O DESENCANTAMENTO DO MUNDO 1 (original) (raw)

O DESENCANTAMENTO DO MUNDO

Resumo: o texto de Pierucci tem por objetivo seguir incansavelmente a trajetória da construção do conceito Desencantamento do Mundo em Weber. Para tanto, o autor realiza uma vasta e minuciosa busca ao longo de toda a bibliografia de Max Weber, de maneira cronológica, para saber como e quando começou a ser cunhado o conceito, que, para Pierucci, é a produção intelectual weberiana mais importante para o entendimento da modernidade. Ao longo da obra, ele vai apresentando detalhadamente como surgiram as motivações de realizar a empreitada até o resultado final, que, para sua surpresa, abriu a porta para uma nova possível investigação, qual seja, o novo encantamento do mundo. Palavras-chave: sociologia da religião; religião e sociedade; ética social; Secularização. Abstract: the text of Pierucci has for objective to follow the path of the construction of the concept tirelessly Disenchantment of the World in Weber. For so much the author accomplishes a vast and meticulous search along the whole bibliography of Max Weber in a chronological way to know as and when it began to the concept to be coined, that is the production intellectual more important of Weber for the understanding of the modernity, for Pierucci. Along the work he is going presenting in full detail as the motivations appeared of accomplishing the taskwork to the final result of which, for his surprise he opened the door for a possible new investigation, which is, the new enchantment of the world.

O desembrulho 1

Estou no Brasil numa mistura de trabalho e de férias. A primeira etapa desta viagem passou-se nas praias do Nordeste, juntamente com a minha mulher. Visitei já o Brasil dezenas de vezes. Desta vez, foi a primeira ocasião em que o fiz como turista. Talvez isso me dê alguma bagagem para eu falar aqui sobre turismo. Porque não quero perder de vista que sou apenas um escritor, não tenho competência particular nesta matéria, tenho apenas impressões. É isso que trago aqui, apontamentos e anotações de um caderno de viagem. E vou exatamente começar por falar da impressão que estas férias me causaram. Na verdade, estive em lugares que nunca mais irei esquecer. Mais do que memórias, esses lugares tornaram-se entidades vivas dentro de mim. O segredo da viagem não é apenas visitar. É deixar-se ser visitado pelo lugar. Deixar que aquele momento de encontro tome posse de nós. Essa tomada de posse é sempre uma invenção. Que às vezes é feita contra uma outra invenção que nós compramos. É feita cont...

A DESSECULARIZAÇÃO DO MUNDO: UMA VISÃO GLOBAL

Há alguns anos, o primeiro volume resultado do assim chamado Projeto Fundamentalismo aterrisou em minha mesa. O Projeto Fundamentalismo era generosamente financiado pela Fundação MacArthur, e dirigido por Martin Marty, o famoso historiador do campo eclesial da Universidade de Chicago. Alguns intelectuais dos mais respeitados participaram do projeto, e de modo geral os resultados publicados são de excelente nível. Mas deparar-se com aquele primeiro volume proporcionou-me a tal "experiência aha!". O volume sobre minha mesa era muito grande, um "livro bomba", do tipo que podia causar grandes danos. E perguntei-me por que a Fundação MacArthur dedicaria vários milhões de dólares para apoiar uma pesquisa internacional sobre fundamentalistas religiosos.

CONCLUSÃO: DEPREENDENDO NOSSO MUNDO

Esta é a conclusão geral de um livro em três volumes. A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura. Tentei evitar repetições. Sobre a definição dos conceitos teóricos empregados nesta conclusão (por exemplo, informacionalismo ou relações de produção), favor consultar o Prólogo do livro no volume I. Vide também a conclusão do volume I para uma abordagem do conceito de sociedade em rede e a conclusão do volume II para uma análise das relações entre identidade cultural, movimentos sociais e política. Um novo mundo está tomando forma neste fim de milênio. Originou-se mais ou menos no fim dos anos 60 e meados da década de 70 na coincidência histórica de três processos independentes: revolução da tecnologia da informação; crise econômica do capitalismo e do estatismo e a conseqüente reestruturação de ambos; e apogeu de movimentos sociais e culturais, tais como libertarismo, direitos humanos, feminismo e ambientalismo. A interação entre esses processo e as reações por eles desencadeadas fizeram surgir uma nova estrutura social dominante, a sociedade em rede; uma nova economia, a economia informacional/global; e uma nova cultura, a cultura da virtualidade real. A lógica inserida nessa economia, nessa sociedade e nessa cultura está subjacente à ação e às instituições sociais em um mundo interdependente. Algumas características cruciais deste novo mundo foram identificadas na análise apresentada nos três volumes deste livro. A revolução da tecnologia da informação motivou o surgimento do informacionalismo como a base material de uma nova sociedade. No informacionalismo, a geração de riqueza, o exercício do poder e a criação de códigos culturais passaram a depender da capacidade tecnológica das sociedades e dos indivíduos, sendo a tecnologia da informação o elemento principal dessa capacidade. A tecnologia da informação tornou-se ferramenta indispensável para a implantação efetiva dos processos de

Volume do Universo em Desencanto

Eis a razão de EU vos dizer quem é o RACIONAL SUPERIOR, pois tudo isso vão saber na Escrituração. O tempo demonstrará a todos, o direito e a razão. A razão é confundida com o direito e o direito é confundido com a razão, porque sabem muito bem e conhecem que o direito deformado é torto. Deformado quer dizer: todos os viventes dessa terra, desse mundo, onde não pode brilhar o equilíbrio, pois todos são imperfeitos, cheios de defeitos, expostos ao desequilíbrio, desequilibrados, sem idéia firme, a não ser por capricho ou ódio e não podem ser de outra forma, porque são filhos de uma natureza que não regula, toda imperfeita e por isso, procuram lapidá-la de todos os jeitos, de todas as formas, para poderem viver, para poderem aparentar o que não são. Agora, pergunta o vivente: "-E tudo é preciso trato?" Digo EU: trato aparente, trato para aparentar. A vida é de aparências e todos são traiçoeiros, traidores, aparentando o que são e o que não são, persistindo aí, o instinto da falsidade, da ferocidade humana, em contradição ao seu ser, porque humanitário, só se vê no nome e brilha, sim, a desumanidade.

LIVRO I CADERNOS DE ENVELHECIMENTO 1

Editora UNIEDUSUL, 2019

O Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa de Irati apresenta o primeiro livro com artigos que evidenciam uma problemática sobre as velhices e processos de envelhecimentos. O material tem como compromisso provocar reflexões teóricas e atualizadas que atravessam diversos campos de saber, tornando-o um material que possa contribuir com as realidades regionais que apresentam complexidades e análises diferenciadas. Para a composição dos artigos, o conselho municipal visa garantir o processo de transparência e estímulo no registro de reflexões teóricas como práticas que colaboram com a área da velhice e do processo de envelhecimento. O livro tem como proposta debater de forma interdisciplinar o desenvolvimento do mundo científico, publicando relatos de experiências, resultados de pesquisas primárias e secundárias que são afetas a área de conhecimento. O livro está composto de dez (10) artigos abordando estudos e reflexões que tratam as temáticas da assistência social, das facetas das velhices, de mobilidades, longevidades, da violência orientada às construções de gênero na velhice, das transições demográficas e epidemiológicas do envelhecimento e de reflexões sobre a velhice fragilizada pela afasia e/ou demência. Num processo de organização metodológica, o livro será subdividido em dois momentos, sendo: (1) artigos com olhares conceituais sobre envelhecimento que atravessam diversas literaturas das Ciências Humanas, Sociais, da Saúde e (2) relatos de experiência que contribuem de forma relevante para a área estudada, de modo, contextualizado, com objetividade e considerações teóricas. Na Primeira parte do livro temos trabalhos que apresentam propostas micro políticas na área da velhice e do processo de envelhecimento que perpassam diversos saberes e provocam interferências nas relações macro de estrutura social. Na segunda parte são relatos de experiências que aproximam a esfera das políticas sociais do universo acadêmico e como o registro e publicação dessas práticas corroboram com o universo científico.

DA DESTRUIÇÃO COMO PARADIGMA 1

Revista Lua NOva, 2024

This article reflects on the Brazilian political experience between 2019 and 2022, using the metaphor of destruction as a possible analytical resource. It starts from a critique of conceptual logic and, as an alternative, proposes a phenomenology of destruction, aimed at detecting and presenting the disfiguring factors imposed on Brazilian society during the period in question. The basic hypothesis is that the experiment in question went beyond the strict logic of political regimes and imposed itself as a power to disfigure the form of the society.

A Subcriação de Mundos

A Subcriação de Mundos, 2019

No ano de 2018, a Faculdade de Letras da USP (FFLCH-USP) ofereceu o curso A subcriação de mundos — estudo sobre a literatura de J.R.R. Tolkien. Como uma inciativa concreta para o curso, promovemos um e-book com a participação de professores e alunos do curso. O livro, que recebe o nome do curso, é organizado pelo Prof. Dr. Diego Klautau e a Profa. Ma. Cristina Casagrande, com direção editorial da Profa. Dra. Maria Zilda da Cunha. O livro contém 11 artigos de 13 autores e conta com prefácio de Samuel Coto, diretor editorial da HarperCollins Brasil, e posfácio da Profa. Dra. Maria Zilda da Cunha.

A negação do mundo

RESUMO: O presente artigo pretende, por meio da análise do ensaio "A literatura e o direito à morte", de Maurice Blanchot, investigar a palavra e a linguagem literárias como súmulas da negação do real e da vida, e da afirmação da morte e do embate como sentidos da literatura, na direção contrária da postulada pelos defensores da representação como único mote para o exercício literário. PALAVRAS-CHAVE: morte; narrativa; palavra literária.

Defendendo a Humanidade 1

2010

Os sociólogos Michael Burawoy e Ruy Braga (2008, p.65) nos oferecem um excelente texto sobre a relevância-incluindo desafios e projeções-de uma sociologia pública orgânica que se posiciona abertamente pela defesa da humanidade. Sem abandonar o rigor teórico e metodológico que todo cientista social deve assumir na produção de seu trabalho intelectual, os autores reivindicam a potencialidade da palavra "engajamento". É precisamente esta atitude de uma militância comprometida com a verdade-em um sentido leninista-que tanto Burawoy como Braga defendem para o uso político e social da sociologia pública. 1. Com ajuda do anjo da história, Burawoy apresenta em 11 teses e matizes suas noções sobre a sociologia profi ssional, crítica, pública e para políticas públicas (BRAGA; BURAWOY, 2008, p.20). Para ele, a sociologia pública não é precisamente a negação da sociologia profi ssional, sendo possivelmente complementares. Entretanto, embora o conhecimento instrumental, e, portanto, su...