DESARTICULAR O DISCURSO CIENTÍFICO EM CHARLES DARWIN: RAÇA-CIÊNCIA-GÊNERO (original) (raw)

CHARLES DARWIN E A CIÊNCIA NO SÉCULO XIX

[PROJETO DE PESQUISA], 2014

No século XIX, surge a figura de Charles Darwin e sua teoria sobre a origem das espécies. Para entender como o inglês conseguiu reunir fatos e condições para divulgar a sua teoria, se faz necessário analisar o período histórico no qual ele se encontra. Diante disso, o objetivo deste projeto é verificar a relação entre Darwin e o seu tempo histórico, bem como, procurar compreender como as teorias e o pensamento científico do século XIX influenciaram a construção da teoria darwinista. Para tal resultado utilizaremos como fonte de pesquisa autobiografia, biografias e textos do próprio Darwin. Artigos, livros e outros textos sobre a História das Ciências no século XIX, colaborarão na compreensão do Darwin tanto como homem como construtor do seu tempo. Pretende-se verificar quais foram as maiores influencias que colaboraram para que Darwin pudesse elaborar sua teoria, e também quanto o darwinismo foi disseminado na sociedade em que surgiu. Analisar a trajetória deste cientista, colaborará para desmistificar o status da ciência, assim como dos cientistas, aproximando, desta forma, a público estudantil das condições reais para a construção de um conhecimento científico. Buscará disseminar os resultados averiguados através de publicações científicas, apresentações em eventos, mas, e principalmente, através da elaboração de um vídeodocumentário, apresentando os resultados do projeto. Espera-se, após esse trajeto, facilitar a aprendizagem dos estudantes nas disciplinas de História, Biologia, Filosofia e Sociologia, apresentando como a relação entre ciência e sociedade, e indivíduo e a ciência, é uma relação de interdependência e vinculada ao seu tempo histórico.

DAGUERREÓTIPO, DESENHO E RACISMO CIENTÍFICO

Base de Dados de Livros de Fotografia, 2020

RESUMO Neste ensaio, a pesquisadora Marina Feldhues prossegue na discussão sobre os usos iniciais da Fotografia a serviço da dominação colonial, no século XIX; desta vez, analisa o desenvolvimento do racismo científico nas ciências naturais moderno-ocidentais. Do século XVI ao século XVIII, da Fisiognomia à Antropologia Comparada, do Desenho ao Daguerreótipo, a pesquisadora compõe duas cenas e, numa análise crítica, questiona as relações entre o racismo científico, o desenho e o daguerreótipo.

CONTROVÉRSIAS SOBRE A NATUREZA DA CIÊNCIA NA EDUCAÇÃO CIENTÍFICA

Aprendendo ciência e sobre sua natureza: abordagens históricas e filosóficas, 2013

Resumo: Discutimos aspectos controversos sobre a natureza da ciência relacionando-os com o encontro de diferentes visões de mundo nas aulas de ciências. Abordamos o debate entre realismo e antirrealismo na epistemologia e suas implicações para o ensino, assim como sua influência nos debates sobre o construtivismo no ensino de ciências. Buscamos sintetizar as discussões anteriores, construindo uma lista de tensões entre duas visões opostas sobre a natureza da ciência, que classificamos como "positivista" e "construtivista". Finalmente, sugerimos uma proposta de síntese, deixando explícito o caráter dialético das questões epistemológicas abordadas, dando preferência para posturas moderadas, intermediárias entre estes dois extremos. Palavras-Chave: Natureza da ciência; visões de mundo; realismo

O LIVRO DIDÁTICO DE CIÊNCIAS E AS QUESTÕES SOBRE CURRÍCULO NAS ÚLTIMAS DÉCADAS: UM ENSAIO TEÓRICO

Anais VII Encontro nacional de Ensino de Biologia, 2018

O presente artigo aborda a questão do currículo no livro didático de Ciências. O texto estrutura-se no formato de ensaio teórico, apresentando o livro didático como um elemento repre-sentante do currículo para o componente curricular "Ciências" na Educação Básica. Como consi-derações, observo que a área de currículo traz relevantes contribuições para entender a problemática do livro didático enquanto o material ainda mais utilizado nos processos pedagógicos. Considero também que a polissemia relativa à palavra currículo não permite que a discussão referente à pre-sença deste nos livros didáticos seja reduzida às questões dos conteúdos e/ou as abordagens pedagó-gicas, mas perpasse também os próprios processos de produção da cultura escolar referentes a esse material. PALAVRAS-CHAVE: livro didático de Ciências; Ensino Fundamental; currículo. INTRODUÇÃO O livro didático (LD) de Ciências é o principal material utilizado nos processos pedagógicos nas escolas de Educação Básica (EB), ainda nos dias atuais. A concepção e a produção desse recurso estão amarradas aos conteúdos mínimos estabelecidos pelas propostas oficiais de ensino, presentes no contexto educacional em formas de políticas públicas, programas governa-mentais ou documentos curriculares oficiais, como os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) (BRASIL, 1998) ou as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) (BRASIL, 2013). Esse fator ajuda a entender o motivo de ainda hoje existirem tantas coleções didáticas parecidas entre si, em termos de organização e arranjo dos conteúdos de Ciências nos quatro anos finais do Ensino Fundamental (BOBATO; DELIZOICOV; MAESTRELLI, 2014; ROSA; MEGID NETO, 2017). Os teóricos que divagavam sobre o conceito de LD já afirmavam, algumas décadas atrás, que esse material era formulado e produzido com fins exclusivamente pedagógicos, para um uso sistemático nas situações didáticas ocorridas em contexto escolar (MOLINA, 1987). Lajolo (1996, p. 4) também oferecia há mais de 20 anos uma contribuição sobre a definição de LD, afirmando que este "[...] é o livro que vai ser utilizado em aulas e cursos, que provavelmente foi escrito, editado, vendido e comprado, tendo em vista essa utilização escolar e sistemática [...]. Sendo o LD um material formulado com um propósito específico, que é dar suporte aos processos pedagógicos, considero também que esse também é o elemento mais representativo do currículo escolar, ainda nos dias atuais. Já para Megid Neto e Fracalanza (2003), os LD atuais cor-respondiam a uma versão livre das diretrizes e programas curriculares oficiais em vigência, adaptadas pelos autores das coleções e editoras produtoras das obras. Ainda, sendo o LD de Ciências um recurso importante aos processos pedagógicos, o objetivo dessa investigação é abordar algumas reflexões teóricas sobre esse material enquanto um elemento

ARTICULAÇÕES DISCURSIVAS EM TORNO DO SIGNIFICANTE NATUREZA DA CIÊNCIA: Currículo, formação, política

2017

Departing from a post-structural and post-foundational agency, this theoretical positioning paper analyze the discursive articulations built around the signifier Nature of Science in the curricular policies produced by epistemic communities and published in academic works of the area of Science Teaching. In the course of the argument, it is argued that the senses of Nature of Science are articulated in the production of demands that, implied in an ontological overdetermination that mixes critical theory, philosophy and history of modern science, project profiles of students, teachers and, broadly, of the social, having as constitutive exterior that same thing that can be ineradicable of the education: the risk of/in the formative curricular experience Keyword: Curriculum; Formation; Policy

CIÊNCIA, POLÍTICA E MÍDIA NA PERSPECTIVA CENTRADA NO ESCLARECIMENTO: A SOCIOLOGIA DE ALAN IRWIN EM DIÁLOGO COM A EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS

Este trabalho pretende discutir a abordagem de controvérsias sociocientíficas em sala de aula a partir da perspectiva centrada no esclarecimento. Para tal, a sociologia de Alan Irwin foi apresentada, e utilizando princípios da filosofia de Bakhtin, procurou-se elucidar os sentidos conferidos por professora e estudantes a controvérsias circulantes sobre o aquecimento global em sequência de dez encontros, especialmente no que diz respeito à relação entre ciência, política e mídia. Constatou-se perplexidade e desconforto com os fatores não-epistêmicos das controvérsias, a ciência sendo tratada como sinônimo de conhecimento verdadeiro, unívoco e objetivo, frequentemente em oposição à política e à mídia, tratadas como artifícios de mascaramento da realidade ou busca pelo poder. Houve um espectro de reações e níveis de consciência distintos por parte dos estudantes, seja sobre a complexidade das controvérsias sociocientíficas, seja sobre a percepção de si mesmos ou sobre o alcance epistêmico dos julgamentos da realidade. Avalia-se a coexistência do argumento democrático para o ensino de ciências para todos com tal perspectiva criticada por Irwin, bem como recomenda-se maiores esforços para o ensino-aprendizagem da natureza da ciência, das relações ciência-politica-mídia e do ceticismo como possível competência a ser educada.

A RELAÇÃO ENTRE A CIÊNCIA E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA ATUAL - ABNT

A RELAÇÃO ENTRE A CIÊNCIA E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA ATUAL, 2016

ABSTRACT: In a scenario of steady information exchange, provided by the internet, the empiric scientific spirit of natural sciences, that characterizes – or should characterize – our culture since the modernity, seems to be the great absence in the social media discussions. Instead, what is seen is the sharing of disinformation occasioned by the lack of dialogue between academy and social media, which promotes and results in scientific illiteracy, holding back the development of any culture. The scientific journalism has been made in an unprepared way, not worrying about scientific accuracy and allowing room for sensationalism, conspiracy theories and pseudoscience, which are dangerous as they use fallacies, avoiding refutability in order to claim them as scientific and thus ending up deceiving unsuspecting people. The social media promotes the scientific illiteracy, which, in turn, allows room for the pseudoscience to bloom, while the academy stays away and isolates itself from this scenario, helping to feed it. Theoretically, that would only be solved with a change in the academy thought, in the awareness-raising of journalism and a better basic education in general. Keywords: Philosophy of Science, Science Communication, Scientific Journalism.

CONSIDERAÇÕES E DESCONSIDERAÇÕES ACERCA DO GÊNERO (?) DE FICÇÃO CIENTÍFICA

Revista de Letras Juçara, 2018

RESUMO: O presente artigo objetiva problematizar a conceituação de ficção científica enquanto gênero literário. A contextualização histórica das obras de ficção científica é seguida da apresentação, exemplificação e análise de elementos que James e Mendlesohn (2003) e Gary Westfahl (1999) concebem como "imediatamente reconhecíveis" nas obras sci-fi, debatendo, assim, as considerações e desconsiderações da ficção científica como gênero literário. O texto discute também o fato da ficção ser questionada como gênero por ser parte da cultura popular de massa e não erudita, focando no grande alcance da ficção científica e valorizando a sua capacidade de poder transitar entre múltiplos espaços e mídias, mantendo seu caráter volátil, mutante e híbrido. PALAVRAS-CHAVE: Gênero ficção científica. Cultura de massa. Revistas pulp.