Redes | Revista ClimaCom (2014) (original) (raw)
Related papers
Adaptação | Revista ClimaCom (2015)
Este dossiê busca multiplicar as possibilidades que imagens, palavras e sons podem apresentar ao explorar o tema escolhido para este segundo dossiê da revista ClimaCom: “Adaptação”. Um convite a pensar a adaptação não como reação ou passividade diante das mudanças climáticas, mas como invenção de novos modos de agir, pensar, viver. Adaptar ganha força neste dossiê como invenção de variações vitais nas perguntas que nos fazemos, nas narrativas que tecemos. Variações que perturbam as lógicas de funcionamento gerais e totalizantes e abrem brechas para efetuação de outras expressões do político.
Territórios | Revista ClimaCom (2016)
Os artigos, ensaios, resenha e produções audiovisuais de pesquisadores e artistas brasileiros e estrangeiros, que compõem este sexto dossiê da ClimaCom, vêm para contribuir com a politização desse conceito quando o assunto são as mudanças climáticas. São textos, filmes, ensaios fotográficos, séries de experimentações sonoras que aceitaram o convite de deslocamento da pergunta que domina as agendas nacionais e internacionais – “quais os impactos que as mudanças climáticas provocarão sobre os territórios X, Y e Z?” – para outras questões de natureza avaliativa e especulativa: e se os territórios não se reduzissem apenas a uma base ou fundo fixo e inerte sobre o qual os seres-coisas do mundo agem e os eventos ocorrem, um meio previamente dado ao qual temos que nos adaptar? E se o problema do território não fosse só o de demarcação e distribuição de fronteiras, formas, propriedades e estados de coisas, mas também de experimentação de povoamentos múltiplos, de cooperativismo e composições aberrantes entre seres-coisas-elementos do mundo?
Desaparecimento | Revista ClimaCom (2015)
2015
Catástrofe, crise, desaparecimento, extinção, ameaça, medos, riscos, descrença, colapso, desastres. Com a intensificação da ocorrência de eventos extremos e alterações climáticas, vivemos a disseminação de enunciados niilistas marcados pelo fim e pela vontade de nada, trazendo novo fôlego para o velho catastrofismo. Proliferam distopias em torno de uma ausência de futuro à qual estaríamos condenados. A sensação de que “não há saída”, por vezes, coloca-nos diante da impotência do pensamento para avaliar situações que se tornaram impensáveis em relação ao modo com o qual estamos habituados a lidar com o tempo, o humano, a natureza, o corpo, o espaço, a cultura, a tecnologia, a política… A contemporaneidade lança-nos o desafio do enfrentamento da extinção de espécies animais e vegetais, da erosão do solo, da elevação do nível da água, das modificações extremas de ambientes e paisagens, do colapso dos recursos hídricos, mas também e, conjuntamente, do desaparecimento, erosão e colapso das existências singulares, humanas e não humanas, aí implicadas, problematizando os modos de pensar a preservação e a conservação, a gestão pública, e as reinvindicações por visibilidade e justiça que nos chegam de todas as partes. Diante de tantos desaparecimentos afirma-se a urgência ética, estética e política da criação de outros pensamentos, narrativas, conceitos, imagens, práticas, ações, fabulações, ficções-científicas, especulações… Como podemos fazer aparecer outros modos de existência nas situações de contingência? A partir de quais lógicas de funcionamento a comunicação, as ciências, as tecnologias, a filosofia e as artes têm feito aparecer os desaparecimentos em seus bancos de dados, coleções, museus, patrimônios, catálogos, acervos, inventários, pesquisas e escritas? Diante da obsessão contemporânea com a criação de arquivos e seus movimentos de coleta, identificação, codificação e documentação, como fazer durar o acontecimento? Como tornar possível a extração de forças de vida dos arquivos? Para dar corpo e consistência a outros modos de dizer, escrever, ver e escutar o “Desaparecimento”, tema desta terceira edição da revista ClimaCom Cultura Científica – Pesquisa, Jornalismo e Arte, apresentamos duas entrevistas, com a filósofa belga Isabelle Stengers e o filósofo e sociólogo francês Bruno Latour, e uma série instigante de produções artísticas e de artigos de pesquisadores brasileiros e também da Austrália, Catalunha e Colômbia que põem em jogo as multidimensões do desaparecimento implicadas nas mudanças climáticas. Não se trata apenas do que desaparece nesse complexo e mutante cenário, mas de como o pensamento e a sensibilidade tomam para si o desaparecimento para fazer dele a ocasião de incontáveis e surpreendentes aparições.
Vulnerabilidade | Revista ClimaCom (2015)
Abrir-nos às composições impensadas que a vulnerabilidade pode colocar para a escrita e o pensamento com as mudanças climáticas. Habitar a vulnerabilidade com outros sentidos, tornando-a condição vital para o enfrentamento de todas as forças que nos querem impotentes e tolos. Alterar as coordenadas que definem um campo de associações já dadas entre vulnerabilidade, graus de conhecimento, incapacidades e falta de consciência, que terminam por recair na culpabilização, estigmatização e na própria produção de uma certa vulnerabilidade das ditas “populações vulneráveis”, que tanto se desejava combater. Fazê-la emergir então como resistência, intuição, não saber, encontro de heterogêneos, formação de coletivos aberrantes, abertura ao novo, possibilidade de vida, ocasião efetiva de se deixar afetar pela matéria frágil dos seres-corpos-coisas do mundo e de produzir a permeabilidade necessária para a invenção e a vida, pois não se pensa e não se cria sem se deixar vulnerável como a terra.
Cosmopolíticas da Imagem | Revista ClimaCom (2017)
“Para a revista ClimaCom e o grupo multiTÃO este dossiê implicou um esforço maior, pois nosso campo problemático desde sempre tem estado atravessado pelas potências expressivas da imagem, pelos planos de composição que estas abrem. Uma abertura onde é difícil dizer quando começa uma escrita por e com imagens e quando processos imagéticos se escrevem e inscrevem entre meios diversos. Ao mesmo tempo a imagem na sua equivocidade e polissemia se dá a perceber não só como materialidade visual e sonora, mas também como conceito, como potência abstrata de pensamento. É nesse sentido que, mais do que nunca, as seções de pesquisa e arte da revista estão tão próximas. Toda uma política da escrita também é convocada na hora de estarmos à altura de uma Cosmopolítica da Imagem. Filósofos, antropólogos, cineastas, compositores, arquitectos, todos inventando escritas entre imagens. Imagens que violentam nossos sentidos e faculdades. Imagens-canais, imagens-fluxos, imagens-portais que se fazem atratores do cosmos. Toda uma ecologia, uma imagem do pensamento que se diz muitas, que se abandona a si mesma, que se faz resto, que de tanto ser fendida se diz nascença, rebrilho de vida desmedida. A imagem, e portanto uma prática das e com as imagens, é sempre um chamado à fuga. Uma cosmopolítica é um ato fugitivo. Talvez o que há de mais miserável em nossa humanidade é nossa vontade de propriedade e, com esta, de poder. Achamos que somos donos e senhores. Achamos que somos donos do mundo e que com a imagem o podemos conter, o podemos medir. Propriedade como o outro nome da representação. E é por isso que resistimos a esta versão empobrecida do que pode a imagem, versão da comunicação e do capital e insistimos em sua potência de sempre ser de menos. Sempre algo escapa, sempre algo foge, sempre o mundo nos escapa”.
Redes - Rev. Ambiente e Sociedade
No cenário científico observa-se um crescente incentivo ao desenvolvimento científico e tecnológico, com foco em pesquisas conjuntas que sejam essenciais ao apoio à formulação e implantação de políticas públicas. Isto ocorre especialmente na área ambiental porque os efeitos das atividades humanas no ambiente muitas vezes ultrapassam fronteiras nacionais, e são de tal ordem de complexidade que exigem um olhar de diversas especialidades. Além disso, entende-se que as pesquisas devem propiciar um retorno à sociedade e auxiliar a formulação e implantação de políticas públicas. Este cenário é composto por um conjunto de atores que o integram, tais como universidade, organismos de fomento, institutos, redes e grupos de pesquisa,
Ecologias Radicais | Revista ClimaCom (2018)
ClimaCom, 2018
"A VII edição do Seminário Conexões Deleuze, da qual este dossiê é um desdobramento, esteve marcada por uma propensão ao risco, à experimentação e à aventura. Uma procura por tempos extra-ordinários que nos violentassem e nos abrissem a radicalidades onde pudéssemos mergulhar no processo infindável que é o mundo como pura relacionalidade diferencial. Isto é, um apelo à composição de Novas Terras e impensadas Cosmopolíticas. Um chamado primordial e impessoal pela vida, por fazer dela não uma codificação representacional entre sujeitos e objetos que afirmem uma bifurcação da natureza como diria Whitehead, mas sim o fluxo que passa e vaza pelos mais diversos meios na imanência de uma experiência pura, onde nossa precária posição - humana - nunca está fora e, pelo contrário, vacilante, varia, se esgota, se desmorona, se transforma, se faz matéria aberta de, e para o mundo, se faz material de mundos porvir. Este foi o intuito que tivemos ao propor as Imediações Aberrantes, todo um delírio movente de razões trashumantes, um experimento em estar junto, em abrir os corpos para o cosmos, em nos tornarmos guardiões do acontecimento, em fazer do qualquer-um, um operador anônimo que intensifica e abre feixes de vida. O mundo como uma cosmogênese constante, como uma ecologia radical onde o humano não é mais do que um catalisador de fluxos energéticos impessoais. Ecologias que se fazem radicais pois saturam todos os poros, pois fazem dos corpos puros estados de possessão, puros canais para escritas de mundo."
AUTOR: CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE -CONAMA
AUTOR: CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE -CONAMA TÍTULO: RESOLUÇÃO CONAMA N.º 357/2005 EMENTA: Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. PALAVRAS-CHAVE: FEDERAL. COMENTÁRIOS: Alterada pela RESOLUÇÕES CONAMA N.º 370/2006 e N.º 397/2008.
2021
The possibilities for construction or improvement of the urban sustainability level, in social and environmental dimension, are the base of the present work. The process of urban sustainability is analyzed and discussed based on the environmental technical nets formed by urban green spots that offer environmenal services. To analyze the potential of creation and development of these nets in our local area, was used the information produced on the thematc project FAPESP/IAC/UNICAMP/PMC on the Anhumas river basin in Campinas (2002-2006). The environmental technical nets concept, the apprehension of its meaning and its incorporation on planning pratics carry the potencial to change the actual spacial intervention logic, focused only at the space materiality and ecological efficiency of the natural resources usage, to form one logical induction of social and enviromental transformations expected for the human being in his place of life.