GENTIL-NUNES, Pauxy. Parsemas e o método de Fux. In: Revista Pesquisa e Música. Rio de Janeiro: Conservatório Brasileiro de Música, 2006b v. 1, p. 38-47. (original) (raw)
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Editora Clandestina , 2021
Neste Exame, Jean-Jacques Rousseau defende sua visão «italiana» da música (com ênfase no canto e na melodia, mais próprios à expressão dos sentimentos), apresentada nos verbetes que escreveu para a Enciclopédia de d’Alembert e Diderot, dos ataques que lhe foram feitos pelo compositor e teórico Jean-Philippe Rameau, partidário de uma concepção musical “francesa”, segundo a qual a arte musical se baseia principalmente na harmonia. A tradução é seguida de um estudo em que Fabio Stieltjes Yasoshima reconstrói detalhadamente os principais argumentos da polêmica entre os dois autores.
HINDEMITH E FUX: UMA ANÁLISE COMPARATIVA DO GRADUS AD PARNASSUM E THE CRAFT OF MUSICAL COMPOSITION
INTRODUÇÃO A idéia de comparar dois métodos de contraponto, separados um do outro por dois séculos, merece uma introdução. O termo " contraponto " , do latim con-trapunctus, significa nota-contra-nota e foi usado a partir do século XIV para indicar a combinação de linhas melódicas simultâneas, de acordo com um siste-ma de regras estabelecidas. A aplicação do termo é tão ampla que se confunde com a própria idéia de composição em estilo polifônico. Foram escritos diversos tratados sobre o assunto, quase sempre apresentando vastas especulações de cu-nho não apenas musical, mas também filosófico, científico e religioso, princi-palmente no que diz respeito à origem e à natureza dos intervalos. O Gradus ad Parnassum (1725) de Johann Joseph Fux (1660-1741) é um clás-sico no gênero. Em The craft of musical composition , Paul Hindemith (1895-1963) compara as condições de seu tempo àquelas descritas por Fux e propunha a criação de “uma nova técnica que, atuando a partir dos sólidos fundamentos das leis naturais”, possibilitasse um uso adequado dos novos recursos musicais.
Inventário da Coleção Fernand Jouteux do Centro de Referência Musicológica José Maria Neves (F-CEREM), 2019
Resumo. Este trabalho tem como objetivo apresentar o inventário e um breve relato do tratamento, no Laboratório de Conservação, Arquivologia e Edição Musical do Instituto de Artes da UNESP, de uma coleção de documentos relacionados ao compositor e regente Fernand Jouteux (Chinon, 1866 – Belo Horizonte, 1956), entregue, em Rochecorbon (França), por familiares desse autor ao musicólogo francês Jean-Michel Vaccaro (1938-1998), por ele oferecido à pesquisadora brasileira Carolina Magalhães (residente na França), e por ela doado à Fundação Centro de Referência Musicológica José Maria Neves (F-CEREM), da Universidade Federal de São João del-Rei (MG). O trabalho inclui um breve histórico e o quadro de arranjo da coleção, com algumas considerações sobre suas particularidades e seu conteúdo. Palavras-chave. Fernand Jouteux; Música; Coleção Documental; Tratamento arquivístico; Disponibilização.
Este artigo defende uma intepretação da posição moral substantiva de Nietzsche como uma versão do perfeccionismo que se diferencia de outras por vários traços teóricos distintivos. O artigo examina: sua aparente tentativa de fundamentar os valores perfeccionistas em reivindicações essencialistas acerca da vontade de poder, que por sua vez pode ou não ser interpretada em termos teleológicos; sua versão antiigualitária ou "maximax" do consequencialismo, com implicações inconfundíveis para o valor do egoísmo; e, por fim, sua tentativa de assentar valores perfeccionistas mais concretos nas propriedades formais que caracterizam as metas das pessoas, propriedades tais como a extensão, em especial a extensão temporal, e o seu grau de unificação ou o quanto elas contribuem para a "unidade orgânica".