EDUCAÇÃO AMBIENTAL: CONTRIBUIÇÕES E CONCEPÇÕES EPISTEMOLÓGICAS (original) (raw)

TECITURAS AMBIENTAIS: INSPIRAÇÕES EPISTEMOLÓGICAS E AXIOLÓGICAS PARA EDUCAÇÕES INSURGENTES

ENSAIO • Pesquisa em Educação em Ciências, 2022

Expõe-se, neste artigo, parte da rede teórica criada para analisar e discutir o material empírico construído em uma pesquisa qualitativa realizada em escolas públicas da periferia urbana de uma grande cidade da América Latina (SÁNCHEZ, 2020). Essa rede foi tecida a partir das contribuições e olhares, principalmente, de: Enrique Leff, Félix Guattari e Marcos Reigota. É proposto e detalhado um conjunto de características epistemológicas e princípios axiológicos que denominamos Tecituras Ambientais e que estaria subjacente a educações ambientais pensadas a partir da contemporaneidade de América Latina. São analisados o conteúdo e a carga política e histórica presentes no conceito Ambiente, apresentando as implicações éticas e estéticas de assumi-lo nessa representação ampliada, aprofundando, por sua vez, nos seus aspectos interculturais e interdisciplinares. Por fim, comentam-se os devires e alguns desafios no campo dos cotidianos escolares e das políticas educacionais implícitos nessa perspectiva ambiental.

UMA ABORDAGEM EPISTEMOLÓGICA SOBRE A LIXEIRA E OS SENTIDOS PARA UMA COMPLEXA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

2017

Este artigo apresenta uma análise crítica a partir das ideias de Thomas Samuel Kuhn acerca das Estruturas das Revoluções Científicas (1978), obra que se caracteriza por analisar os aspectos históricos e sociológicos da ciência enquanto uma atividade humana, que se expressa também na razão coletiva de uma sociedade ou das necessidades emergentes do mundo. Foi elaborado em 2016, um plano de gerenciamento de resíduos sólidos na Secretaria de Estado da Educação do Paraná, e neste sentido, se pensou a prática de destinação de resíduos sólidos como uma prática aliada a um plano de gestão participativa dos usuários produtores de resíduos, bem como uma prática que leva em consideração o uso, desuso e reuso de resíduos sob o ponto de vista cognitivo, dito biológico (ergonômico) da dimensão humana.

CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA MÍDIA E EM PRÁTICAS ESCOLARES: CONTRIBUIÇÕES DE UMA TIPOLOGIA

Revista Pesquisa em Educação Ambiental, 2011

Resumo: Partindo da constatação de que existe uma pluralidade de ações em educação ambiental, o objetivo central deste trabalho é apresentar e aplicar uma tipologia que possibilite a identificação das concepções de educação ambiental presentes em materiais e práticas escolares. Para a tipologia foram eleitas três categorias de concepção de educação ambiental: conservadora, pragmática e crítica. Para cada concepção foram agrupadas cinco dimensões de análise: relação ser humano-meio ambiente, ciência e tecnologia, valores éticos, política e atividades sugeridas. A tipologia foi utilizada em três pesquisas: análise de filmes didáticos, imagens de capas de revistas e práticas escolares. Ressalta-se que esta investigação foi realizada em uma visão propositiva, uma vez que se procurou estabelecer algumas diretrizes e sugestões para a análise da pluralidade das práticas de educação ambiental e trazer possibilidades de escolha consciente, com critérios mais claros, para os professores e profissionais da área.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: BREVES CONSIDERAÇÕES EPISTEMOLÓGICAS ENVIRONMENTAL EDUCATION: BRIEF EPISTEMOLOGICAL CONSIDERATIONS EDUCACIÓN AMBIENTAL: BREVE CONSIDERACIONES EPISTEMOLÓGICAS

RESUMO O objetivo deste ensaio é desenvolver uma reflexão, em termos epistemológicos, sobre alguns balizamentos conceituais que hoje permeiam o campo da educação ambiental. Embora presente como disciplina ou tema transversal em diversos programas educacionais, as práticas de educação ambiental, muitas vezes, se resumem apenas à transmissão de conhecimentos relacionados às ciências da natureza, com o objetivo de sensibilização para as necessárias mudanças individuais face aos problemas ambientais. A educação ambiental se desenvolve a partir de diferentes perspectivas teóricas, orientações e, até mesmo, interesses que precisam ser explicitados a fim de manter o foco nas soluções demandadas pela problemática ambiental. É possível identificar diferentes abordagens em muitos casos conflitantes quando se estuda, por exemplo, a relação ser humano-natureza. Daí decorre a necessidade de uma epistemologia que, enquanto filosofia crítica e vigilante, faça o acompanhamento permanente e rigoroso do processo de construção da(s) racionalidade(s) ambiental(ais), que serviriam de insumo para possíveis desdobramentos no campo da educação ambiental. ABSTRACT The purpose this paper is to develop a reflection in epistemological terms about some conceptions that now permeate the field of environmental education. Although present as a discipline or cross-cutting theme in various educational programs, practices environmental education often boil down to the transmission of knowledge related to the natural sciences, in order to raise awareness of the necessary individual changes to the environmental problems. The Environmental education develops from different theoretical perspectives, directions and interests that need understanding in order to keep the focus on solutions demanded by environmental problems. Different and conflicting approaches can be identified in many cases, when studying, for example, the relationship between human beings and nature. Hence the need for an epistemology that while philosophy critical and vigilant, is able to monitoring of the process of building a environmental rationality, which serve as input for possible developments in the field of environmental education .

UMA PERSPECTIVA PSICANALÍTICA PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Ambiente e Educação - Revista de Educação Ambiental, 2018

O debate sobre a crise ambiental tem ultrapassado as relações usuais com as ciências naturais e passaram a incluir novos saberes de diferentes disciplinas. É sabido que a psicanálise de Sigmund Freud operou uma ruptura com o saber existente produzindo seu próprio lugar. Como olhar a Educação Ambiental, então, a partir da psicanálise, que supõe um sujeito dividido, dominado pelas pulsões e sua implicação (ou não) na preservação da vida no planeta?

CAMINHOS PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL

TORRES, E. C. CAMINHOS PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL. Pará de Minas, MG: Editora VirtualBooks, 2013, 2013

APRESENTAÇÃO Vários foram os caminhos que levaram a escolha do tema Educação Ambiental...Estes caminhos foram trilhados ao longo dos anos e construídos continuamente, com bastante solidez. Um tema como este é o que arrisco chamar de “passional-científico”, isto porque aqueles que se dedicam a tais pesquisas, em primeiro lugar, foram tocadas, sensibilizadas, com a problemática para, deste modo, iniciarem seus trabalhos. Assim, a estrada foi sendo aberta... a primeira árvore plantada; as passeatas ecológicas do primário; o muro da escola pintado com animais em extinção, no colegial; os ideais ecologistas que foram lapidados e tornando-se ambientalistas, na época da graduação; o aporte técnico e científico do bacharelado e do mestrado para dizer “Sim, é possível. Eu provo.”; o desafio de provar, na prática, nas escolas, tudo aquilo que se acredita... É neste contexto o presente livro foi elaborado e agora, em 2013, foi atualizado. O material apresentado neste livro é uma releitura do “Um caminho para fazer Educação Ambiental” com novas sugestões. Trata-se do desafio de apresentar uma proposta de Educação Ambiental para professores de educação infantil da rede municipal de ensino de Presidente Prudente-SP, pautada na observação e análise da realidade local e utilização de material didático como suporte para as atividades desenvolvidas. Esta atividade pode ser adaptada para outras realidades, dando um caráter individualizado às atividades propostas. Espera-se ter contribuído, mesmo que modestamente, para a prática pedagógica destes docentes e, acima de tudo, ter exaltado a necessidade dos tempos atuais, de termos inúmeras práticas em Educação Ambiental. Por: Eloiza cristine Torres ------------------------------------- Sumário Apresentação 1-O ambientalismo 1.1 O Ambientalismo no Brasil 2-O Ambientalismo e a Educação Ambiental 3-Entendendo a educação infantil 3.1.Breve histórico da educação infantil no Brasil 3.2. O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil 3.3.As principais correntes na pré-escola 3.4. A Proposta Pedagógica para Educação Infantil das escolas municipais de Presidente Prudente 3.5 A Proposta Pedagógica de Presidente Prudente no que se refere ao ensino de Geografia e Ciências 4-Materiais didáticos como subsídios para a prática da Educação Ambiental 4.1. A sucata como material básico na produção de materiais didáticos 4.2. Os jogos e brincadeiras 4.3. Os livrinhos como transmissão de informação 4.4. O teatro como forma de desenvolvimento do cidadão. 5-Considerações finais BIBLIOGRAFIA 00

PROJETO EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO CONTEXTO ESCOLAR

RESUMO A Educação Ambiental é aceita, cada vez mais, como sinônimo de educação para o desenvolvimento sustentável e, por esse motivo, é imprescindível a inserção de um projeto em que cada aluno desenvolva as suas potencialidades e adote posturas pessoais, comportamentos sociais construtivos, colaborando para a construção de uma sociedade socialmente justa, em um ambiente saudável. O presente trabalho teve como objetivo discutir conceitos básicos sobre lixo, reciclagem e meio ambiente, visando a dar aos alunos uma compreensão fundamental dos problemas existentes no meio ambiente. A metodologia aplicada foi quantitativa, com a aplicação de questionários em turmas de 6ª, 7ª e 8ª série, em escola municipal de ensino fundamental, em Bagé/RS. Os resultados mostram que os alunos possuem pouca noção sobre o impacto que o lixo causa no meio, quando este é jogado na natureza. Foram considerados bons resultados obtidos quanto ao tipo de lixo que pode ser reciclado e a prática incorreta de queimar o lixo. Podemos concluir que houve uma conscientização dos alunos sobre o meio ambiente, que devemos deste já preservar para as gerações futuras. Sabemos que as mudanças de valores ocorrem lentamente e a obtenção de um resultado positivo depende do envolvimento de todos em um exercício de cidadania. Palavras-Chave: Educação Ambiental; reciclagem; conscientização.

UMA LEITURA ONTOMETODOLÓGICA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL CRÍTICA DIANTE DOS DESAFIOS SOCIETÁRIOS CONTEMPORÂNEOS

Resumo: O objetivo deste texto, ao considerarmos o cenário de crise ambiental e civilizatória, é situar a relevância na discussão ambiental da unidade dialética entre sociedade-natureza à luz do referencial materialista histórico-dialético centrado na ontologia do ser social. Compreendemos ser necessário contextualizarmos as transformações que o cenário contemporâneo suscita à educação ambiental crítica. Tal panorama aponta para o crucial debate sobre a sustentabilidade e sobre qual sustentabilidade, fruto de um projeto colonizador europeu fundado na proposta de mercantilização da natureza e, por sua vez, do ser humano. Após fazer estas considerações teóricas e contextuais iniciais, explicitaremos os pressupostos da Educação Ambiental Crítica à luz da ontologia marxiana ambiental, o qual tem em seu horizonte, a finalidade de emancipar o homem visando superar a dissociação sociedade-natureza inerente às relações de expropriação e dominação no marco da sociedade capitalista. Feito este exame, assinalamos a contribuição teórico-metodológica do conceito de práxis e sua pertinência na educação ambiental que defendemos.

SEIS PROPOSTAS PARA UMA EDUCAÇÃO AMBIENTAL CRÍTICA

EDITORA KOTEV, SÉRIE MEIO AMBIENTE 21/ TEXTO DE SUBSÍDIO PARA CONFERÊNCIA NA ÁREA DO MEIO AMBIENTE NA FACULDADE ASSOCIADA DE COTIA (COTIA, SP) , 2019

Seis Propostas Para Uma Educação Ambiental Crítica refere-se a texto elaborado a partir de pesquisas iniciais do doutorado autor, fundamentalmente no campo do saber geográfico e pari passu, do conhecimento antropológico e ambiental, para prover informação sistematizada aos participantes da Conferência A Perspectiva Holística, proferida durante a IV Semana Cultural da FAAC - Faculdade Associada de Cotia (SP), aos 4 de Setembro de 2002. O texto, acata a sequência da exposição do tema durante a conferência e circulou como material mimeo entre os presentes. Em Novembro de 2019, Seis Propostas Para Uma Educação Ambiental Crítica foi revisado e masterizado, incorporando cautelas modelares de estilo, reformatação textual e ajustes de programação inerentes ao formato PDF, iniciativa realizada com os préstimos da Editora Kotev (Kotev©), visando disponibilizar o material em acesso livre na Internet em formatação modelar, própria para consulta por toda sorte de gadgets eletrônicos, inclusive aparelhos celulares. Confira-se que esta edição digital incorpora revisão ortográfica acatando regras vigentes para a norma culta na língua portuguesa, em vigor desde 2009. Retenha-se que Seis Propostas Para Uma Educação Ambiental Crítica é um material gratuito, sendo vedada qualquer forma de reprodução comercial e igualmente, de divulgação sem consentimento prévio da Editora Kotev (Kotev©). A citação de Seis Propostas Para Uma Educação Ambiental Crítica deve obrigatoriamente incorporar referências bibliográficas conforme padrão modelar que segue: WALDMAN, Maurício. Seis Propostas Para Uma Educação Ambiental Crítica. Série Meio Ambiente, Nº. 21. São Paulo (SP): Editora Kotev. 2019. RESUMO: Seis Propostas Para Uma Educação Ambiental Crítica evidencia, com base numa perspectiva crítica, a educação ambiental enquanto agente transformador da realidade, tanto dentro quanto fora da sala de aula. O texto discute seis propostas consideradas essenciais para uma educação ambiental crítica. A primeira destaca a educação ambiental enquanto uma releitura do imaginário social dominante relativo à natureza. A segunda, reflete a respeito dos vínculos que articulam a questão ambiental com as esferas social, política e sumamente, com a dimensão econômica. A terceira, resgata o papel da educação ambiental enquanto uma prática voltada para o espaço de vida do cidadão, particularmente o meio urbano e a comunidade local. A quarta proposta, ressalva que a educação ambiental não pode se resumir a informar, mas principalmente, formar o cidadão, estimulando novas formas de convivência social, produção cultural e estilos de vida. Por fim, a sexta proposta, recorda que a Educação Ambiental, como toda e qualquer prática pedagógica, é também uma prática que reclama afetividade. Estas seis propostas constituem o cerne do texto, que sinaliza para a necessidade de se aprofundar a discussão sobre o ensino de boas práticas ambientais, fundamental para o euqacionamento da crise ecológica da modernidade. PALAVRAS-CHAVE: Ecologia, Educação Ambiental, Crise ecológica, Educação, Transformação social. SUMMARY: Six Proposals for Critical Environmental Education presents, beyond a critical perspective, the Environment Education as a transforming agent of reality, even inside classrooms as if out of them. In order to do that, we consider six fundamentals propositions for critical environmental education. The first one presents de Environment Education as a rereading of the nature taken by the dominated social imaginary. The second reflects the relations between the environment and the social, political and especially, economic spheres. The third point out recovers Environment Education as a practice turned for the citizen living space, particularly the urbanity and the local community. The fourth proposition makes a point of Environment Education as an education that can’t resume itself to inform, it must form citizens, stimulate new social forms of conviviality, cultural production, and lifestyles. The fifth proposition claims to the Environment Education the paper of a real practice. At last, the sixth proposition remembers Environment Education, as any other pedagogic practice, is also an effective practice. These six propositions constitute the heart of this article, which signalizes for the necessity of a deeper Environment Education discussion, which is fundamental for resolving the Modern ecological crisis. KEY WORDS: Ecology, Environment Education, Ecological Crisis, Education, Social transforming.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: ASPECTOS HISTÓRICOS E PERSPECTIVAS

Boletim Goiano de Geografia, 2007

Neste artigo é feita uma breve abordagem sobre a evolução sócio-econômica da humanidade, aliada à educação, com o objetivo de possibilitar uma melhor compreensão sobre a necessidade atual de inserção da temática ambiental nas práticas educativas formal e não formal. Além disso, algumas considerações relativas às perspectivas da educação ambiental, também, são tratadas inclusive numa abordagem transdisciplinar.