arteS.pdf (original) (raw)

ARTISTAGENS.PRN.pdf

Introdução ou apresentação, sei lá... Isso não é uma introdução. [Epa! Esta fala é minha. R. MAGRITTE, VIA SESSÃO ESPÍRITA]. [Podia ser minha também. M. FOUCAULT, VIA PAI-DE-SANTO]. Era pra ser. Foi o que disse a dona da editora, a Rejane. E era pra ser escrita pela própria autora, como, aliás, toda introdução, que, como todo mundo sabe, é algo completamente diferente de apresentação. A diferença é muito simples: uma introdução é uma introdução, uma apresentação é uma apresentação. E era pra ser algo, digamos, mais palatável do que o que está dentro do livro. [O que envolve uma evidente contradição, porque uma introdução também está dentro do livro. E, pro meu gosto, está no ponto. EU MESMO, T. T., PEGANDO O REFÚGIO DOS COLCHETES]. [Oi, Sandra, não foi o que combinamos. E quem é este cara que se meteu aqui? REJANE, VIA EMAIL, DEIXANDO TRANSPARECER UMA CRESCENTE IMPACIÊNCIA]. [Rejane querida, não te preocupa. Ele tem o mesmo nome de um autor da Autêntica, mas não passa de um personagem meu. Sou eu mesma quem está escrevendo tudo aqui. Fica zen, está tudo sob controle. A AUTORA, TAMBÉM VIA EMAIL]. Como dizia, antes de ser interrompido, isto não é uma introdução. Mas também é. Do contrário, não estaria aqui, antes de o livro começar. Mas, afinal, o que é mesmo uma introdução? Parece uma coisa simples, né? [Rejane, vamos deixar passar esses coloquialismos? A REVISORA, VIA REDE INTERNA]. Abro um livro. Vejo escrito "introdução". Vou direto. É como um guia, né? O autor vai nos dizer o que escreveu, vai nos dar um resumo da ópera. Quem não gosta? Mas se o autor escreveu um livro pra nos dizer alguma coisa, por que ele precisa, agora, escrever alguma coisa pra explicar aquela alguma coisa que escreveu? Se a coisa está bem dita, não precisa de explicação. Se não está, é a própria coisa que é dispensável. Mas aí não haveria o livro, né? [Rejane, este abuso do coloquialismo está passando dos limites. A REVISORA, EM PESSOA, NA SALA DE CAFEZINHO DA EDITORA]. Bom, mas neste caso, o livro está aqui. É uma coisa palpável. Visível. Concreta. Só não decidimos ainda se isso é, afinal, uma introdução ou uma apresentação. Agora, uma apresentação também parece coisa bem simples. Uma pessoa, em geral de "renome" , apresenta a autora e sua obra. [Quem ele pensa que é? Com que credenciais ele se auto-intitula como sendo de "renome"? A AUTORA, SENTINDO QUE ESTÁ PERDENDO O CONTROLE DE SEU ALEGADO PERSONAGEM]. Mas não é assim tão simples. Salta aos olhos que um livro que precisa de apresentação já se apresenta, de cara, como deficiente, como não sendo capaz de se sustentar por si mesmo. [Vamos deixar claro: não é o caso do meu livro. SANDRA, AGORA JÁ SEM QUALQUER CONTROLE SOBRE O PERSONAGEM-APRESENTADOR]. Depois, uma pessoa de "renome" deve receber muitas solicitações para escrever apresentações. [Nem vou falar de "prefácios", que é, ainda, uma outra coisa. EU MESMO, NOS COLCHETES]. E não deve ter tempo para ler os muitos livros que deve apresentar. E acaba escrevendo uma bobagem qualquer, afinal por que perder tempo com autores iniciantes e desconhecidos, isso quando, o que não é raro, não resolve escrever sobre si mesmo. Na verdade, ninguém que seja de "renome" deixa de escrever, de uma maneira ou de outra, sobre si mesmo. [Prometo que não vou escrever sobre mim mesmo, sem querer com isso sugerir que eu seja uma pessoa de "renome". MIM MESMO, DE NOVO NOS COLCHETES]. Uma apresentação, dizia eu, ou não dizia, pouco importa, deve, portanto, falar sobre a autora e sobre o conteúdo do livro. [Rejane, este "portanto" não tem nada a ver. Cortamos, né? A REVISORA, EM OBSERVAÇÃO ESCRITA À MARGEM DAS PROVAS DO LIVRO E EM FLAGRANTE DELITO DE COLOQUIALISMO]. Comecemos, portanto, pelo conteúdo. [Oi, revisora, este "portanto" tem tudo a ver, né? EU MESMO, EMBAIXO DA OBSERVAÇÃO DA REVISORA, EM RETALIAÇÃO E ECOANDO, IRÔNICO, O COLOQUIALISMO DELA]. [Finalmente! REJANE, MAIS ALIVIADA, AGORA INTERVINDO POR VIA DIRETA E FAZENDO VALER SEUS DIREITOS DE DONA]. E nada mais natural do que começar falando sobre o que o livro não é. [Ai, ai, ai... REJANE, VIA SUSPIROS E TEMENDO PELO PIOR]. [Só espero que este cara não se meta também na minha orelha. PAOLA ZORDAN, ORELHISTA DO LIVRO E SE METENDO NA MINHA APRESENTAÇÃO, VIA SANTO DAIME]. [E eu, que não se meta na vida da minha mulher. HUGO, MARIDO DA AUTORA, POR VIA ELÉTRICA]. [É intromissão demais! Serão, a partir de agora, impiedosamente suprimidas. EU, ASSUMINDO O COMANDO, VIA MANU MILITARI].

ARS.pdf

Resumo: As manifestações de Junho de 2013 foram marcadas não só pela tomada das ruas pela população, mas também como o uso do ambiente virtual tanto para expor sua insatisfação com o contexto político/social, como também para articular novas manifestações nas ruas. Nesse cenário as páginas do Facebook possuem papel central nas manifestações, seja pela maior capacidade de atingir um público maior ou por exprimir uma visões que são compartilhadas por grupos dentro da população. É interessante entender as relações que são estabelecidas pelas páginas do Facebook, pois assim tem-se uma visão mais apurada das movimentações em rede, sobretudo a partir da óptica política. Para isso a Análise de Redes Sociais é uma metodologia possível de ser empregada, pois ela é capaz de indicar como ocorrem as articulações entre as páginas e qual a dinâmica presente nessas relações. Introdução Tem se tornado cada vez mais frequente o uso de redes sociais como fonte de dados para pesquisas de diferentes objetivos e que se utilizam de diferentes metodologias para alcançá-los. Um dos fatores que propulsionam essa procura é o fato das pessoas buscarem cada vez mais o ambiente virtual para estabelecer relações sociais, produzindo um grande fluxo de informações que pode ser recuperado utilizando-se de ferramentas apropriadas. O termo "Redes sociais" citado acima diz respeito aos ambientes virtuais que permitem o estabelecimento de relações sociais. Este termo, todavia também é utilizado para definir um escopo metodológico mais geral proveniente da corrente teórica do estruturalismo, que incide sobre as relações entre atores em um contexto, a metodologia de análises de redes sociais (ARS). Assim, é possível utilizar tal metodologia para análise de redes sociais virtuais. O emprego da ARS requer cuidados especiais no tocante à delimitação do objeto (contexto histórico/político/social) e também da escolha criteriosa perguntas a ele dirigidas. Uma vez que a metodologia sempre trará resultados, é essencial que estes sejam interpretados corretamente, um problema recorrente é o fato do analista imputar respostas as quais os resultados obtidos não dão conta de responder.

CADERNOS DE ARTE 1.pdf

Cadernos de Arte da ABRARTE 1, 2008

Articles about Spiritist Art by ABRARTE - Associação Brasileira de Artistas Espíritas

ArtistaEtnografo.pdf

Traduzido em português temos somente Recodificação (Casa Editorial Paulista LTDA). Resumo: Refletindo sobre o legado artístico do texto " O autor enquanto produtor " de Walter Benjamin, Hal Foster discute um redirecionamento e o aparecimento de um novo paradigma contemporâneo: O artista enquanto um etnógrafo. Abstract: Reflecting about the artistic legacy of Walter Benjamin's text The author as producer, Hal Foster discusses a shift and the emerging of a new contemporary paradigm: The artist as an ethnographer.

Anais XXX Allas.pdf

Este trabalho faz parte de uma investigação denominada Estratégias de controle de homicídios na América Latina: uma comparação entre as políticas pública e práticas de fato no Brasil, México, Colombia e Venezuela. Esta pesquisa envolve diversos países e instituições latino-americanas e trata das políticas locais e nacionais que tenham o fim declarado de controle de homicídios. Nossa contribuição, que constitui a etapa brasileira desta investigação, consiste na produção de uma matriz que possa ser utilizada para analisar políticas públicas, de modo a identificar quais os elementos orientadores na formulação e implementação de estratégias de controle de homicídios apresentada em 2015 no XXX ALLAS

MARTINS_BARROSO.PDF

Significação, 2018

O objetivo deste artigo é refletir sobre a representação da paisagem em Deserto azul (2014), de Éder Santos, considerando algumas categorias de espaço e refletindo sobre o papel da montagem na constituição do espaço cinematográfico. A produção contemporânea de audiovisual, que vai além dos paradigmas clássico- narrativos, se utiliza das possibilidades criadoras da tecnologia digital para as novas salas de cinema com suas gigantescas telas, e o espaço se torna novamente um elemento fílmico que potencializa sensações e narrativas. Deserto azul é uma das poucas produções de ficção científica contemporâneas brasileiras que se vale do uso extensivo de efeitos computacionais destacando as paisagens e valorizando suas possibilidades imersivas e contemplativas. A trajetória de Éder Santos como artista performático de videoarte estabelece um diálogo diferenciado com Deserto azul, que parte de uma narrativa em off e utiliza estratégias de representação do espaço e distensão do tempo para criar uma atmosfera de tédio. De um modo geral nos interessa refletir sobre as estratégias utilizadas para conceber uma narrativa que reflita o tédio de um mundo sem problemas e cujo objetivo maior é a transcendência do próprio espaço e tempo. Palavras-chave: Paisagem; Espaço cinematográfico; Videoarte; Narrativa; Ficção. Abstract: The objective of this article is to reflect on the representation of the landscape in Blue desert, by Éder Santos, considering some categories of space and reflecting on the role played by the montage in the constitution of the cinematographic space. The contemporary audiovisual production, which goes beyond the classic- Significação, São Paulo, v. 45, n. 49, p. xx-xx jan-abr. 2018 | 99 /////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// Deserto azul: paisagens imaginárias no cinema brasileiro | India Mara Martins e Elianne Ivo Barroso narrative paradigms and uses the creative possibilities of digital technology for the new cinemas with their gigantic screens, space becomes again a film element that enhances sensations and narratives. Blue desert (2014) is one of the few science fiction productions in contemporary Brazilian film- making that draws on the extensive use of computational effects for highlighting landscapes and enhancing their immersive and contemplative possibilities. The trajectory of Éder Santos as a performer of video-art establishes a differentiated dialogue with Blue desert, which starts from a narrative in off and uses strategies of space representation and time distension to create an atmosphere of boredom. In general, we are interested in reflecting on the strategies used to conceive a narrative that reflects the boredom of a world without problems and whose main objective is the transcendence of space itself and of time. Keywords: Landscape; Cinematographic space; Video-art; Narrative; Fiction.

ArtesGraficasSequenciais.pdf

O presente trabalho inclui o relatório de atividades de pesquisa relativas ao Projeto Acordes poético-educativos entre visualidades e verbalidades: uma proposta interdisciplinar, cadastrada nesta Universidade, cujo objetivo principal era o de elaborar uma metodologia interdisciplinar de ensino de leitura e produção literária, de ensino e de produção gráfico-visual do ponto de vista das Artes Visuais, com fins de promover e analisar os agenciamentos e operações do objeto poético gráfico. Embora entendendo-se por objeto gráfico livros ilustrados, livro-imagens, livro de artista, artes sequenciais (histórias em quadrinhos), jogos narrativos, animações e ficção gráfica em geral, impressos ou digitais, este trabalho dará destaque aos livros ilustrados e as histórias em quadrinhos, tal como previsto no projeto. Além do relatório, incluí nessa produção uma monografia resultante da pesquisa, cujas temáticas estão organizadas, conforme o sumário, em uma apresentação teórica que justifica a criação da Linha de Pesquisa individual Artes Gráficas e Sequenciais, na qual este trabalho se inscreve, na descrição e análise dos cursos de extensão Quadrinhos e artes sequenciais: produção, leitura e ensino e Ilustração e livro-arte: produção, leitura e ensino, que constituíram o principal corpus dessa pesquisa, além de considerações finais sobre as metodologias criadas para ambos os cursos e sobre a localidade das artes gráficas como campo de estudo teórico e prático para produção e para a educação. Após, ainda conforme o sumário, apresentamos o índice de ilustrações e os necessários apêndices para melhor entendimento deste trabalho. A bibliografia, interdisciplinar e bastante ampla, inclui referências advindas das áreas de Letras, Artes, Comunicação, Educação e Semiótica, contando com nomes como Gérard Genette, Charles S. Peirce, Jacques Derrida, Michel Foucault, Nicolas Bourriaud, Humberto Maturana, W. J. T. Mitchell, Waldomiro Vergueiro, entre outros, além de trabalhos já publicados de minha autoria.

ASP: ARS, ARTIS

ASP: ARS, ARTIS, 2020

Em 1978, o artista e então diretor do Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre, Danúbio Gonçalves, escreveu uma crítica no Boletim do Museu de Arte do Rio Grande do Sul/MARGS, na qual se referia ao Grupo Nervo Óptico, do qual Carlos Asp fazia parte, como o "sarampo" das artes, doença infantil e passageira. E resposta, o grupo se reuniu e enviou ao Atelier Livre uma fotografia com os integrantes cobertos por pintinhas vermelhas, em referência àquelas derivadas do sarampo. Desde a simulação de erupções cutâneas infantis, para Asp as pintinhas cresceram, vivaram círculos, passando da "infância" à maturidade; e multiplicaram-se em suportes e dimensões os mais diversos como na fachada de um edifício, bem como adquirindo outras cores, embora o vermelho sempre prevaleça. "Doença" nem infantil nem passageira.