Livro - história da cidade (leonardo benevolo) (original) (raw)

95379459-Historia-Da-Cidade-Benevolo

O ambiente construído não passava de uma modificação superficial do ambiente natural, imenso e hostil, no qual o homem começou a mover-se, o abrigo era uma cavidade natural ou um refúgio de peles sobre uma estrutura simples de madeira. O abrigo das sociedades neolíticas não é apenas um abrigo na natureza, mas um fragmento de natureza transformado segundo um projeto humano, compreende os terrenos cultivados para produzir, e não apenas para apropriar do alimento, os abrigos dos homens e dos animais domésticos, os depósitos de alimento produzido para uma estação inteira ou para um período mais longo, os utensílios para o cultivo, a criação, a defesa, a ornamentação e o culto.

Livro - o fenomeno urbano

Este volume reúne alguns dos estudos mais significativos já publi cados até hoje sobre o fenômeno urbano . Não o intitulamos Sociologia Urbana, pois que tal rótulo não daria uma idéia fiel da orientação seguida por todos os autores aqui apresentados. Isso porque a noção de uma Sociologia Urbana parece estar ligada em geral a uma certa primazia que se conferiria ao urbano per se, e conseqüentemente também ao rural, em termos de seu valor explicativo para uma grande série de fenômenos sociais. Muitos autores não concordariam com essa posição, e pretenderiam conferir o status de "variável independente" básica a outros fatores, tais como o nível tecnológico, organização econômica, poder social, valores culturais e assim por diante. Outros prefeririam deslocar a questão para a exigência da caracterização de totalidades histórica s em que, aí sim, inserirseiam as manifestações concretas do urbano e do rural. Outros, ainda, simplesmente pretenderiam estudar certos fenômenos sociológicos específicos tal como se dão no cenário urbano, admitindo que este possua um poder de determinação relativa, mas que não chega a esgotar o conteúdo dos fatos sociológicos examinados, os quais, em si, nada teriam de necessária e exclusivamente urbanos. Ao que parece, a idéia de uma Sociologia Urbana teria surgido não de uma preocupação acentuada de elaboração teórica, o que exigiria um extremo rigor lógico na definição da ciência, mas da necessidade de enfrentar certos problemas "práticos" urgentes ligados ao enorme crescimento das grandes cidades que acompanha a industrialização e o desenvolvimento capitalista, especialmente nos Estados Unidos, com a imigração em massa de contingentes europeus em fins do século XIX e início do XX. 4 Ver Sjoberg, Gideon, The Preindustrial City; Past and Present, The Free Press, Glencoe, Illinois, 1960, esp. "Introduction". 5 Ver Sjoberg, Gideon, op. cit. Por fim, queremos alertar o leitor para o fato de que os artigos estão apresentados em ordem cronológica, o que não deixa, como todo critério, de ser até certo ponto arbitrário. Outra solução possível, e que pode ser adotada pelo leitor em termos de leitura, seria começar pelos dois clássicos europeus (Simmel e Weber), passando depois pelos norte americanos (Park e Wirth) e terminando com Chombart de Lauwe, autor contemporâneo. O leitor menos familiarizado com as Ciências Sociais pode preferir, no entanto, seguir o caminho inverso. Seguese uma bibliografia selecionada de trabalhos existentes em português sobre o assunto. Chamamos a atenção para o fato de os livros de autores brasileiros não serem obra de sociólogos, mas de geógrafos 6 e de um arquiteto, que no entanto não só possuem bastante valor dentro do que se propõem como fornecem boas indicações e os pressupostos para o estudo sociológico do fenômeno urbano brasileiro, que ainda está por ser feito.

Livro A cidade para professores

Lynch, em seu estudo clássico sobre 'As imagens da Cidade', apontava a situação de alienação a que os habitantes das cidades estão sujeitos pelo facto de não conseguirem representar-se mentalmente na totalidade da cidade. Se a desalienação da cidade pressupõe uma reconquista do sentido da cidade vivida, em termos tais que a cidade concebida possa também fazer sentido como conteúdo memorialista e imagético, então temos aqui um vasto campo de actuação para as políticas culturais da cidade. José Machado Pais. Um dia sou turista na minha própria cidade. Prezada Professora, Prezado Professor, Apresentamos a você, à sua escola e aos seus alunos os primeiros passos construídos por nós, autoras deste trabalho, em torno do Projeto Cidade para Professores 1. Trata-se de um projeto aberto, voltado à problematização da Cidade em relação às suas dimensões de Tempo, Cultura, Sociabilidades

Livro História & Literatura - Andrade Bentivoglio

História & Literatura, 2023

Como usar textos literários como fontes históricas? Este livro introdutório propõe alguns linha de abordagem mais gerais para se pensar a relação entre História e Literatura, em especial, como pensar as obras literárias como um documento histórico.

RIBEIRÃO PRETO Leituras urbanas de uma história rural

O artigo analisa duas matrizes da historiografia memorialista da cidade de Ribeirão Preto propondo pela mediação desses textos a leitura de pré-condições urbanas em meio à consagrada narrativa da expansão cafeeira. Lastreado em Fernand Braudel, Henri Lefebvre, Bernard Lepetit e Maurice Halbwachs, evoca um olhar pelo avesso dos textos propagandistas de Martinho Prado Júnior e recoloca em outro nível de análise a disputa travada entre Plinio Travassos dos Santos e Osmani Emboaba da Costa pelo reconhecimento e autoridade sobre a historiografia local. A partir do estudo da situação ribeirão-pretana, ousa afirmar que a urbanidade, mais do que um desdobramento, é uma condição existencial das cidades novecentistas do interior paulista.

URBANIDADES. [Livro completo]

Editora Letra e Imagem / Folio Digital, 2012

A espacialidade é o gravitas em torno do qual o social orbita e a vida urbana pulsa, o lugar onde habitam e convergem – sua ancoragem. Mas o que dizer da urbanidade? Seria a urbanidade uma expressão desse jogo e dessas pulsações? Seria a própria essência do urbano? Ela se manifestaria entre atores ou existiria lá fora, impressa nas espacialidades em que vivemos? “Urbanidade” é uma propriedade que endereça o coração da vida urbana e suas condições. Parece tão elusiva e difícil de entender quanto a própria cidade (e como poderia ser diferente?). Por seu poder evocativo, parece convidar à construção de conceitos que correspondam às qualidades e aspectos que reconhecemos na cidade, ao mesmo tempo em que parece resistir tenazmente a esforços de definição. Um dos objetivos deste livro é levar a público os resultados de um confronto explícito entre pontos de vista e uma diversidade de abordagens – desde a fenomenológica e cibernética à ontológica, passando por leituras morfológicas, sociológicas e sistêmicas.Uma discussão da urbanidade, das formas de capturá-la teoricamente e metodologicamente – e da própria possibilidade de sua captura e entendimento.