A NARRATIVA DA MEMÓRIA EM HISTÓRIAS QUE CONTAMOS (original) (raw)
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MEMÓRIA, NARRATIVA E O TRÁGICO MODERNO
Moringa - Artes do Espetáculo, 2019
Resumo: O ponto central do artigo é a memória e o que dela se projeta como narrativa na construção dramatúrgica de Nelson Rodrigues, Carlos Alberto Soffredini e Luís Alberto de Abreu. Por meio do processo de reconstrução fabular, uma certa ideia de tragicidade que se alinha à noção sustentada na modernidade será consolidada. Os três autores e as peças aqui dispostas estão ligados a um processo memorialístico fragmentado de constituição da narrativa e, nesses casos, representação de um aspecto trágico do homem moderno.
ENTRE AS MEMÓRIAS E AS NARRATIVAS NAS TROADES DE SÊNECA
VII Semana da Licenciatura em História IFG, 2018
As tragédias de Sêneca são denominadas peças de leitura. O teatro é representado como um texto literário. Estas são escritas para a leitura e para a declamação do que uma representação propriamente dita, como supõe alguns especialistas. São inspiradas nos modelos gregos e em Eurípedes. Entretanto suas peças apresentam traços distintivos, pois para o autor a influência dos deuses deve ser moderada. Escrita por volta de 61 d.C em 1179 versos, os personagens são Hécuba, Taltíbio, Pirro, Agamêmnon, Calcante, Andrômaca, um ancião e o coro das troianas. Nosso objetivo é analisar o conceito de memórias e narrativas presentes nesta obra e como isto refletiu nos aspectos políticos da sociedade romana.
A MEMÓRIA SE FAZ HISTÓRIA: EXPERIÊNCIA E ESCRITA
A MEMÓRIA SE FAZ HISTÓRIA: EXPERIÊNCIA E ESCRITA, 2018
Tendo em vista a bibliografia apresentada em curso e o debate em sala de aula, analise no que corpo documental e seu debate auxiliaram o aluno na construção do seu respectivo projeto de pesquisa. Antes de responder à questão proposta, acho pertinente esclarecer a escolha da disciplina A memória se faz história: experiência e escrita como matéria eletiva para o 2º semestre de 2018. A escolha esteve, em primeiro lugar, ligada a uma necessidade pessoal de ampliar meu conhecimento sobre o estudo da memória. Minha formação acadêmica foi restrita no que diz respeito à teoria da história, visto que minha faculdade foi de licenciatura e priorizou a prática docente 1. Meu conhecimento teórico, no geral, advém de leituras posteriores, da participação em encontros acadêmicos, de conteúdos da minha especialização 2 , e de conteúdos do mestrado, notadamente do curso oferecido pelo professor Francisco Falcon. Em segundo, está o meu interesse no estudo sobre Patrimônio Cultural e Educação Patrimonial, áreas nas quais desenvolvi nos últimos anos algumas pesquisas e até publiquei artigos. Acabei criando um blog apenas para postar textos sobre estes assuntos, o História e Memória: conhecer e valorizar 3 , depois de um período colaborando para o blog História Hoje 4 , incentivada pela minha orientadora de mestrado, professora Mary Del Priori. Tendo consciência da minha necessidade de um estudo mais direcionado, eu me matriculei na disciplina, na expectativa de revisitar autores e ser apresentada a outros, em busca de novas perspectivas. Com relação ao meu projeto de doutorado, eu acredito que um maior conhecimento no campo dos estudos sobre memória e história só tem a contribuir para a produção da minha tese. Sendo assim, a resposta à questão apresentada sobre a disciplina A memória se faz história: experiência e escrita é: sim, os autores lidos e os debates dos quais pude
DA HISTÓRIA ORAL NASCE A MEMÓRIA COLETIVA
O objetivo desse artigo é compreender a história oral, no processo de estruturação da memória coletiva. A memória é a evocação do passado, a lembrança e o esquecimento são componentes da memória. Assim, a “ memória coletiva” da importância aos lugares da memória, para a sociedade humana e para o individuo. Outro fator dessa pesquisa para a compreensão da memória coletiva é o estudo dos conflitos de terras entre a Colonizadora Norte do Paraná e posseiros na cidade de Assis Chateaubriand, havendo duas versões: a das companhias (Sociedade Colonizadora União D’Oeste Ltda., e a Colonizadora Norte do Paraná S/A.) e seus clientes apresentando em relatos no livro da “História do Município de Assis Chateaubriand,” de Laércio Souto Maior, sobre o processo de colonização do município. Outro item interessante da memória dessa localidade é o caso “ferreirinha”, que envolveu os candidatos José Carlos Martinez e Roberto Requião nas eleições para governados do estado do Paraná em 1990. Pistoleiro contratados pela Colonizadora Norte do Paraná de propriedade da família Martinez para assassinar os posseiros na região da colonização. Compreendendo como foi construída a imagem do pistoleiro “Ferreirinha” nas eleições de 1990, a partir de relatos orais, tentando compreender como se construiu esse mito que teve repercussão no Estado do Paraná.
A HISTÓRIA DO PRESENTE COMO TEMPO DA MEMÓRIA
Este trabalho se propõe a discutir, do ponto de vista teórico e metodológico, a prática investigativa da História do Tempo Presente, buscando situá-la no debate historiográfico contemporâneo. Ao enfatizar as complexas relações entre a história e a memória, ressaltamos a importância da mídia na constituição do próprio modo de ver e perceber o mundo contemporâneo. Nesta perspectiva, reiteramos a necessidade de que os currículos de história incorporem estas novas fontes, pois não basta formar historiadores apenas lendo livros. É necessário que os professores de história forneçam ferramentas teórico-metodológicas para que a formação intelectual dos estudantes esteja de acordo com o tempo em que vivemos.
A NARRATIVA HISTÓRICA EM QUESTÃO
Ponta de Lança (UFS), 2018
Em História e narrativa: a ciência e a arte na escrita histórica, Jurandir Malerba, professor da UFRGS, reúne textos de importantes pesquisadores, filiados a diferentes áreas das Ciências Humanas, cuja temática nos convida a refletir em que medida a história se aproxima de um discurso científico e/ou artístico. Resultado de uma disciplina ofertada no
A HISTÓRIA E SEUS OUTROS: VIDA E NARRATIVA DE NEMA
Proponho com este trabalho, a partir de um olhar sociológico e em perspectiva decolonial, debater criticamente a forma como a história é contada na sociedade moderna. Problematizo o fato de que se trata de uma história parcial, arquitetada por elites dominantes, e não de uma narrativa abrangente, que inclua as histórias dos dominados, marginalizados e excluídos socialmente no transcurso do tempo. Em particular, a crítica é voltada ao Brasil e sua falseada narrativa hegemônica de país. Para tanto, algumas bases do conceito de história foram revisadas a partir dos trabalhos de Benjamin, Segato, Spivak e Rufer, e do conceito afrorreligioso de Tempo Relacional. A história de Nema – mulher negra, brasileira, escravizada, abusada de diversas maneiras e morta, que hoje responde como a entidade espiritual Maria dos Farrapos – narrada oralmente em um terreiro portenho de Umbanda, foi visitada e debatida. Como considerações, problematizo que as narrativas de vida dos dominados/excluídos devem ser lembradas pela história – e analisadas pela Sociologia – sempre em pé de igualdade com as diversas narrativas que constituem a vida social. Não devem ser obliteradas face à história dos dominadores/privilegiados. Isso contribuiria para uma transformação – inclusiva e justa – da Historiografia, da Sociologia e da própria sociedade.
DA MEMÓRIA COMO PRESENÇA OU A FANTASMAGORIA DA MEMÓRIA TÉCNICA
Juracy Oliveira. Revista Dispositiva, v. 8, n. 13, 2019
https://doi.org/10.5752/P.2237-9967.2019v8n13p15-29 | Resumo: Almejando realizar uma arqueologia da memória digital, nos propomos a refletir acerca das condições da Web como arquivo e como memória de si mesma, tomando como objeto para esmiuçar a lógica operativa dessa memória técnica o arquivo Wayback Machine, uma espécie de “máquina do tempo” da Internet. Partimos da hipótese de que a memória empreendida nessa biblioteca digital enuncia sobretudo presença, posto que é justamente o efeito/afeto de toque temporal que promove a modulação entre passado e presente; além dessa experiência de produção de presença na ausência do passado, entra em questão também uma lógica da não presença, marcada pela latência espectral de um registro de memória incompleto que dá a perceber a própria ruína do tempo dentro da memória técnica.
HISTÓRIA, MEMÓRIA E A NARRATIVA PLINIANA 1
Classica, 2023
Plínio o Velho compôs inúmeras obras no primeiro século de nossa era. No entanto, apenas a Naturalis Historia, sua derradeira composição, chegou até nossas mãos, preservada em sua integridade. Trata-se de uma obra controversa, quer por seu teor, quer pelo gênero em que foi composta, quer pelo empenho do autor, quer pelo próprio tamanho da obra. Autor este que foi contestado e redimido pela crítica literária ao longo dos séculos. Buscarei mostrar como o autor se serve da memória para revelar a grandeza do homem romano e da própria natureza. Primeiramente, mostrarei algumas definições de história e de memória, valendo-me, sobretudo, da obra de Le Goff (2000). Passo, a seguir, a analisar a memória em relação com a escrita pliniana, de forma geral, para depois prosseguir analisando a constituição de parte do livro XXX, que trata da história da magia, como exemplar para o estudo da memória. Por fim, cito como o autor faz uso do vocábulo memoria ao longo de sua obra para evocar a história passada dos romanos.