A história da cultura e a temporalidade das formas culturais: Johan Huizinga e Aby Warburg (original) (raw)

A história da cultura e a temporalidade das formas culturais. Johan Huizinga e Aby Warburg - Naiara Damas

Figura: Studies on the Classical Tradition, 2017

In this article, I propose to evaluate possible points of contact and divergence between the work of cultural historian Johan Huizinga (1872-1945) and the art historian Aby Warburg (1866-1929). Starting with the Huizinga's review on TheComplete Works of Aby Warburg in 1933, I intend to analyze the particular way these historians undertook the task of following the footsteps of cultural historian Jacob Burckhardt, as well as the challenges underlying this project. Although they admired the work of the Swiss historian, both of them claimed that Cultural History needed to “going beyond” Burckhardt. The way in which Warburg and Huizinga followed this path suggests, however, a different understanding of what it meant to inherit the Burckhardtian tradition, especially concerning the crucial problem of the relationship between art and culture, form and function, and time and history. Finally, I will draw a comparison between the work of Warburg and Huizinga focusing on their morphological approach to the study of cultural forms, as well as the limits and possibilities of historical synthesis in their researches in the field of Cultural and Art History.

O elemento estético das representações históricas. Johan Huizinga e as imagens na história da cultura - Renato Ferreira Lopes

Figura: Studies on the Classical Tradition, 2017

Johan Huizinga (1872-1945) was an enthusiast of the presence of images in Cultural History. In The aesthetic element of historical representations, a lecture presented at the University of Groningen, in 1905, the Dutch author emphasizes the importance of the visual aspect of the past to the understanding of historical events. In an opposite direction to the influences of Natural Sciences in the historiography of those years, he believed that the artistic creations of a time can not only be regarded as sources for the historian but also have the potential to access “realities”that official documents would not achieve. This understanding provided the basis for a good part of his work as a cultural historian –in particular, for his best-known book The Autumn of the Middle Ages, of 1919, that found it’s starting point out of the art of the van Eyck brothers. In this article, we intend to discuss the ideas of Huizinga’s lecture on the relations between Art and History, showing the affinity of his thought with historical-artistic studies developed between the end of the nineteenth century and the beginning of the twentieth century,unrelated to the formalist tendencies.

Origem, forma e conteúdo da expressão artística: Aby Warburg com Franz Boas?

Revista Arquivos CMD, 2018

Na fronteira da história da arte com a antropologia cultural, a proposta desse ensaio almeja promover o encontro das ideias de Aby Warburg com as de Franz Boas. O mote para a costura teórica desse autores é exatamente o problema da origem da expressão artística, ressaltando, para tanto, questões relativas à forma e conteúdo. Observamos que, por um lado, a origem da expressão artística encontra explicação pela ancestralidade dos hábitos motrizes, na fabricação técnica dos objetos da vida cotidiana, cuja necessidade psicológica se acha no prazer do virtuose em dominar formas complexas. Por outro lado, a origem da expressão artística funda-se na ordenação cosmológica do mundo, no efeito de vinculação simbólica, cuja necessidade psicológica se exerce pela empatia mimética que visa apreender o imponderável da existência.

Aby Warburg e a biblioteca sobre a ciência da cultura (v.12, n.22, 2011)

Resumo: Este texto busca refletir e estabelecer algumas considerações sobre conceitos da iconografia e da hermenêutica, associando-os ao método warburgiano de pesquisa nestas áreas, ao mesmo tempo que discute a relação entre estes procedimentos com deter-minados processos comunicacionais. Ao final, descreve-se a Die Kulturwinssenschaftliche Bibliothek Warburg ou a Biblioteca Warburg sobre Ciência da Cultura, o Instituto Warburg, localizado na cidade de Londres, e o modo de organização do conteúdo do seu acervo, além de um breve relato de viagem ao instituto, realizado em novembro de 2007 com a finalidade de descrevê-lo, cujo local é objeto de visitação restrita, porém fascinante. Abstract: This text seeks to reflect and make some considerations about the concepts of iconography, hermeneutics and the associated Warburg research method in these areas, while discussing the relationship between these procedures with certain communication processes. Finally, describes theDieKulturwissenschaftlicheBibliothek Warburg or the Warburg Library on Science of Culture, the Warburg Institute, located in London, and the organization way of the contents of its collection, and also a brief account of a journey to the Institute, held in November 2007 in order to describe it, whose place is the subject of visitation narrow but fascinating. Link: http://seer.uscs.edu.br/index.php/revista\_comunicacao\_inovacao/article/view/1284

Johan Huizinga: Humanismo e Teoria da História nas sombras do amanhã

This article deals with the short but important German text “Gibt es Verwandlung?” on metamorphose in history by the Dutch historian Johan Huizinga, that is translated here for the first time. It dates from 1936, a year in which Huizinga contributed with many interventions to the fourth centenary celebrations of Desiderius Erasmus’ decease. In order to contextualize Huizinga’s “Gibt es Verwandlung?”, we discuss all the other articles Huizinga wrote in 1936, with the aim to show how Huizinga, by revaluating the humanist tradition, turned from cultural historian into cultural critic. Without pretending a thorough analysis of Huizinga’s article, we stress how his “anti-presentism” remains relevant to the current historiographical debates.

Aby Warburg, da iconologia à sobrevivência das formas

Revista Expedições: Teoria da História e Historiografia, 2014

DIDI­-HUBERMAN, Georges. A imagem sobrevivente: história da arte e tempo dos fantasmas segundo Aby Warburg. Trad. Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Editora Contraponto, 2013 [2002]. 504p.

TONIN, T. Imagem e herança cultural em Aby Warburg: potencialidades de um debate. ANPUH, 2016.

TONIN, T. Imagem e herança cultural em Aby Warburg: potencialidades de um debate. Anais do XVI Encontro Estadual de História da ANPUH-SC. História e movimentos sociais. Chapecó: 2016., 2016

Aby Warburg e a herança intelectual de sua biblioteca "Ebreo di sangue, Amburghese di cuore, d'anima Fiorentino" 2 [Hebreu de sangue, Hamburguês de coração, e de alma florentina]; "Bisogna sempre di nuovo liberare Atene dai ceppi di Alessandria" 3 [É sempre necessário reconquistar Atenas a partir de Alexandria]; [Os pensamentos não conhecem fronteiras] 4 : eis as palavras e lemas autobiográficos de Aby Warburg, conservadas por colegas e presentes tão fortemente em sua trajetória. Abraham Moritz Warburg fez seus estudos na Alemanha, Itália, Estados Unidos, Inglaterra e França 5. Tão diverso é seu caminho de estudos quanto seu horizonte referencial: do antropólogo Edward Taylor, ao naturalista Charles Darwin, o filósofo Friedrich Nietzsche, o seu médico no período de internação na Suiça, Ludwig Binswanger (correspondente de Sigmund Freud), os historiadores Jacob Burckhardt, Kart Lamprecht, Hermann Usener, até seus colegas no Instituto, como o filósofo Ernst Cassirer e os historiadores da arte Fritz Salx e Gertrud Bingdentre outros. Essa amplitude (de lugares, de áreas do conhecimento, de temáticas de estudo, e até mesmo de "tempos"pois sua alma florentina se quer atemporal) é a raiz da proposição de Warburg, teórico de uma erudição singular.