A EXISTÊNCIA NEGRA NA FILOSOFIA DA CULTURA (original) (raw)
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A CULTURA NEGRA NA SALA DE AULA
Nepomuceno -DFCS/NEAB-Í/UEPB Vivemos em um país pleno de diversidade: raças, modos de pensar, de viver, de acreditar. Esta diversidade é fruto da interrelação dos povos que nesta terra se misturaram, mesclaram suas genéticas e práticas culturais. Todavia, como compreender que em um país tão plural atitudes e práticas preconceituosas e discriminatórias estejam presentes em todos os seus âmbitos? O mito da "democracia racial" Freyriana continua fortemente presente, supostamente, continuamos a ser uma nação democrática em que as pessoas afirmam não possuir nenhum tipo de preconceito, todavia pessoas negras sofrem discriminação apenas pela cor de sua pele e na maioria das vezes são vistas como sujas, justificadamente pobres e incapazes.
EXCLUSÃO CULTURAL A AUSÊNCIA DA CULTURA NEGRA EM ARTES & ARTISTAS
OPSIS, 2010
Resumo: Analisando uma revista de elite que foi publicada em Salvador de 1920 a 1924, Artes & Artistas, pode ser observado o quanto a cultura festiva negra foi ignorada ou reprimida pelas elites. As queixas sobre a falta de divertimentos na cidade, apesar do rico calendário festivo, eram freqüentes. Essa parecia ser a forma encontrada pelas elites de barrar o desenvolvimento da cultura negra, apesar das resistências. Palavras-chave: Artes & Artistas, Divertimentos, Elites, Salvador -Ba.
A existência negra na filosofia da cultura 1
Este artigo explora algumas das relações entretidas entre a filosofia da cultura e a existência negra e, por extensão, entre esta última e a filosofia da africanidade. Uma parte ampla dessa discussão será metafilosófica-ela incidirá sobre a filosofia-, mas sua própria significação filosófica deverá aparecer ao longo do percurso.
INTELECTUALIDADES NEGRAS E A ESCRITA DA HISTÓRIA
Revista de Teoria da História, 2019
No momento em que vem a público o dossiê Intelectualidades negras e a escrita da história, o Brasil assiste o negacionismo passar de fenômeno social difícil de explicar – e de entender – à política de governo. Fato que não é exclusivo do Brasil. Com saliência política maior ou menor, o negacionismo tem se apresentado como um traço distintivo peculiar da ascensão da extrema direita em vários países do mundo. De fato, tornou-se plausível e legítimo negar o aquecimento global, negar que o próprio globo terrestre seja esférico ou negar a eficácia de vacinas. E se negar estes fatos ganha um certo caráter anedótico, isso se dá precisamente porque a possibilidade de questionar a positividade forte da verdade que atestam produz um deslizamento discursivo que se projeta sobre outros campos de saber onde o exercício de negar parece ainda mais legítimo. Aqui, a escrita da história vira alvo incontornável.
O SILENCIAMENTO DA CULTURA NEGRA E INDÍGENA NOS LIVROS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA
ENELIN 2017 Textos Completos, 2018
Resumo. Neste trabalho buscamos compreender o funcionamento discursivo da lei 11.645/08 em livros didáticos de história que são utilizados nas últimas séries do ensino fundamental na cidade de Bom Sucesso, Minas Gerais. Nosso ponto de partida para as análises desses livros didáticos é o campo teórico da Análise de Discurso, a partir da qual pudemos compreender a forte afetação de fundamentos da historiografia positivista que promove, como efeito, o silenciamento da cultura indígena e africana nesses materiais que têm sido tomados como suporte pedagógico para o ensino de história no Brasil. Para nós, tal situação se apresenta como um problema porque textualiza a fundação da história do Brasil a partir de discursividades eurocêntricas, destinando a outros grupos os feitos de fundação linguística e cultural do brasileiro, colocando à margem negros e indígenas. Palavras-Chave. Discurso histórico. Livro Didático. Lei 11.645/08. Abstract. In this work we seek to understand the discursive functioning of law 11,645/08 in history textbooks that are used in the latest series of elementary school in the town of Bom Sucesso, Minas Gerais. Our starting point for the analysis of these textbooks is the field of theoretical analysis of Speech, from which we were able to understand the strong fundamentals of the positivist historiography affectation that promotes, as fact, the silencing of culture African indigenous and those materials that have been taken as educational support for teaching history in Brazil. For us, this is a problem because textualiza the Foundation of Brazil's history from discursividades eurocêntricas, the other groups of Brazilian cultural and linguistic Foundation, putting the black margin and indigenous. Keywords. Historic speech. Textbook. Law 11,645/08. 1. Introdução Neste trabalho, temos o resultado parcial de uma pesquisa que pretende discutir como o livro didático silencia discursos da cultura negra e indígena no Brasil. A partir do referencial teórico da Análise de Discurso, propomos problematizar o livro didático como um material que simula a realidade, silenciando vozes, encobrindo a história e excluindo, na sua textualidade, uma grande parcela da população que é responsável pela formação social e cultural deste país. Desde a invasão e conquista do território brasileiro, as visões e os discursos sobre os índios estavam vinculados a um projeto de dominação que os portugueses desejavam implantar. Desde então, negros e índios passaram a ser caracterizados pelos europeus como selvagens e inferiores. Para solucionar o que os europeus
A DIÁSPORA NEGRA E A PRESENÇA DE AFRICANOS ESCRAVIZADOS EM
Resumo Este trabalho pretende relacionar a Diáspora Negra a presença de africanos escravizados em Itapemirim-ES, entendendo que estes estudos contribuem para os novos trabalhos da historiografia brasileira e para o movimento que estuda a Diáspora Africana, uma vez que procura revelar a existência de africanos escravizados em Itapemirim. De fato, muitas questões continuaram obscuras, mas é certo que havia africanos nas escravarias capixabas e itapemerinenses que, como será demonstrado, era uma das principais regiões econômicas capixabas no século XIX, cobiçada, inclusive por muitos navios carregando africanos escravizados clandestinos após a promulgação da Lei Euzébio de Queirós, conforme descrito pelos presidentes provinciais nos Relatórios da Província do Espírito Santo. Os dados sobre estes africanos podem ser observados através da análise de registros de óbitos e batismos de escravos de Itapemirim, que apresentam um número significativo de africanos, revelando que esta região era ponto de chegada de muitos dos que vieram da África. Assim, através de análise quantitativa e qualitativa dos registros eclesiásticos de Itapemirim, uma parte da história dos africanos espalhados pelo mundo com a escravidão poderá ser remontada, contribuindo para os novos trabalhos historiográficos brasileiros.
CONSCIÊNCIA NEGRA ATRAVÉS DA LINGUAGEM ICONOGRÁFICA NO ENSINO DE HISTÓRIA
v. 6 n. 1 (2023): Edição Jan/Abr, 2023
Este artigo, intitulado Consciência Negra Através da Linguagem Iconográfica no Ensino de História, é o resultado do Projeto Consciência Negra através da Linguagem Iconográfica, que surgiu por meio da análise das atividades realizadas pelos discentes das turmas de 7º, 8º e 9º ano da Escola Municipal Desembargador Arimathéia Tito, localizada em Barras-Piauí, em 2019. O presente estudo aborda a importância de se utilizar um ensino dinâmico através das representações iconográficas no ensino de História, com o intuito de refletir e pensar criticamente sobre o dia alusivo à Consciência Negra e a importância de combater o racismo e reconhecer a identidade étnico-racial brasileira. A metodologia teve como proposta o trabalho com a linguagem iconográfica como representação do olhar do alunado sobre a luta contra o preconceito e o significado do Dia da Consciência Negra como símbolo de ampliação de espaço para discutir e promover o combate à marginalização do negro no meio social, cultural e histórico, estabelecendo um diálogo com obras que abordam o tema como artigos e livros encontrados em sites de busca. O referencial teórico utilizado aborda o Ensino de História, Linguagem Iconográfica e o Dia da Consciência Negra, sendo que a principal referência foi a obra O uso da imagem no ensino de História, da autora Valesca Giorgiano Litz (2009). É notável que o Ensino de História voltado para a iconografia do negro contribui para a formação dos alunos, enriquecendo o contexto em que estão inseridos, dentro ou fora do ambiente escolar, social e familiar, pois o aluno passa a ter um pensamento crítico sobre os fatos estudados por meio de uma visão autônoma no que tange à identidade étnico-racial brasileira, fugindo da memorização de conteúdos.