Exercício Profissional em Docência: uma atividade tóxica? (original) (raw)

Considerando que a Constituição Federal garante, por lei, que todas as pessoas são iguais (título II, Cap. I, art.5º, Constituição da República Federativa do Brasil, 2007) e também que um dos objetivos da mesma é construir uma sociedade livre, justa e solidária (título I, art.3º, I), a escola deve proporcionar ao sujeito o conhecimento, a capacidade reflexiva e a vontade de agir visando à construção dessa sociedade assegurada por lei. Dessa maneira o papel do professor é fundamental na sociedade. Grande parte dos teóricos que discorrem sobre as dificuldades enfrentadas pelos professores concorda que as principais delas são: turmas com números excessivos de alunos; trabalho extraclasse que sobrecarrega o trabalhador da educação; responsabilização imediata pela formação do aluno enquanto sujeito; clima de hostilidade entre o grupo de professores; desvalorização salarial; e um fator altamente estressante que surgiu nas últimas décadas: violência e drogas presentes nas escolas e seu entorno. Não têm sido muitas as possibilidades de enfrentamento dessas situações. Encontramos em nossa pesquisa elementos que apontam para uma “resistência resignada”, manifestada pela redução dos investimentos nas atividades executadas e diminuição das exigências aos alunos, a despeito do sentimento de que o professor deveria fazer diferença na formação do aluno. Não menos raros são os casos de afastamentos justificados pelos atestados médicos, reforçando a ideia de que pode haver um quadro, senão de franco adoecimento, pelos menos de insatisfação com a atividade docente.

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