TRADIÇÃO E CONTEMPORANEIDADE (original) (raw)

A conformação do fazer artístico e a recepção de obras estéticas apontam para um espaço de relação de proximidade e/ou distanciamento entre o conhecido e o desconhecido, entre o antigo e o novo, apontando para uma analogia entre a tradição e a contemporaneidade. O estabelecimento desses binômios notabiliza a formação do cânone da arte no ocidente, como se identifica desde a Antiguidade, entre as culturas grega e romana e se manifesta no contemporâneo. De modo geral, as ideias de tradição e contemporaneidade são colocadas em contraposição, como antagônicas. Baseado em tensões, distensões, mas também em uma contiguidade, esse binômio é analisado, considerando a premissa que estabelecem correlações produtivas, entendidas como resultado de um diálogo entre a produção dessas temporalidades, a partir de pesquisa bibliográfica, pautando-se nos conceitos de imitatio, contaminatio, (Conte, 1999;, de intertextualidade (Jenny,1979), e de contemporâneo, de Agamben (2013), que considera o tempo, a necessidade de tomar posição que permita tomar distância do agora para percebê-lo em seus vieses bem como para resistir a pressão do passado.