FORMAS DO DINHEIRO E O LUGAR DO OURO: UMA INTERPRETAÇÃO MARXISTA (original) (raw)
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O Desenvolvimento Da Forma-Valor e a Explicação Do Dinheiro Em O Capital De Karl MARX1
Revista Dialectus, 2016
Na minha contribuição eu discuto, em quatro momentos, a explicação marxiana do dinheiro no contexto do desenvolvimento da forma-valor: primeiramente, expõe-se a importância e o significado do desenvolvimento da forma-valor para a explicação do dinheiro em O Capital. Em um segundo momento são feitas considerações sistemáticas sobre a transição da análise da mercadoria para o desenvolvimento da forma-valor. Em terceiro lugar, apresenta-se, em forma de teses, o desenvolvimento da forma-valor na segunda edição de O Capital e sua diferença em relação com a primeira edição e aprecia-se o seu proveito para a explicação do dinheiro. A contribuição defende a tese de que o dinheiro é a existência objetiva universalmente obrigatória do valor, do poder de disposição privado, excludente social sobre a riqueza social. A fonte do valor-dinheiro dos produtos é o trabalho como humano abstrato que se comporta indiferentemente frente a seu caráter como concreto-útil e, portanto, é taxado apenas confor...
GEOGRAFIA DA MINERAÇÃO DE OURO NO MUNDO DA GLOBALIZAÇÃO FINANCEIRA
O presente artigo tem como objetivo estudar as transformações na geografia da mineração de ouro mundial a partir da década de 1970, período em que ganha força a globalização financeira. Assim, buscou-se problematizar o fenômeno da globalização financeira e seus efeitos espaciais e sobre a esfera produtiva; a oscilação do preço da commodity ouro em diferentes contextos de oferta e da demanda mundial e em momentos de expansões e crises nos mercados de capitais e nas principais economias nacionais; por fim, analisaram-se as tendências de avanço e retração da extração mineral e seu deslocamento entre diferentes países e regiões ao longo das últimas quatro décadas. Apontamos, principalmente, que há no período analisado, certo descompasso entre a oscilação da extração mineral e o preço no mercado internacional e que também a mineração de ouro está num processo crescente de difusão para múltiplos países extratores, em especial nos países periféricos. No entanto, se encontra cada vez mais oligopolizada em poucas grandes mineradoras transnacionais. Abstract This paper analyzes the changes in the geography of world gold mining industry, since the 1970s, period in which leverages the financial globalization. We problematize the phenomenon of financial globalization and its spatial effects and consequences on the productive economy; the gold commodity price fluctuations in different contexts of the world offer and demand and in period of expansions and crises in capital markets and in the major national economies; Finally, we analyzed the advancing and retraction trends of the gold mining industry and its displacement between different countries and regions over the past four decades. We concluded that during the analyzed period, there was a mismatch between the oscillation of mineral production and the commodity price in the international market and also that the gold mining industry is an increasing diffusion process for several producing countries, especially in peripheral countries. However, this industry is increasingly oligopolistic in a few large transnational mining companies.
Mercadoria e forma do valor: notas sobre o dinheiro em Marx
Ensaios FEE, 2001
ma das características mais marcantes do capitalismo do final do século XX é a exuberância dos valores monetários e financeiros em circulação, bem como seu aparente desligamento em relação à produção de riqueza real. Essa impressão geral e a inquietação que a acompanha são bem ilustradas pelo controverso Economista Delfim Netto, ao afirmar, em tom coloquial, que"(...) um dia qualquer vai ter que se compatibilizar a papeleira com a quantidade de parafusos" (Biderman, Cozac, Rego, 1996, p. 122)'. Para compreender como surge essa "papeleira" mencionada por Delfim Netto, é indispensável recorrer ao conceito de dinheiro, base da arquitetura financeira contemporânea. Figura onipresente nas transações econômicas, o dinheiro salta muitas vezes aos olhos, nas suas mais variadas formas atuais de manifestação, como um corriqueiro mediador. Porém sua aparente simplicidade esconde uma enorme quantidade de relações, que, à medida em que vão sendo exploradas, sp tornam npais e mais complexas. Prova disso é o fato de o dinheiro ser tema sempre presente no debate, por mais que uma ou outra teoria tente reduzir sua importância, transformando-o em elemento neutro em meio às transações "em termos reais". Desse modo, não basta descrever as funções do dinheiro, nem mostrar que teria surgido devido à maior comodidade, ao eliminar problemas como a dificuldade de dividir animais, guardar sal e carregar pedras. A complexa existência do dinheiro demanda a formulação de uma teoria monetária consistente e, assim, um grande esforço teórico, como o empreendido por KarI Marx no século XIX. Corazza (2000, p. 1) afirma que, apesar de Marx não ter deixado uma teoria financeira acabada,"(...) talvez seja o único autor a ter elaborado os * Este artigo é parte adaptada da monografia apresentada pelo autor como requisito para conclusão do curso de Ciências Econômicas da Unisinos. O autor agradece a todos os colegas e professores do curso e, em especial, ao orientador do trabalho. Professor Rubens Soares de Lima (Unisinos), e aos Professores André Moreira Cunha (Unisinos) e Gentil Corazza (UFRGS) pelos seus comentários e sugestões.
Arte monetária e suas interpretações
2008
Resumo A comunicação inicia-se com a apresentação das questões teóricas sobre o caráter artístico das moedas romanas, como meio de difusão de percepções identitárias. Em seguida, apresenta-se uma análise de parte do corpus de moedas romanas tardias custodiadas no Museu Histórico Nacional. Palavras-chave: numismática; iconografia monetária; Museu Histórico Nacional.
TEORIA MARXISTA DO VALOR: UMA INTRODUÇÃO1
This article provides an elementary introduction to the basic concepts of the Marxian theory of value and exploitation. The paper explores the concepts of commodity, use value and exchange value, concrete and abstract labour, and the relationship between value and money. It also explains the nature of the capital relation, the process of exploitation of the wage workers and the extraction of surplus value, and the process of competition. The article concludes with an analysis of the most important contradictions of capitalism.
A ESTRANHA OBJETIVIDADE DO VALOR: TRABALHO, IDEOLOGIA E CAPITAL NO PENSAMENTO DE MARX
Revista Trilhas Filosóficas (UERN), 2018
Em O Capital, Marx nos alertou que a mercadoria tem um caráter misterioso que carrega “sutilezas metafísicas e argúcias teológicas”. Este artigo tenta decifrar um pouco desse mistério buscando decodifica-lo naquilo que denominamos como a estranha objetividade do valor. Para isso, analisamos a relação entre a ideologia e o valor a partir da crítica marxiana à mercadoria, consignada à lógica de Hegel. Vemos que o valor se constitui como razão ontológica da mercadoria enquanto produto do processo de trabalho que carrega uma racionalidade imanente, isto é, um espírito socialmente produzido que se objetiva à medida que é vivenciado pelos indivíduos como uma lógica social que rege as relações nesta sociedade. Isso se dá por meio de “sutilezas metafísicas” na formação da realidade social marcada por contradições estabelecidas entre, de um lado, o conteúdo objetivo das relações sociais, e de outro, a forma como essas relações são vivenciadas pela consciência na sociedade capitalista. Nesta relação entre conteúdo e forma, encontramos determinações de profundidade ontológica entre o valor e a ideologia, enquanto forma social que opera harmonizando as contradições constituintes da realidade social, a exemplo do que acontece no trabalho assalariado. A mediação ideológica se põe como uma progressão imanente à materialização da vivência concreta da relação entre capital e trabalho no salário, de maneira a naturalizar a exploração que se esconde na estranha objetividade do valor que se realiza na troca de mercadorias. Concluímos que a conexão ontológica entre o ser social e a mercadoria é socialmente ubíqua, precisamente por conta do seu caráter ideológico na formação da sociabilidade a partir do processo de trabalho subjugado ao capital.
Breve relato da história das ideias sobre moeda a partir de Aristóteles
The intention with this paper is to present a timeline of the development of ideas about money, starting with Aristotle. The first section explores in some detail the contribution of Aristotle to the philosophy of money. The second section brings a short inspection of the different thinkers that carried the debate about the fundamentals of money until the end of the nineteenth century. The timeline may clarify the evolution of the relevant concepts about the main characteristics of money in the contemporary debate.
Entre o artefato e o texto: a moeda no mundo antigo
XI Congresso da Sociedade de Arqueologia Brasileira, 2001
. FLORENZANO, M. B. B.. Entre o artefato e o texto: a moeda no mundo antigo. In: XI Congresso da Sociedade de Arqueologia Brasileira, 2001, Rio de Janeiro. SAB 2001 A arqueologia no novo milênio. Rio de Janeiro: Sociedade de Arqueologia Brasileira, 2001. p. 61-73.
A origem e o valor do Dinheiro
A origem e o valor do Dinheiro, 2018
Pequeno artigo feito como prova de uma das matérias da pós graduação que participei em 2017. Como gosto desse trabalho decidi postar.