CIDADES INTELIGENTES E SUSTENTÁVEIS: PROBLEMAS E DESAFIOS (original) (raw)
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COMO CONSTRUIR CIDADES INTELIGENTES E SUSTENTAVEIS
Este artigo tem por objetivo apresentar como construir cidades inteligentes e sustentáveis para proporcionar sua gestão racional, a melhoria da qualidade de vida para toda a população, o desenvolvimento sustentável da cidade e a democratização das decisões do governo com a participação de toda a população. Toda cidade alcança a condição de cidade inteligente quando seus gestores a consideram como um sistema e fazem o uso da tecnologia da informação em seu processo de planejamento e controle contando com o efetivo apoio de sua população. Toda cidade inteligente requer o uso da tecnologia da informação com o uso de vários dispositivos conectados à rede IoT (Internet das coisas) para gerir as operações e serviços da cidade de forma racional e conectar-se com seus cidadãos. A tecnologia da informação permite que os gestores da cidade interajam diretamente com seus órgãos executores e com a população e monitorem o que está acontecendo na cidade e como a cidade está evoluindo em tempo real. A tecnologia da informação deve ser usada para melhorar a qualidade, o desempenho e a interatividade dos serviços urbanos, reduzir custos e o consumo de recursos e aumentar o contato entre os cidadãos e o governo. Uma cidade inteligente pode estar mais preparada para responder aos desafios enfrentados pelos seus gestores e por sua população. Toda cidade alcançará a condição de cidade inteligente quando forem conquistados os objetivos de humanização da cidade com a melhoria da qualidade de vida para toda a população, de desenvolvimento sustentável da cidade e de democratização das decisões do governo com a participação de toda a população.
POLÍTICA URBANA BRASILEIRA: EM BUSCA DE CIDADES SUSTENTÁVEIS
INTRODUÇÃO política urbana brasileira é muito bem estruturada. A Constituição Brasileira de 1988, em seu artigo 182 dispõe que a política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.
CIDADES & SUSTENTABILIDADE: Por um diálogo interdisciplinar
CIDADES & SUSTENTABILIDADE: Por um diálogo interdisciplinar, 2020
No contexto atual, quando a sobrevivência humana nas cidades brasileiras, juntamente com as da fauna e flora encontram-se ameaçadas, e as condições de vida de seus habitantes ainda mais degradadas, diante de uma pandemia que compromete a sustentabilidade urbana torna-se imperativo alertar aos pesquisadores, sobre a necessidade urgente do enfoque interdisciplinar em suas análises de pesquisas contemporâneas. Isto, porque na sua grande diversidade, os problemas urbanos dependerão cada vez mais da capacidade dos seus gestores para encontrar soluções criativas e adequadas. Dentre os inúmeros fatores da (in) sustentabilidade das cidades brasileiras, onde os espaços urbanos são considerados como territórios usados de forma desigual, o processo acelerado de urbanização é o que desempenha papel fundamental para a explicação da realidade, ao lado do agravamento da degradação ambiental e da falta de uma distribuição igualitária dos bens e serviços sociais, dentre os quais os da educação e saúde. Assim sendo, a sustentabilidade das cidades entendida como direito humano de habitar saudavelmente os espaços urbanos e ter acesso aos bens e serviços de qualidade mostra efetivamente, a necessidade de investimentos que sejam capazes de atender as demandas sociais de seus habitantes. Para tal, a cidadania retorna como um aspecto fundamental para exigir do poder público local a melhoria de suas políticas públicas. Isto, para que por meio da própria participação as comunidades possam intervir nas decisões como moradores da “polis” entendidos como cidadãos conscientes dos seus direitos a uma vida digna e saudável. Portanto, a produção deste livro procura revelar em seus capítulos a pluralidade de ideias dos seus autores como possibilidade de um diálogo interdisciplinar, que se desenvolve frente aos desafios contidos, na complexidade da problemática ambiental urbana. Estes, buscando uma finalidade comum pretendem contribuir não apenas teoricamente aprofundando conceitos, mas também sugerindo possíveis ações. No contexto atual, ou seja, em tempos de pandemia e crises de vários níveis, é certo que todo conhecimento, sobre as cidades contemporâneas, que venham a contemplar questões tais como desigualdade social, saúde, educação e cultura deverá incrementar o desenvolvimento humano de um país. Assim sendo, o desenvolvimento sustentável não poderá ser alcançado sem essa perspectiva. Nesse momento ressalto minha satisfação na organização deste livro interinstitucional, cuja produção acadêmica coletiva de excelência faz jus aos seus autores. Alguns Professores Doutores e outros doutorandos, todos pertencem às mais conceituadas Universidades Federais e Estaduais do Brasil. Estes, imbuídos de um mesmo propósito de ver nossas cidades e seus habitantes mais saudáveis colocam nestas páginas os seus melhores conhecimentos científicos. Seguem-se assim, os cinco capítulos deste livro, que no total da obra se entrelaçam mostrando a possibilidade do diálogo interdisciplinar, partindo da ciência geográfica em busca da troca de diferentes olhares sobre a mesma complexidade e sustentabilidade das cidades contemporâneas. No Capítulo I, Oséias da Silva Martinucci mostra criticamente as desigualdades entre as cidades e regiões do Brasil com respeito à Saúde, considerando a também desigual distribuição dos equipamentos de imagem – diagnósticos. Rivaldo Faria procura no Capítulo II argumentar sobre a Saúde e Território como direito no Brasil mostrando com essa discussão, os grandes desafios para este século. Já no III Capítulo Antonio de Oliveira reflete e aprofunda o entendimento sobre a transição em saúde e a (re) produção de doenças transmissíveis nas cidades do país e em específico no Paraná. Com o Capítulo IV, Camila Bonelli de Milano conversa de forma crítica sobre as cidades e a gestão de resíduos sólidos perguntando se esse pode ser um diálogo possível. E, finalmente, Clésio Barbosa Lemos Junior no último Capítulo V que anuncia no próprio título, uma visão do espaço urbano e patrimônio cultural na palma das mãos, procura enfatizar a importância do estudo sobre o uso das tecnologias digitais nas práticas urbanas. O autor faz um alerta para a realidade do mundo virtual e das redes sociais como entendimento da complexidade e da diversidade dos problemas que envolvem as cidades contemporâneas.
COMO TORNAR AS CIDADES SUSTENTÁVEIS
É nas cidades que as dimensões sociais, econômicas e ambientais do desenvolvimento sustentável convergem mais intensamente, fazendo com que se torne necessário que sejam pensadas, gerenciadas e planejadas de acordo com o modelo de desenvolvimento sustentável que tem por objetivo atender as necessidades atuais da população da Terra sem comprometer seus recursos naturais, legando-os às gerações futuras.
IMAGINÁRIO E TECNOLOGIA: CIDADES " INTELIGENTES " E POÉTICAS URBANAS
Em 2016, constituiu-se um grupo de estudos dedicado ao tema das Cidades ditas “Inteligentes” (ou “Smart Cities”) sediado na FAU-USP, integrado ao Núcleo NaWEB e ao Grupo de Pesquisa CNPq “Representações: Imaginário e Tecnologia” (RITe). O grupo reúne pesquisadores de diversas áreas e níveis acadêmicos com a proposta de abordar de modo crítico e consequente o fenômeno das Smart Cities considerando seus aspectos tanto tecnológicos como também antropológicos e sociopolíticos. Dentre as propostas deste Grupo de Estudos está a construção de indicadores quanto à dita “inteligência” das cidades. Por princípio, os indicadores propostos têm por meta a inserção da complexidade inerente à vida política das cidades contemporâneas nas considerações oficiais e legitimadas, que são tanto uma referência jurídica como certificado homologativo para a sanção pública e privada de linhas de investimento para o desenvolvimento urbano. Até agora, observa-se a tendência a uma interpretação tecnocêntrica quanto à integração da tecnologia digital no ambiente urbano, sendo as dimensões sociopolíticas preteridas tanto temporal como prioritariamente: aparecem como adendo a posteriori, em um segundo plano de prioridades – sendo que, para muitas referências urbanísticas (Jacobs, por exemplo) a cidade é eminentemente um fenômeno sociopolítico. Além disso, a dimensão poético-estética da urbanidade ainda é um aspecto apenas debilmente considerado, quando presente, neste contexto – sendo que, para muitos urbanistas (Argan, por exemplo), a cidade é uma entidade fundamentalmente poético-estética. Quais as implicações da atribuição da inteligência, característica tipicamente humana à cidade? O que torna uma cidade Smart? A medida que existem Smart Cities, existiriam “Stupid” Cities? Em cidades voltadas para a previsibilidade e o controle, o que de City resta à Smart City? Quais vivências seriam possíveis em uma versão brasileira da Smart City? Quando utiliza-se o termo “Smart City”, ao que se refere? Há um conceito guarda-chuva mais preciso e rigoroso para denominar a presença disruptiva da tecnologia digital no meio urbano? A proposta dessa mesa foi a de expor e debater critérios com os quais se possa constituir a ideia de uma urbanidade que dialogue de modo frutífero – mesmo que também de modo problemático e complexo – com a tecnologia de ponta: suas questões antropológicas, a renovação conflituosa dos embates das forças sociais, a alteração das modalidades perceptuais da ambiência urbana e a própria reconfiguração da ideia de “cidade”. Propõe-se, inclusive, questionar a própria denominação “inteligente” ou “smart”, procurando por elucidar outros planos e aproximações quanto a esse campo de entendimento da urbanidade que possa promover um entendimento mais rigoroso, crítico e fecundo. Pretende-se, nesse artigo, expor de maneira sintética o conteúdo apresentado na mesa e no subsequente debate. Palavras-chave: Imaginário; Tecnologia; Smart City; Cidade Inteligente.
CIDADES SUSTENTÁVEIS e as fronteiras de risco e respeito
Antes, aos gigantes de fundas pegadas que me precederam e ao vagalume da ignorância, que nos permite, livres da vertigem e do medo de altura, cumprirmos com a escalada de ombros. E, é claro, aos mirantes fabulosos que daí se nos apresentam;
2023
The term sustainability has received more precise definitions since the 1980s, while the theme "sustainable cities" is more recent and, consequently, the objective of this study was to map the discussions on this topic in the scientific databases Scielo Brasil and Spell, for the past twelve years. The methodological preparation was based on a qualitative and descriptive approach through a bibliometric study of integrative review. The data obtained are from 2012 to 2022. As for authorship, Diogo de Melo Conti, Ali El-Zaart and Carl Adams stood out, there was a predominance of different authors, more than three authors per work, and the institution that highlighted was Uninove. The years with the greatest number of publications were 2013 and 2015. Nine study categories were identified. It was concluded that the theme, because it is new, needs to be further explored, and the discussions focused on four categories: Urban Planning, followed by Urban Health, Public Policies and Review Study. Those less frequent, among others, were Urban Management and Environmental Practices.
CIDADES INTELIGENTES: casos e perspectivas para as cidades brasileiras.
Revista Tecnológica da Fatec Americana, 2017
Resumo Com o crescimento populacional crescem os desafios para governos, empresas e academia. Novas formas de geração de energia, preservação de recursos naturais, transportes eficientes, educação e saúde, segurança e alimentação são os grandes desafios a serem vencidos nos próximos anos. Neste contexto, as tecnologias da informação e comunicação (TIC) assumem importante papel como facilitadoras para a tomada de decisão e para a criação de inovações que melhorem as capacidades de gestão das infraestruturas e o provimento de serviços aos cidadãos. No cenário brasileiro, os desafios se apresentam ainda de forma mais intensa, dadas as condições atuais da infraestrutura tecnológica da maioria das cidades. Esse trabalho tem por objetivo demonstrar o atual estágio das cidades do Rio de Janeiro, Porto Alegre e Curitiba relativamente à materialização do conceito de cidade inteligente como um novo paradigma para a gestão das cidades, contribuindo para o entendimento e agenda de pesquisas sobre esse contemporâneo tema. Palavras-chave: cidades inteligentes, inovação em TI, sustentabilidade, governança, inovação urbana, cidades digitais. Abstract Besides population growth, challenges for governments, businesses and academia are growing as well. New ways of energy generation, natural resources conservation, efficiency in transportation, education and health, public safety and food are the major challenges to be overcome in the coming years. In this context, information and communication technologies plays an important role as an enabler for decision making and also for creating innovations in order to improve the capabilities of infrastructure management and services provisioning to citizens. Regarding to the Brazilian context, the challenges are still present more intensively, considering the present status of the ICT infrastructure. This work aims to show the present stage of Rio de Janeiro, Porto Alegre and Curitiba cities regarding to the realization of smart city concept as a new paradigm of urban management, contributing to the understanding and research agenda about this contemporaneous subject.
Correntes urbanísticas contemporâneas tem estimulado a verticalização e multiplicidade de usos em edificações para densificação das cidades, produzindo vitalidade, equidade e compactação urbana. Contrariamente, políticas preservacionistas em relação à verticalização, indiretamente reforçam a segregação urbana, anteparada, sobretudo, pela insustentável expansão horizontal, incidindo em deficitários padrões de infraestrutura. Objetivando a compactação urbana, preconizamos a verticalização mista como resposta face urgência conjectural de adensamento populacional. Para tal, por meio de pesquisa do tipo aplicada, compreenderemos a origem e as transformações das cidades e do urbanismo. Analisaremos, qualitativamente, as condicionantes de planejamento urbano através de revisão bibliográfica e estudo de caso. Assim, comprovaremos que a verticalização, alinhada ao planejamento urbano, garante adensamento comensurável em seus impactos socioambientais, sustentáculo a um panorama urbano futuro suficientemente compacto. 1 INTRODUÇÃO As cidades pontilham o globo, marcando a ocupação humana sobre a Terra. Organizam-se como verdadeiros organismos, estruturando-se sobre a coletividade das relações sócio-político-econômicas do trabalho articulado de muitos homens (ROLNIK, 1995, p. 7-8). Como organismos, participam de um processo vital que, por vezes, é cíclico. Durante toda a história da humanidade-ao menos desde que o homem tornou-se sedentário e fixou-se sobre a porção territorial que escolhera viver-os centros urbanos protagonizaram grandes avanços tecnológicos, determinando o progresso humano. A pavimentação das ruas, também pavimentou nossa história. Passados os tempos de glória das cidades Greco-Romanas, na Antiguidade Clássica, abateu-se a morte urbana experimentada na Alta Idade Média. Finda, com o florescimento dos burgos no renascimento comercial da Baixa Idade Média, grandes transformações atingiram os centros urbanos pelo retorno da vitalidade às cidades. Não obstante, a Revolução Industrial mostra-se como a mais marcante dessas transformações, impulsionando sucessivas demandas sociais, políticas e econômicas, que refletiram-se sobre a forma e organização das cidades e sobre o cotidiano de seus citadinos (GLAESER, 2011, p. 1). Assim, cidades nascem, morrem e, com sorte, renasceram sob uma perspectiva comum: a vitalidade que lhes era necessária para tanto (JACOBS, 2000). Tendo as cidades como temática investigada, refletiremos sobre sua natureza, origem e transformação (ROLNIK, 1995, p. 9). Revisitando bibliografias, estudaremos os fatores que moldaram e determinam a organização dos assentamentos humanos