publicados nas décadas de 1920 e 1930 buscando identificar a formação de um pensamento arquitetônico renovador ou de mudança do estatuto da arquitetura, em função da presença de questões técnicas ou tecnológicas associadas à solução de problemas urbanos ou sociais. Para este artigo, especificamente, foram destacadas as análises a partir dos periódicos da década de 1920. Em uma leitura invertida de investigação, com o levantamento acompanhado de hipóteses básicas, essas pesquisas partiram do princípio de que os periódicos contam uma história própria por serem testemunhas dos acontecimentos. Havia um discurso arquitetônico, até então hegemônico, que não correspondia às novas questões que a arquitetura e as artes eram chamadas a responder-ainda que textos e obras (como de Warchavchik, Rino Levi e Júlio de Abreu) e alguns livros estrangeiros adeptos do Movimento Moderno circulassem no meio profissional. Em função de um quadro de dificuldades que neste trabalho é interpretado como um quadro de disputa e de formação do campo e do saber arquitetônico renovado, não se verifica-na leitura dos periódicos da década de 1920-a presença de um pensamento genuíno de vanguarda arquitetônica moderna no Brasil. Nessas fontes encontram-se, sim, indícios que permitem revelar a presença de noções modernas que possam ter contribuído para as mudanças que o pensamento arquitetônico brasileiro viria a conhecer nas décadas seguintes. Palavras-chave: Historiografia; Arquitetura Moderna; Periódicos; anos 1920.