A ARTE DO BEM-VIVER E SEU MODELO ESTRUTURAL SEGUNDO A FILOSOFIA DE EPICTETO (original) (raw)
RESUMO: O objetivo deste artigo é reforçar a concepção de filosofia como prática voltada ao bem-viver e, consequentemente, do filósofo como aquele que age em direção a esse objetivo. Para tanto será considerada a arte do bem-viver de um filósofo específico, Epicteto (55 d.C. – 135 d.C.) e seu desenvolvimento de uma filosofia prática para a questão do bem-viver, isto é, como um modo de vida. A substancialidade de um bem-viver se dá dentro de alguma estrutura que possibilita essa prática e a definição desta estrutura, como modelo para uma arte (techné), torna-se importante para delimitar quais escolhas e ações são possíveis e valorizadas dentro de uma concepção de bem-viver. Pode-se definir estruturas de ou modelos que aceitem um viver, mas nem todas estruturas ou modelos aceitam um bem-viver substancial, ainda mais na concepção de Epicteto. A diferenciação entre viver e bem-viver não se dá somente na qualidade ou no conteúdo das escolhas morais e teleológicas, mas também na estrutura adequada para ambas as posições. Uma vez definida a estrutura ou modelo de um bem-viver, na concepção de Epicteto, abre-se a possibilidade de correção do caminho até este bem-viver e também das escolhas apropriadas a efetivar essa substancialidade através dessa estrutura. ABSTRACT: The purpose of this article is to strengthen the concept of philosophy as practice focused on living well and hence the philosopher as one who acts toward that goal. To do so, I will be considering the art of good living of a specific philosopher, Epictetus (55 B.C.-135 A.D.) and his development of a practical philosophy to the question of the good life, that is, as a way of life. The substantiality of a good life occurs within some structure and the definition of this structure, as a model for an art (techné), is important to define what choices and actions are possible and valued within a conception of the good life. You can define structures or models who accept a living, but not all the structure model accepts a substantial living well, even in the design of Epictetus. The differentiation between living and living well does not happen only in the quality or content of moral choices and teleological but also the appropriate framework for both positions. Once defined the structure or model of a good life in the design of Epictetus, it opens the possibility of the way to fix this good life and also the appropriate choices to accomplish this substantiality through that structure.