ESTADO DAS COISAS. Agir no corpo, agir na arte da performance (original) (raw)

O corpo na performance musical

Resumo: Este texto apresenta o recorte de uma pesquisa de mestrado que visou compreender os principais elementos caracterizadores da performance musical de dois grupos de Catopês da cidade de Bocaiuva-MG, realizada entre os anos de 2009 e 2011. De forma mais específica, pretende-se discutir aqui sobre o corpo enquanto elemento que congrega e materializa as características performáticas dos grupos, revelando seus aspectos técnicos, simbólicos e estéticos. Para isso, foi feita uma análise da expressividade coletiva da dança, articulando as informações com outros elementos obtidos durante a pesquisa etnográfica e com a literatura mais próxima da realidade trabalhada. A partir das reflexões realizadas, pôde-se concluir que as distintas formas de se expressar através da dança revelam como cada grupo constrói as representações de seu corpo na prática performática. Assim, o corpo e sua produção de sentido revelam e nos faz compreender algumas micro-estruturas que constituem a performance musical dos grupos.

CORPO-CIDADE: Espaço-tempo da performance

Este texto tem como material básico de pesquisa um conjunto de ações artísticas, ou ações performativas, denominadas de Territórios Errantes 1 . Essas ações tiveram início na Praça da Gentilândia, mais conhecida como Praça da Feira, localizada no bairro de Benfica na cidade de Fortaleza. Territórios Errantes é um projeto que venho desenvolvendo enquanto membro da Cia Pã de Teatro e Pesquisa. No entanto, importante ressaltar que, a abordagem privilegiada por esse escrito dará ênfase ao conceito de espaço dinâmico, relacional, como possibilidade de produção de um espaço artístico numa ambiência pública partilhada. Este texto também é fruto das discussões, leituras e reflexões realizadas durante o módulo Teatro e Cidade, ministrado pelo professor André Carreira na Escola Pública de Teatro da Vila das Artes.

Corpo Danca e Performance uma breve reflexao

Gostaria de iniciar esta reflexão apresentando o título do mais recente trabalho da performer, bailarina e coreógrafa carioca Micheline Torres: Eu Prometo, Isto é Político 2 . Junto com o seu trabalho anterior, Carne, o trabalho integra o projeto Meu Corpo é Minha Política, que segundo as palavras da artista trata disto: corpo e política, ou, da arqueologia de estar com pessoas e lugares.

Uma performance do corpo — cair para dentro do instinto humano

REVISTA Scripta Uniandrade, 2019

como suporte teórico escolhido para nos acompanhar nesta performance do corpo, encenada (in)voluntariamente a cair para dentro de si, na certa um abismo, mas enquanto salvação do instinto (diferido) humano. Tentaremos acertar um "pensamento errante sobre a possibilidade do itinerário e do método" (DERRIDA, 1973, p. 198), em dois fragmentos de Cair para dentro, de Valério Romão, os quais, quanto a um tema focado em "afetividades dissidentes", parecem sublinhar a construção duma individualidade excludente da tópica social que enfatiza o relacionamento dual como inabalável sistema de equilíbrio. Nessa medida, constituem-se os estudos literários como matéria interessante a aplicar-se a um fito investigativo preparado para estudar o ser e seu dobramento para vários lados.

Performance, corpo e ação na composição musical

2012

Este trabalho estuda a relação entre a performance e a composição, assim como a performance musical como um processo de transformação no qual o corpo tem lugar central. Isto se dará a partir de uma abordagem transdisciplinar, recorrendo à teoria e a reflexão no campo das artes cênicas, especialmente na etnocenologia e estudos da performance, não se furtando ao diálogo com áreas correlatas como as ciências cognitivas, a neurociência, a musicologia, filosofia e a antropologia, como fontes de consulta, confronto e inspiração. A música tem papel central na tese e sua aparição se dará através do exemplo, de composição e performance, da Suíte para os Orixás, peça originalmente concebida, em parceria com o músico Esdra Expedito Ferreira, o "Neném", para grupo e orquestra de cordas, que será estudada do ponto de vista da sua composição e performance, sublinhando os processos de transformação daí decorrentes.

O ARTISTA ITINERANTE E A PERFORMANCE ART: O CORPO NOS LIMITES DE ESPAÇO E LUGAR

LUZ, A. R., 2012

Este trabalho discute a relação entre os conceitos de corpo, espaço, artista itinerante e site specificity, a partir de um recorte histórico da performance art no Século XX. Observam-se eventos performativos e artistas que trouxeram no corpo elementos centrais às suas discussões em suas obras ou processos criativos, para a partir disso fazer um levantamento de conceitos e referenciais de corpo que permearam o Século XX, buscando entender o que permanece vigente na sociedade atual como ideia de corpo. Espaço e lugar serão analisados como sendo relacionais e operando numa plataforma de negociação constante, comparada também ao dinamismo proposto pelas criações do chamado Artista Itinerante, agente que assume o deslocamento constante e a arte siteoriented como bases às suas discussões. Finalmente as ideias emergentes da Site Specificity serão cruzadas com esse recorte da performance art para buscar o entendimento de como esses conceitos podem influenciar não apenas o meio expressivo em questão, mas também a própria concepção de arte contemporânea implícita nesses veículos e suas relações.