A Arqueologia de uma Revolta ou a Resiliência do Moderno (original) (raw)
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Um Ensaio Histórico sobre a Cavalaria e a Honra dos Modernos (Tradução)
O texto a seguir, intitulado "Ensaio Histórico sobre a Cavalaria e a Honra dos Modernos", foi escrito durante a juventude de David Hume, certamente antes da publicação do Tratado da Natureza Humana. Ainda não há consenso inabalável sobre o ano em que esse ensaio foi produzido. John Hill Burton, que o publicou pela primeira vez, em 1846, considera que Hume o teria escrito em 1727, logo após deixar o Edimburgh College. J. Y. T. Greig propõe uma conjectura um pouco mais, por assim dizer, elástica, considerando que o texto deve ter sido escrito no período de 1729 a 1734. Ernest Campbell Mossner, responsável por resgatar o "Ensaio" ao publicá-lo na revista Modern Philology em 1947, propõe, por sua vez, que o texto dataria de 1725 ou 1726. Segundo Mossner,
A querela dos antigos e modernos: panorama historiográfico
O artigo propõe um breve panorama historiográfico da dita " querela dos antigos e modernos " desencadeada por letrados franceses e ingleses entre o fim do século XVII e meados do XVIII. Sugerimos que o conceito de " querela " deve ser cuidadosamente caracterizado, uma vez que a fortuna crítica conferiu-lhe significados que nem sempre correspondem à sua primeira legibilidade normativa, embora estes mesmos significados sejam, em alguma medida, responsáveis pela rendimento do conceito ao longo do tempo. Também nos interessa marcar o tom teleológico de algumas narrativas da " querela " , que enxergaram na disputa entre antigos e modernos o nascimento da " Modernidade ". Nesse sentido, defende-se, em conclusão, que o melhor tratamento do tema passe pelo exame das mediaçõe s históricas que monumentalizaram esses discursos.
A Historiografia Revolucionária
1970
Resumo:Na década de 1970 houve uma série de alterações na historiografia mundial no que diz respeito aos métodos, técnicas e objetos de pesquisa. Essas mudanças repercutiram no Peru e contribuíram para a formação de uma nova geração de historiadores, a chamada Nueva Historia peruana. De maneira particular, essa geração recorreu às novas práticas historiográficas a fim de compreender a realidade peruana e justificar a revolução socialista no país. Entre esses novos historiadores, destacou-se a figura do intelectual Alberto Flores Galindo. Tributário desse contexto de alterações científicas e políticas em seu país, esse pesquisador desenvolveu um novo modo de se fazer história, tomando o passado como fonte para se encontrar explicações capazes de superar as dificuldades contemporâneas e elaborar projetos políticos para o futuro. Neste artigo, procuraremos delimitar as principais características da Nueva Historia peruana e apresentar as concepções historiográficas de Alberto Flores Gal...
Histeria: O Que Mudou Na Pós-Modernidade?
2019
O presente artigo carrega em seu âmago o estudo sobre a histeria na contemporaneidade. Neste far-se-a breve relato acerca de seu surgimento, este que, a saber, deu-se no seculo XIX, a partir das ideias de Sigmund Freud – na epoca um jovem medico recem-formado – que causaram certas contendas ao considerar que a neurose traria em sua origem um teor sexual. Ainda segundo os estudos freudianos, este que contou com a colaboracao de inumeros estudiosos de sua epoca, os quais serao devidamente reconhecidos a partir do presente material, deu-se a definicao do termo histeria, subdividindo-a em quatro tipos distintos, a partir dos sintomas que lhes sao mais caracteristicos. Realizada a revisao de literatura inicialmente, a partir dos textos freudianos, viu-se, entao, a importância de se recorrer a materiais recentes que tem em seu teor o tema supracitado. Neste contexto, foi verificada a preocupacao de alguns escritores contemporâneos acerca dos estudos sobre a doenca, haja vista a exclusao d...
Revisionismo Histórico e o Pós-Moderno: Indícios de um Encontro Inusitado
Impulso, 2010
Resumo Este ensaio objetiva elaborar problematizações iniciais acerca do sentido social e histórico do revisionismo do Holocausto. Apresenta características do revisionismo histórico como uma tendência historiográfica. Destaca como o revisionismo histórico expressa tendências sociais que extrapolam o ambiente acadêmico europeu e se estende para eventos além do Holocausto nazista. Por fim, considera o fato de que os posicionamentos pós-modernos, se levados aos extremos de sua argumentação, não têm oferecido resistência à disseminação das teses revisionistas. Em outros termos, busca-se desvelar que, a despeito das posições políticas de autores considerados pós-modernos, há a cumplicidade a contragosto entre suas teses céticas e relativistas e a difusão do revisionismo do Holocausto. Representam, assim, o enfraquecimento da memória. Conclui-se que, diante de tal problema, impõe-se a tarefa de não apenas denunciar essa cumplicidade, mas também apontar uma alternativa crítica que ofereça resistência a ambas as perspectivas. Palavras-chave revisionismo, Holocausto, pós-moderno
ANCESTRALIDADE E MODERNIDADE: UMA HISTÓRIA DE DESAMPARO E INTOLERÂNCIA
V.4 N.2 - A História em diálogo: identidades, sujeitos e saberes, 2021
Inicialmente contextualizamos o termo ancestralidade como referência aos nossos ancestrais indígenas e africanos e a herança cultural que deles herdamos, enquanto o termo modernidade diz respeito ao tempo presente, ao modo como nos relacionamos em sociedade uns com os outros, como um reflexo das manifestações culturais transmitidas de geração em geração por nossos antepassados. Este artigo demonstra que a intolerância subsiste desde os tempos do Brasil colônia, através de uma abordagem histórica de como as práticas discriminatórias do estado português se enraizaram em nossa sociedade, beneficiando a cultura europeia e desqualificando os saberes indígenas e africanos. Apresentamos a ancestralidade indígena, suas lendas, mitos, e suas práticas de cura. Abordamos a miscigenação das raças –indígenas, africanos e europeus, bem como do sincretismo cultural desses povos, que deu origem às religiões brasileiras, tais como o Tambor de Mina, o Catimbó e a Umbanda, por exemplo. Por fim, mostramos a inércia do poder público em combater os atos violentos, intolerantes, discriminatórios, ilegais e preconceituosos contra indígenas, afrodescendentes e seguidores das religiões de matriz ameríndia e africana.
SOBRE TEMPOS E HISTÓRIA: O PARADOXO PÓS-MODERNO
Marcio Tavares d´Amaral, 2010
Este artigo tem destinatário, é parte de uma festa. Escreve-se especialmente para alguém, como quando se vai buscar um presente e se encontra o melhor que se pode dar.
Manifestações Da Histeria Na Contemporaneidade
Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica, 2019
RESUMO: Este artigo aborda as manifestações da histeria na contemporaneidade, retomando os conceitos de corpo e sintoma como construções subjetivas do sujeito psíquico, nos constructos de Freud e Lacan. Do corpo, nas neuroses clássicas, ao corpo nas neuroses hoje, surge a questão da diferença na apresentação dos sintomas neuróticos. Propomos o conceito de histeria rígida de Lacan para compreender os sintomas histéricos apresentados hoje, como formações do agenciamento de gozo do corpo pelo registro real, afastando-se das histerias clássicas freudianas de ordenamento simbólico. Esta modalidade histérica requer um tratamento clínico orientado pelo real, exigindo outras posições de escuta.