A massificação do livro em brochura no século XX e a conquista do mercado universitário nos Estados Unidos e Inglaterra (original) (raw)

A materialidade do livro de bolso e a expansão do público leitor entre os séculos XV e XIX

Este artigo apresenta, por meio de uma revisão de literatura, algumas das principais iniciativas desde a invenção da imprensa que buscaram ampliar o consumo de livros e/ou diversificar o seu público leitor utilizando a sua edição, o que permitiu, entre outras coisas, o surgimento do livro de bolso. Como resultado, sustentamos que, apesar da popularização e massificação do livro ter ocorrido somente no século XIX, as intervenções editoriais desenvolvidas nesse período com a finalidade de alcançar classes antes não leitoras já eram aplicadas há alguns séculos.

O mercado do livro, a edição e a universidade em Portugal: traços contemporâneos

Livros e Universidades, 2017

This chapter, as part of the book Livros e Universidades (published in 2017 by Com-Arte, a São Paulo-based publisher), intends to explore recent dynamics within the Portuguese university book market. The activity of the university presses in Portugal, despite lagging a decade and a half behind countries such as Brazil in what concerns a similar set of transformations, clearly depicts ongoing changes, albeit in heterogeneous fashion. On the other hand, a growing number of Portuguese university presses demonstrates a commitment towards knowledge generating channels, inside and outside their institutions. Nevertheless, such a modernizing wave has not been the solution to all the problems the university presses have to face. Given this set of circumstances, the scientific and scholarly publishing sector still relies heavily for visibility and circulatory purposes on private-owned non university presses, particularly in the field of the social sciences and humanities.

A materialidade do livro e a expansão do público leitor entre os séculos XV e XIX

Intexto, 2012

This paper presents, through a literature review, some of the main initiatives since the invention of the press that sought to extend the consumption of books and/or diversify its readership by using the editing, which allowed, among other things, the emergence of the paperback. As a result, it is argued that despite massification and popularization of the book have occurred only in the nineteenth century, the editorial interventions developed in this period in order to reach classes before non-readers were already applied since other centuries.

A diversificação e popularização do livro e o surgimento e desenvolvimento de coleções de bolso no Brasil

Revista FAMECOS, 2014

Este artigo apresenta, por meio de uma revisão de literatura, algumas das principais iniciativas que pretenderam popularizar o livro no Brasil e alcançar novos leitores, levando à criação de coleções de livros de bolso. Como resultado, observamos que, apesar da existência de livros de bolso no país não ser algo recente, cada período privilegiou determinados públicos, características editoriais, estratégias de venda e divulgação, revelando a relação dessas coleções com o contexto socioeconômico no qual elas foram produzidas.

"Nunca tantos leram tão pouco": editores de livro unidos contra a temida modernidade em meados do século XX

As transformações sócio-econômicas, políticas e culturais ocorridas no Brasil a partir de 1930 incentivaram também a expansão da produção e venda de livros. No entanto, como o público consumidor e leitor ainda não era satisfatório para um número maior de editoras, e o país ainda conservava problemas históricos nessa área (má distribuição, parque gráfico insuficiente, analfabestimo, etc.), grande parte das novas empresas fundadas na época foram à falência. Aos editores mais consolidados, restava lutar contra antigos e novos obstáculos, como a entrada de modernos hábitos de consumo cultural na sociedade brasileira, para manterem seus negócios abertos. Nesse contexto, buscamos entender como o temor pela entrada de novas mídias no mercado brasileiro incentivou a consolidação de uma classe editorial no país, assim como a sua adequação às novas leis do mercado e as suas ações de protesto contra a entrada de impressos estrangeiros e os subsídios governamentais a jornais e revistas, como estratégias de sobrevivência da atividade livreira.

ENTRANDO NA CULTURA ESCRITA: UM CASO IMPROVÁVEL NAS PRIMEIRAS DÉCADAS DO SÉCULO XX

O que ele contava -e que a família recita como um mito de origem -é que foi o primeiro filho varão, nascido em 1903, 1 de uma família "humilde" e sem "muita instrução, em Cachoeira do Campo, um distrito de Ouro Preto. Embora seu avô, José, fosse "homem de algumas posses", 2 tivesse o ofício de correerio e sua oficina fosse considerada grandeé o que se relata -, teria conseguido educar apenas um de seus 14 filhos, no Seminário da Boa Morte, em Mariana, onde se ordenou sacerdote em 1888. Os outros irmãos "ficaram

Imprensa periódica e a centralidade da educação no início do século XX

Imagens da Educação, 2013

Resumo O presente artigo tem por objetivo refletir sobre a relação entre imprensa pedagógica e educação no início do século XX. Para tanto, enfatiza o papel de destaque dado à educação, tendo como base excertos da revista "A Escola", do Grêmio de Professores Públicos do Estado do Paraná. Nessa Revista é possível inferir a disseminação do liberalismo na educação e como, efetivamente, encontrava-se presente no projeto para o magistério, via impresso pedagógico. Aborda, primeiramente, o papel desempenhado pela imprensa pedagógica; em seguida, faz uma reflexão sobre a centralidade da educação após a proclamação da república. Palavras-chave: Liberalismo. Educação. Imprensa pedagógica.

A revolução digital no mercado do livro e as novas práticas de leitura nos Estados Unidos, França e Brasil

Revista Ibero-americana de Ciência da Informação , 2022

As mudanças tecnológicas, sobretudo a internet, modificaram as formas de produção, acesso e consumo do livro. Seja para os autores, que podem se autopublicar, para as editoras, que passaram a oferecer audiolivros e livros digitais, como para os leitores, que leem em tela e a partir de cliques, o mercado do livro vivencia uma revolução digital. Nesse contexto, realiza-se uma pesquisa de cunho documental e bibliográfico a partir de dados estatísticos sobre três países (Brasil, Estados Unidos e França) com o objetivo de analisar o tamanho da população leitora de cada país, o interesse dos jovens pela leitura, as taxas de leitura de livros digitais e o uso/interesse pelas bibliotecas. Verifica-se que, embora o número total de leitores em cada país tenha permanecido estável na última década e os mais jovens constituírem o grupo mais interessado em livros digitais e audiolivros, a prática de leitura de livros impressos reduziu entre adolescentes e adultos de modo constante nos últimos anos. Além disso, a procura pelas bibliotecas diminuiu, especialmente no que se refere ao uso do seu acervo bibliográfico, levantando dúvidas sobre o seu futuro em um mundo cada vez mais digital.

O livro e suas tendências: da mídia impressa à digital

Páginas a&b : Arquivos & Bibliotecas, 2019

Resumo: O objetivo desse artigo é discorrer sobre o suposto desaparecimento do livro com o surgimento do e-book, percorrendo sua história do impresso ao digital. A tecnologia da informação provocou muitas inovações nesse percurso, transformou radicalmente as modalidades de produção, de transmissão e de recepção do escrito, atingindo o acesso e a preservação. Sendo assim, passou-se a adotar recursos cada vez mais modernos com o uso da tecnologia. Antes, o livro era disponibilizado em papel; hoje, na mídia digital, temos o e-book. Para elaboração deste texto, fez-se uso de bibliografia publicada por autores consagrados no assunto e buscou-se identificar consenso entre eles. Dessa forma, obtém-se um breve conhecimento do pensamento dos autores sobre o futuro do livro, as ameaças e riscos ao livro impresso e possíveis danos aos quais estão expostos ao serem digitalizados caso não sejam preservadas as versões originais, uma vez que os recursos tecnológicos afetados constantemente pela obsolescência tecnológica e fragilidade dos suportes não garantem a preservação desses em longo prazo, nem asseguram a memória dessas obras às gerações futuras devido às ameaças às quais esse material está sujeito.