Présentation dossier : De 1867 a 2017: o Canadá e as suas múltiplas reinvenções (original) (raw)
Editoras convidadas do dossiê sobre os 150 anos da Confederação Canadense² Não há nenhuma narrativa principal da história canadense: Há inúmeras histórias reunidas em uma identidade rigorosamente e firmemente escrita. Charlotte Gray, The Promise of Canada³ Em 2017, a Confederação Canadense comemora o seu 150º aniversário de fundação após a celebração do Ato da América do Norte Britânica, em 1º de julho de 1867. Desde então, as colônias do Canadá Unido (dividida, na sequência, nas provinciais de Ontário e Quebec), do Novo Brunswick e da Nova Escócia, reunidas no Domínio de Canadá, adquiriram a sua independência política e integraram outros territórios até formarem o grande país que conhecemos hoje. Desde o início, a coexistência de culturas e línguas diferentes foi um dos principais traços do Canadá e da identidade canadense. Ao longo dos 150 últimos anos, as Primeiras Nações e os povos descendentes dos primeiros colonos franceses e ingleses, assim como os canadenses de outras origens etnoculturais, contribuíram todos para redefinir a identidade nacional alimentada pelas recentes noções de multiculturalismo e bilinguismo. No século XX, esta essencial diversidade constitui a base da canadianidade também na esfera legislativa, através, notadamente, da promulgação da Lei sobre as Línguas Oficiais (1969) e da Lei sobre o Multiculturalismo (1988) e da criação do território de Nunavut, em 1999. Em 2017, 150 anos após a Confederação, o pluralismo permanece no âmago da identidade canadense, mesmo se -e justamente por -ao longo das últimas décadas, a política e as representações culturais do multiculturalismo canadense terem sido objeto de questionamentos e debates, em resonância com os desafios trazidos pelo novo milênio e pelas crises da imigração. O 150º aniversário da Confederação Canadense é um momento propício à reflexão sobre as narrativas identitárias, as decisões políticas e as transformações que contribuíram para forjar o Canadá moderno. Reexaminar a diversidade canadense coloca à prova as narrativas tradicionais e nos convida a elaborar discursos críticos e inovadores. Como se manifestam a criatividade, a reflexão crítica, as práticas artísticas quando se trata de