DESAFIO NARRATIVO: EXPERIÊNCIAS PEDAGÓGICAS NO DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS AUDIOVISUAIS (original) (raw)
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Por meio da reconstituição etnográfica das disputas classificatórias relacionadas ao processo de formação e consolidação de uma rede de comunicadores populares denominada Coletivo de Vídeo Popular (CVP), busco demonstrar como as novas tecnologias de comunicação, sobretudo audiovisuais, têm sido utilizadas por uma parcela heterogênea de jovens politicamente identificados com as áreas periféricas de São Paulo. No decorrer do artigo, aponto para a forma pela qual estes atores têm se mostrado capazes de interpelar criticamente um conjunto de representações normativas de tais territórios e suas populações. Concluo refletindo mais sistematicamente sobre o modo como tal interpelação crítica, mediada pelo uso tático das novas mídias, tem aberto espaço para a produção de novas imagens e imaginários da metrópole e sua paisagem segregada. Palavras chave: Cidade. Periferia. Juventude. Vídeo-ativismo. Segregação Urbana.
PANORAMA DAS EXPERIÊNCIAS DE DIFUSÃO CULTURAL DO AUDIOVISUAL BRASILEIRO EM EXIBIÇÕES PÚBLICAS
EDIÇÃO 2015 – XI ENECULT – v.1, 2015
Apresentamos experiências de difusão cultural de conteúdo audiovisual brasileiro em exibições públicas não-comerciais realizadas entre os anos de 2005 e 2009, quando observa-se o (re)surgimento e proliferação de ações da sociedade civil e do poder público para constituição de circuitos de outra natureza, lógica e atuação à exibição comercial. Descrevemos suas principais características pretendendo a sistematização e reflexão sobre ações e políticas públicas implementadas bem como acerca das potencialidades e precariedades das exibições públicas não-comerciais, representadas, sobretudo, pelos cineclubes. Palavras-chave: audiovisual, difusão, formação, exibição, cineclube. 1. Esse obscuro objeto do desejo Este artigo visa mapear e lançar bases para a reflexão acerca das experiências de difusão cultural de conteúdo audiovisual brasileiro em exibições públicas não-comerciais realizadas entre os anos de 2005 e 2009. Entendemos por difusão cultural a propagação não-lucrativa de bens culturais para fruição não-comercial. Interessam-nos as experiências promovidas por cineclubes, realizadores, empresas produtoras e distribuidoras, associações de representação de segmentos do audiovisual, mostras e festivais, e políticas públicas das três esferas de poder que tenham como objetivo a difusão de conteúdos audiovisuais a agentes que se responsabilizem pela exibição e/ou disponibilização públicas dos conteúdos recebidos. Estes agentes podem ser da sociedade civil (entidades do audiovisual, associações de moradores, sindicatos, etc.) ou do poder público (equipamentos culturais, escolas, universidades, etc.), mantendo programação periódica (cineclubes) ou eventual (como ferramenta de "atração" ao espaço e "animação" dos debates para cumprimento dos objetivos originais dos agentes, qual seja a defesa do meio ambiente, dos direitos humanos, etc.). Palavras-chave: audiovisual, difusão, formação, exibição, cineclube
Este trabalho apresenta pistas de como os agenciamentos coletivos dos docentes que utilizam as Tecnologias Digitais (TD) poderiam se apropriar da filosofia de Deleuze para fazer experimentações rizomáticas que criem circunstâncias geradoras de afetividade criativa. Metodologicamente faz uma ponte entre a perspectiva teórica e sua articulação com o trabalho docente. Nos resultados apontamos possibilidades de atuação do professor a partir do pensamento deleuziano. As conclusões apontam para a necessidade de criação de circunstâncias (para usar um termo deleuziano) para que as TD sejam usadas com o intuito de se tornarem objetos de desejo não apenas no artefato em si, mas de paixões pelo que se produz. Palavras-chave:Tecnologias digitais. Experimentações rizomáticas. Pensamento deleuziano. Práticas pedagógicas.
EPISTEMES MUSICOSMODANÇANTES A PARTIR DE NARRATIVAS AUDIOVISUAIS CARIBENHAS
Revista Sankofa, 2019
A partir de tarefa epistêmica em abordagens de estudos culturais e opções decoloniais 2 , tenho buscado descentrar alicerces de modernidade/colonialidade em controle de subjetividades como nos propõe Mignolo (2015, p. 10), analisando produções audiovisuais afrodiaspóricas e buscando pensares, viveres e fazeres outros, que se insurgem à outrificação hierarquizante que lhes é imposta pelo Ocidente. Modos de ser e viver de afro-brasileirxs e caribenhxs 3 incluem subjetividades geradas em sistemas de plantation que, desde períodos coloniais, vem confrontando racismo epistemológico euro-iluminista de concepção de história universal, racional, linear, progressiva (BRAGA, 2016) por meio de pedagogias performáticas, em que saberes apreendidos são saberes vivenciados. Neste artigo, proponho uso de narrativas audiovisuais como fonte de pesquisa histórica, desafiando o poder do arquivo eurocêntrico (TROUILLOT, 1995) e relacionando matrizes culturais afrodiaspóricas de Brasil e de Caribe, a partir de filmes aqui analisados: "Como conquistar a América em uma noite" (Canadá-Haiti, 2004, dir.: Dany Laferrière), "Teorema" (Cuba, 2012, dir.: Mariela Lopez Galano) e "O tempo dos Orixás" (Brasil, 2014, dir.: Eliciana Nascimento) 4. As narrativas em questão apontam entrelaçamentos entre Brasil e Caribe em proposta a modos de ser comunitariamente compartilhados que incluem afroepistemologias e
RECURSOS AUDIOVISUAIS COMO FERRAMENTA METODOLÓGICA NO ENSINO/APRENDIZAGEM DE ELE
Este artigo aborda a relevância que pertence a Geração Z (aqueles que nasceram entre 1990 e 2009) quer dizer, os que chegaram na era digital, tendo conexão com o mundo de forma rápida e múltipla, com capacidade de realizar multitarefas sem grandes esforços, já que estão acostumados com uma riqueza de informações e recursos comunicativos, donos de si mesmos, mas que ainda necessitam de orientações. Sabendo que o que nos espera num futuro breve, dentro da sala de aula, são alunos que encaram o mundo de maneira diferente, adaptados a realizarem tarefas múltiplas, nos questionamos: Como “conectar” alunos da geração Z com a sala de aula? Partindo desta indagação, decidimos investigar como as mídias audiovisuais podem ajudar no ensino do espanhol como língua estrangeira, e de apresentar através de uma proposta simples, a utilização desses possíveis recursos audiovisuais em sala de aula que auxiliam o professor, tendo experiências possíveis e eficientes para utilização de aulas dinâmicas e interativas. Para isso, embasamos nossa pesquisa em alguns teóricos Vaquero (1997), Tiba (2006), os PCNs (1998),Wim Veen (2009), entre outros, com a pretensão de ampliar e assegurar a investigação sobre recursos audiovisuais para melhoria de ensino eficaz de língua estrangeira, especificadamente no ensino da língua espanhola dentro da sala de aula, afim de trazer para o aprendiz um novo conhecimento, de incentivar o aprendizado, como também melhorar o conhecimento prévio acerca dos assuntos que lhes são explanados.
PANORAMA DA INOVAÇÃO NO AUDIOVISUAL PELA ANÁLISE DE PATENTES
Anais do V ENPI, 2019
Pela análise de patentes é possível mapear as tecnologias desenvolvidas em uma empresa, país ou setor industrial. Esses dados fornecem informações a respeito dos tipos de tecnologias criadas, datas de solicitação, titularidade, países prioritários, entre outras. Com este ferramental, o presente artigo tece um panorama da inovação no setor audiovisual, tendo como base a definição de palavras-chave e códigos de tecnologias próprios ao setor. Por meio da busca realizada no sistema Orbit Questel®, os dados obtidos e análises subsequentes apresentam uma constância na quantidade de pedidos de patentes depositadas nas últimas duas décadas, assim como um predomínio de empresas titulares e países detentores dos direitos das tecnologias em questão. Tais achados permitem visualizar o setor por meio da dinâmica da proteção intelectual das tecnologias desenvolvidas para suas atividades e dá base para aprofundar o entendimento da inovação relacionada à indústria audiovisual. Palavras-chave: propriedade intelectual; cinema; Orbit Questel. 1 Introdução A capacidade e as práticas de inovação de uma empresa, país ou setor são importantes ferramentas para a atualização e real competição no mercado. Novos produtos ou serviços mantém o setor em movimento e auxiliam no desenvolvimento econômico. Para analisar tal capacidade cada vez mais tem se utilizado o estudo de patentes como forma de acompanhar a atualização e as mudanças nas tecnologias (ABBAS; ZHANG; KHAN, 2014; RAAN, 2017). Os registros de patentes possuem informações amplas que proporcionam diferentes tipos de análises de acordo com os interesses da pesquisa, seja por meio dos dados de propriedade, inventores, países requisitantes, datas de publicação, tipos de tecnologias, entre outras informações relevantes. Assim, a partir de um mapeamento amplo e diverso torna-se possível ter base para estudos de diferentes áreas e com os mais variados objetivos. Em alguns setores específicos e com necessidade de atualização frequentes este tipo de estudo se faz ainda mais relevante. No caso da indústria audiovisual, assim como ocorre com as indústrias criativas de forma geral, há além da parte relacionada à criatividade, uma base que se estabelece pela atualização tecnológica (BENDASSOLLI et al. 2009). Este foco tem se tornado objeto de pesquisa recorrente nos últimos anos, com assuntos que passam pelo uso de drones para
NARRATIVAS DO FAZER AUDIOVISUAL NA ESCOLA: ENCONTROS COM A EDUCAÇÃO E COM AS INFÂNCIAS
10 anos da Licenciatura em Cinema e Audiovisual da UFF, 2023
Considero importante destacar que a palavra alegoria, do grego allegoria, significa "dizer o outro". Para o filósofo alemão Walter Benjamin, a alegoria revela alguma verdade oculta e se encontraria "entre as ideias como as ruínas estão entre as coisas". 10 "Há, por um lado, o que é possível escrever e, por outro, o que já não é possível escrever: o que está na prática do escritor e o que se afastou dela: que textos aceitaria escrever (reescrever), que textos gostaria de desejar, de investir como uma força, neste mundo que é meu?" (BARTHES, 1999, p. 12). 11 Devo aqui a referência ao comentário do professor Eduardo Passos na palestra magistral que realizou no curso Cinema e clínica, a convite do professor da disciplina, Cezar Migliorin, no contexto do curso de Cinema e Audiovisual da UFF, em novembro de 2021.
A PRODUÇÃO AUDIOVISUAL COMO RECURSO PEDAGÓGICO CAPITAL CULTURAL E AUTOESTIMA
O projeto Oficina de Cinema JG vem se desenvolvendo desde 2013 e já produziu dezenas de curta metragens. A produção de cinema numa escola de periferia apresenta, além de muitas produções, mudanças na vida dos alunos participantes do projeto. Através de uma pesquisa qualitativa com integrantes, professores e familiares foi possível analisar as abordagens feitas pelos alunos nos seus curta metragens e o impacto que o fazer cinema proporciona ao seu desenvolvimento como indivíduo e a sua respectiva autoestima. O trabalho desta pesquisa, aborda a produção audiovisual como recurso pedagógico e como auxiliar na elevação da autoestima dos alunos participantes, analisada a partir da teoria de Capital Cultural de Pierre Bourdieu.