Projetar para expor Coleções: Os Pavilhões de Portugal em Exposições Internacionais entre a Primeira República e o Estado Novo (original) (raw)

Os Pavilhões Brasileiros nas Exposições Internacionais da Bélgica

Brasil e Bélgica: cinco séculos de conexões e interações., 2014

Os pavilhões das exposições internacionais e universais são objetos privilegiados para o estudo da história da arquitetura. Aqueles que foram construídos nas décadas próximas à virada do século XIX para o XX estão inseridos num contexto histórico no qual a modernidade e a introdução dessa modernidade nos países sul-americanossão aspectos primordiais. Nesse período, a América do Sul era destino de imigrações e de produtos industrializados europeus e as exposições universais e internacionais conheceram sua “idade de ouro”. Dois fatores importantes convergiram e contribuíram para o desenvolvimento do metal para construção: a disponibilidade desse material e a forte demanda por pavilhões de exposições, que eram construções efêmeras e deveriam se adequar a determinadas facilidades. Esses pavilhões – concebidos e realizados sob as exigências da rapidez, da economia, da pré-fabricação, da desmontabilidade – são, portanto, de especial interesse, posto que neles se desenvolveu o aperfeiçoamento da técnica e da estética. Na época evocada, as exposições universais e...

Arquiteturas Expositivas e Identidade Nacional: Pavilhões de Portugal em Exposições Internacionais 1915-1970

2017

São nove as representações de Portugal, entre 1915 e 1970, que contaram com a construção de pavilhões próprios na Primeira República e no Estado Novo. A análise realizada foca as circunstâncias políticas e económicas determinantes na nossa participação e a imagem do país que se foi procurando projetar, em discursos ajustados aos regimes e às suas estratégias de afirmação e propaganda. Neste processo e sob a pressão dos concursos, assiste-se à discussão em torno de um estilo nacional, na qual pela primeira vez os nossos arquitetos decidem entrar e tomar o protagonismo, seja pela defesa de inspirações historicistas, vernaculares ou de um 'modernismo nacional'. International exhibitions are, in the architectural field, excellent means for experimental practice and symbiotic influences, where novelty is tested with particular boldness, due to the ephemeral nature of these expositive buildings, although there are also continuities and even set- backs. The close connections between these architectures and identity aspects of each country man- ifest themselves in the design of the respective pavilions, conditioned by political, ideological and conceptual parameters. Portugal, having participated in several events during the second half of the nineteenth cen- tury, with pavilions built by foreign architects, culminates the end of the century with an open competition among national architects for the Universal Exhibition of 1900 in Paris. This achieve- ment would persist in forthcoming events, under the banner of the First Republic and the Estado Novo (New State), comprised by this study. There were nine representations of Portugal, between 1915 and 1970, which involved the construction of a national pavilion. The analysis performed fo- cuses on certain circumstances such as politics and economy, determining national policies for our participations, and the image of the country that should be projected, in discourses adjusted to the regimes and their strategies of affirmation and propaganda. In this process and under the pres- sure of the architectural competitions, a discussion around a national style erupts, in which, for the first time, architects participate and arise to the spotlight, whether it was defending historicist, vernacular, or a ‘national modernism’ inspirations. The entire process around the pavilions in this study, among competitions or adjudication, construction and use, reflect important aspects of the evolution of theory and architectural practice in Portugal, despite the many existing constraints. The provided overview also allows assessing the close relation between architectural design and decorative program, gradually developed towards achieving a total work of art, functioning as a poster of the country, taken to the five parts of the world.

Os pavilhões brasileiros nas exposições internacionais

Esta dissertação tem como objetivo revelar a importância da arquitetura dos Pavilhões Brasileiros participantes das exposições internacionais. Esses eventos representaram um valioso campo de provas da arquitetura moderna, servindo de laboratório para novos conceitos e possibilidades. No caso brasileiro, alguns exemplares contribuíram para o desenvolvimento de um processo de afirmação de identidade nacional e de reconhecimento de uma arquitetura brasileira distinta. O surgimento das exposições internacionais promoveu profundas transformações sociais, culturais e tecnológicas, gerando reflexos imediatos na arquitetura mundial. O agrupamento de todos os Pavilhões Brasileiros num único trabalho possibilita uma análise do desenvolvimento da arquitetura nacional, fundamentada no contexto brasileiro e internacional. Os pavilhões mais representativos são destacados e os reflexos que tais obras geraram no âmbito da arquitetura nacional e internacional são analisados.

Em busca do verdadeiro 'Estilo Nacional': os concursos para o 'Pavilhão de Portugal' nas Exposições Internacionais (1900-1939)

Sphera Mundi – Arte e Cultura no tempo dos Descobrimentos, 2015

Resumo: Longe da discussão sobre o “estilo português” ter ficado confinada à última grande exposição internacional da centúria de oitocentos, esta veio a reacender-se cada vez que Portugal partici- pou num destes importantes certames além fronteiras, na primeira metade do século XX. A utilização das referências manuelinas será uma constante, em muitos projetos concorrentes para a construção do pavilhão português. Motivo de frequentes protestos à sua não consideração, face à estilização da arquitectura civil barroca do tempo de D. João V e à recuperação da arquitec- tura vernacular, traduzidas no fenómeno da ‘casa portuguesa’; que, a par da afirmação da arquitec- tura moderna, constituíam as alternativas na ten- tativa de definir qual o ‘estilo nacional’. Excelente barómetro da orientação da prática construtiva nacional, os concursos para o ‘Pavilhão de Portu- gal’ espelham todo um conjunto de discussões e propostas quando se procurava encontrar uma identidade arquitetónica portuguesa. Abstract The discussion for the “Portuguese style” was far from being decided in the last grand international exposition in the 19th century, re-ignited each time Portugal participated in these important undertakings, in the first half of the 20th century. The use of manueline references is constant, in many contestants’ projects for the Portuguese pavilions. Motive of frequent protests for its non-consideration, superseded by King John V’s civil stylization of the baroque and the recuperation of vernacular architecture, translated into the ‘portuguese house’ phenom; which, together with the affirmation of modern architecture, constituted the alternatives for an attempt to define the ‘national style’. An excellent barometer for orienting national building practices; the competitions for the ‘Portuguese Pavilion’ are a reflection of a set of discussions and proposals when seeking a Portuguese architectural identity.

Os pavilhões do Brasil nas Feiras Internacionais do século XX, inventário e sistematização

XII Congresso Internacional de Reabilitação do Patrimônio Arquitetônico e Edificado, CICOP Brasil, 2014

Este trabalho apresenta um levantamento e sistematização de informações sobre a participação brasileira nas feiras internacionais realizadas durante o século XX, com enfoque na representação da produção arquitetônica do país através dos Pavilhões Nacionais. Para essa investigação foram elaboradas fichas de inventário que contém itens fundamentais (nome oficial, data, existência de pavilhões brasileiros e seus arquitetos, memorial, peças gráficas e iconografia) para a compreensão de aspectos importantes da participação brasileira nas feiras internacionais. Além da bibliografia acadêmica referente ao tema, fez-se uso de diversas fontes de pesquisa como fotografias, extratos de catálogos oficiais das feiras, mapas de implantação, bibliotecas virtuais, coleções de cartões postais e páginas e fóruns da internet especializados no assunto. Foram concluídas 33 fichas correspondentes às feiras internacionais levantadas para a pesquisa. Destas, foram confirmados 14 pavilhões brasileiros, dos quais, 08 projetados por arquitetos ou engenheiros civis brasileiros. As informações coletadas sobre a participação brasileira na Exposição Internacional de Turim (1911), não contemplada na bibliografia especializada sobre o tema, são um exemplo da importância dessa sistematização. A escolha da produção de fichas de inventário como veículo de apresentação do conteúdo, visa facilitar o acesso às informações através da padronização e do emprego de uma linguagem visual versátil. Estas têm como finalidade serem reproduzidas como material impresso ou digital. A coleta de dados realizada proporciona uma visão panorâmica do desenvolvimento da arquitetura brasileira no século XX. Alcança o propósito de difusão e divulgação de edifícios, que pelo seu caráter efêmero, não foram preservados, mas constituem o patrimônio da cultura arquitetônica brasileira.

Pavilhões e centros de exposições em São Paulo: cidadelas modernas do mundo globalizado

Ao meu orientador Prof.Dr. Lúcio Gomes Machado, pela confi ança e incentivo. À Prof. Dra. Heliana Comin Vargas, por sua ajuda, exemplo de dedicação ao ensino e contribuição à minha pesquisa e ao Prof. Dr. Rafael Antonio Cunha Perrone, pela confi ança e oportunidades que me foram dadas. Aos meus poucos, porém grandes amigos, aos companheiros de pesquisa da FAU e pessoas especiais que acompanharam essa etapa da minha vida e com quem pude contar, sobretudo nos momentos difíceis e extenuantes. Em especial: Wilson, Célia, Maria Inês, Emilson, Renata e Verônica. E por fi m ao meu pequeno Leozinho, amigo fi el e companheiro solidário: Sua simples presença foi um alento nessa tarefa muitas vezes tão solitária. RESUMO: Este trabalho estuda as edifi cações denominadas Pavilhão e Centros de Exposição, com total da área coberta para exposições superior a 20.000m², na cidade de São Paulo. Inicialmente são apresentados os antecedentes das atividades que precederam as atuais Feiras de Negócios e Exposições Industriais e seu rebatimento no espaço desde a antiguidade clássica, passando pelas feiras medievais e pela revolução industrial na Europa até as Exposições Universais, num passado mais recente. A partir desse levantamento é detalhada a operacionalidade dessa tipologia, seus agentes e as relações entre as suas principais atividades, o local onde se encontram e outros equipamentos urbanos com funções complementares. Em seguida, são analisados os exemplos nesta Capital e em outras cidades, procurando extrair os componentes que confi guram um pavilhão ou centro de exposições. Com essa análise chega-se a um programa geral proposto e à representação gráfi ca do arranjo físico dessas edifi cações (fl uxograma). Por fi m, a partir do estudo da dinâmica das feiras e exposições são identifi cadas características que podem infl uenciar e/ ou determinar a necessidade e confi guração dos espaços. São então apresentadas as principais conclusões sobre o tema central, como contribuições em futuros estudos de exemplares desse tipo de edifi cação, seja para reforma, requalifi cação ou novas implantações.

Os Pavilhões do Passeio Público: dissidências no concurso e o projeto de Archimedes Memória e Francisque Cuchet

Patrimônio Arquitetônico Brasil-Portugal, 2020

Nas primeiras décadas do século vinte o Rio de Janeiro passou por inúmeras remodelações, à época denominadas obras de “embelezamento” da cidade, em prol da eliminação de morros e favelas da área central, com consequente ganho de área plana para novas construções. Tais obras, encabeçadas na maioria das vezes pelos dirigentes públicos, embasavam-se na estética das grandes cidades europeias, a exemplo da abertura da Avenida Central, nos moldes arquitetônicos da Champs-Élysées de Paris. O prefeito Carlos Sampaio foi um dos grandes estimuladores dessas obras. Ocupando o cargo entre 1920 e 1922, dando prosseguimento às intervenções na cidade, promoveu o arrasamento do Morro do Castelo, com a criação do aterro em frente à Santa Casa de Misericórdia para a Exposição Internacional Comemorativa do 1º Centenário da Independência do Brasil, dentre diversas outras obras urbanas. Neste contexto foram edificados os pavilhões do Passeio Público, cuja função inicial seria a de um restaurante para dar respaldo à Exposição. Entre um concurso e seus desdobramentos controversos, apresenta-se, neste artigo, o projeto e o histórico deste grandioso imóvel, que hoje só existe em fotografias e nos desenhos inéditos encontrados no acervo dos arquitetos Archimedes Memória e Francisque Cuchet.

Histórias da arte em coleções. Modos de ver exibir em Brasil e Portugal

Histórias da arte em coleções. Modos de ver e exibir em Brasil e Portugal, 2016

Resumo: O conjunto de pintura da Idade Moderna que procede de antigas coleções oitocentistas europeias, desde o acervo régio de D. João VI, aos fundos das coleções Figié e Ferreira das Neves, é muito significativo em número de espécimes e assaz destacado em importância artística. Além de um impressionante Rosto de Cristo ainda do século XV e da autoria de Fernando Gallego, famoso pintor de Salamanca, avultam algumas pinturas do século XVI português, que são de qualidade primeiríssima e que aqui se analisam. Apesar de já referenciado, em parte, pelos estudos de Marize Malta e Sónia Gomes Pereira, esse conjunto de peças justifica um olhar demorado e uma série de acertos em termos de filiação estilística e autoral. Cumpre destacar e agradecer toda a informação e facilidades de estudo recebida da parte das referidas colegas, historiadoras de arte e professoras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a propósito dessas coleções de arte guardadas no Museu D. João VI da Escola de Belas Artes da UFRJ.