Linguagem, Hermenêutica e a necessidade de revisitar Heidegger (original) (raw)

Martin Heidegger e a sua hermenêutica

Este trabalho abordará a questão hermenêutica em Martin Heidegger, onde far-se-á o esboço da sua hermenêutica ontológica, na questão da pré-estrutura da compreensão, na questão do ser e na análise existencial. Heidegger viveu entre os anos 1889 à 1976. É o expositor principal da filosofia da existência. Na sua obra Ser e Tempo objectiva-se em estabelecer uma ontologia capaz de determinar, de maneira apropriada, o sentido do ser, onde faz uma análise existencial sobre aquele ente, o homem, mas nos seus escritos de 1930. Heidegger concede uma reviravolta, onde não trata mais aquele ente, mas o ser e sua autorrevelação. Desta forma, Heidegger pôs-se na preocupação de orientar uma ontologia assente na determinação dos existenciários, isto é, modos do ser do Dasein. O Dasein é o primeiro pré-ontológico, pois tem a possibilidade de desenvolver uma ontologia, ou seja, um perguntar em forma claramente teórica pelo sentido dos entes. O Dasein, é o sentido do ser, isto é, o Ser-aí, onde este é aquele ente que propõe a pergunta sobre o sentido do ser. O Ser-aí, não é uma simples-presença, mas é aquele ente para o qual as coisas estão presentes, e o seu modo de ser, a sua essência e a sua natureza é a existência. A existência é poder-ser e poder-ser é projectar, por isso que a existência é transcendência, ou nas palavras de Heidegger, ultrapassagem.

A ESSÊNCIA DA LINGUAGEM SEGUNDO HEIDEGGER: CONFRONTO COM A FILOSOFIA ANALÍTICA

DISSERTATIO (UFPEL), 2016

Resumo: A concepção heideggeriana da essência da linguagem é apresentada à luz dos princípios básicos de seu pensamento e em confronto com a perspectiva da filosofia analítica. Mostra-se que a radical diferença entre as duas concepções não implica contradição, já que o fenômeno ao qual se referem sob o nome de linguagem não é abordado na mesma perspectiva. Palavras-chave: Linguagem, Heidegger, Filosofia Analítica.

A Ontologia e Hermenêutica Em Heidegger

2017

O presente trabalho tem por objetivo discutir a relacao entre o ser ai, com o ser e o ente segundo Heidegger, visando assim ampliar o conhecimento na area da filosofia ontologica. No livro de Heidegger, Ontologia (Hermeneutica da faticidade), estuda-se o ser e a existencia, o ser ai proprio de cada ocasiao, a hermeneutica por sua vez busca compreender o ser ai, a partir da interpretacao, por meio dos questionamentos em cada caso, esta questionabilidade ontica leva a inquietude, pois, de acordo com a ontologia o homem tem a abertura para se aproximar ao ser. Palavras chave :Heidegger.Ontologia. Ser ai. Ocasionalidade.

Linguagem e poesia como escuta no pensamento de Heidegger

Resumo O artigo visa mostrar como Heidegger desenvolve a sua compreensão sobre a linguagem e o pensamento poético a partir do conceito de escuta. Com esse intuito, vamos partir da análise de alguns textos nos quais ele desenvolve a sua compreensão sobre o logos grego e sobre a poesia, procurando, principalmente, dar ênfase à sua interpretação do pensamento de Heráclito sobre o logos e da poesia de Hölderlin. O conceito de escuta irá atravessar toda essa interpretação, aparecendo como essência da linguagem (logos) e da poesia (Dichtung).

Martin Heidegger - A Caminho da Linguagem

Confissões -Santo Agostinho -Ser e tempo (Parte I) -Martin Heidegger -Ser e tempo (Parte II) -Martin Heidegger -Sonetos a Orfeu e elegias de Duíno -R.M. Rilke -A cidade de Deus (Parte I; Livros I a X) -Santo Agostinho -A cidade de Deus (Parte II; Livros XI a XXII) -Santo Agostinho -O livro da divina consolação (e outros textos seletos) -Mestre Eckhart -O conceito de ironia -S.A. Kierkegaard -Os

Linguagem e comunicação em Heidegger

O artigo discute a dimensão ontológica presente na categoria heideggeriana do "falar", procurando, a partir dela, construir uma interpretação da comunicação enquanto fenômeno fundamentalmente intersubjetivo. Para fazê-lo, utiliza-se o Heidegger de Ser e Tempo. Inicia-se explicitando a compreensão de Heidegger sobre a linguagem, presente nessa obra, para, em seguida, por meio dela, se alcançar a compreensão do filósofo sobre a comunicação. Procura-se demonstrar que o falar é equivalente a um dar sentido comum a algo: não o encontro, o revelar, do sentido próprio de algo, na sua pretensa dimensão ôntica, mas o sentido presente na intersubjetividade, no mundo compartilhado, nos recursos de compreensão que a pessoa lança mão na sua interação com outros. Assim, procura-se demonstrar que a reflexão filosófica sobre a linguagem e sobre a comunicação precisa se enraizar na ontologia do ser-com-outros para transpor os limites da metafísica do sujeito e da subjetividade e para alcançar uma compreensão profunda do fenômeno da intersubjetividade.

A transformação da hermenêutica em Heidegger

Trabalho para a disciplina de Hermenêutica, 1983

Heidegger exerce uma rutura relativamente à Hermenêutica tradicional. Para Heidegger a Hermenêutica não pode ser entendida como como um método do conhecimento, pois ela é essencialmente um modo de estar, e por isso é hermenêutica da existência. O questionar, enquanto comportamento do ser humano, tem carácter de ser, o que por sua vez é o que se põe em questão. Daí deriva o carácter particular da pergunta pelo sentido do ser. Segundo Heidegger, movemo-nos sempre numa compreensão do ser. Tal compreensão é uma compreensão vaga, que deve ser clarificada. Em Heidegger a Hermenêutica deixa de se restringir à ciência da interpretação gramatical e das formas de comunicação dialógica, como antigamente, e já não permanece circunscrita à preocupação com o método de interpretação, mas assume antes um carácter ontológico e fenomenológico. Em Heidegger a Hermenêutica define-se portanto como uma abordagem fenomenológica da interpretação do ser.

Algumas considerações sobre linguagem e humanismo em Heidegger

2012

Resumo: O presente trabalho e a tentativa de apresentar a compreensao de linguagem na obra Carta Sobre o Humanismo (1946) do pensador alemao Martin Heidegger (1889/1976). Nessa obra, temos a reconducao da interpretacao humanistica do homem ate a raiz da Metafisica. Com isso estamos diante de um abandono do homem dentro do seio da subjetividade para ir ao encontro a outro tipo de pensar, que dignifica tanto o ser quanto o homem. E nesse contexto que a essencia da linguagem e apreendida. Palavras chave: Linguagem; Humanismo; Ereignis. Abstract: This paper is an attempt to provide an understanding of language in the work Letter on Humanism (1946) of the german thinker Martin Heidegger (1889/1976). In this work, we have the renewal of humanistic interpretation of man to the root of metaphysics. Thus we are faced with an abandonment of man within the breast of subjectivity to meet another kind of thinking, that dignifies both being as man. In this context, the essence of language is seiz...

Hermenêutica e linguagem em Schleiermacher Hermeneutics and language in Schleiermacher

Resumo: O presente artigo resulta de uma investigação sobre a hermenêutica de Schleiermacher, visando a relacioná-la com recentes debates sobre a racionalidade hermenêutica, com destaque ao caráter indicativo-formal dos conceitos filosóficos. Sem entrar numa discussão direta sobre "índices" ou "indicativos formais", constantes da obra de Heidegger, serão apenas discutidos conceitos e expressões do autor, de modo que se evidencie sua relação com o tema.