O Fim do Cinema (original) (raw)

ABSTRACT: What film does, that other mobile pictures do not (when they are not movies), is to close itself to duration. It gives its viewers a previously played game. Film is a washing machine that shake’s and flip time, twisting it up and down, turning it to fruition, with emotion aiding. Film, like a symphony, must passes toward an end (but not ‘happy end’) that is already there, in the very start, in every plan. Movement we find in the heart of its art - unlike a painting or a photo on the wall. Therefore, when we hang a film, or make it an installation, we can have whatever we want, but not film and no longer cinema. Film creates the ‘dispositif’ and not the reverse. The quarrel about what is 'left' from cinema has its heart in its regressing 'deaths' and this sort of great Leviathan that is 'expanded cinema'. RESUMO: O que o filme faz que não faz outras imagens móveis, quando não são filmes, é fechar-se em copas sobre a duração. Oferece ao espectador um jogo jogado. O filme é uma espécie de tanquinho que bate a matéria do tempo para poder fruí-la torcida, com emoção. Pois um filme, como uma sinfonia, passa em direção a um final que já está dado a cada instante, a cada plano. Final que sempre existe nele e não só o ‘happy end’. É a sua arte de ser pela duração contada – à diferença de uma pintura ou foto na parede. Por isso, o cinema pendurado, ou instalado, não é filme e deixa de ser cinema. É o filme que faz variar o dispositivo e não o inverso. A querela sobre o que ‘restou’ do cinema tem no âmago suas ‘mortes’ e esta espécie de grande Leviatã que é o ‘cinema expandido’.