AS CRUZADAS E O CINEMA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA (original) (raw)

CRÍTICA E CURADORIA NO CINEMA

CRÍTICA E CURADORIA NO CINEMA, 2023

Laécio Ricardo de Aquino Rodrigues (organizador) - Belo Horizonte, MG: PPGCOM/UFMG, 2023. SUMÁRIO Prefácio 22 verbetes sobre conservação e imaginação em 2022 11 Juliano Gomes Introdução Dois ofícios, diferentes olhares e algumas convergências 23 Laécio Ricardo de Aquino Rodrigues I. A crítica cinematográfica Capítulo 1 A crítica de cinema se reconfigura: autoridade e democratização no ambiente online 33 Rafael Oliveira Carvalho Capítulo 2 Abundância, precarização e ineditismo: desafios para a crítica de cinema na internet e o papel dos festivais 59 Marcelo Ikeda Capítulo 3 A crítica de cinema na academia e nas associações 81 Ivonete Pinto Capítulo 4 Escrever e programar a partir da América Latina: respostas críticas e curatoriais à circulação europeia do cinema latino-americano 101 Victor Guimarães Capítulo 5 Crítica cinematográfica: a frágil utopia de comunidades cinéfilas 123 Pablo Gonçalo Capítulo 6 Crítica é conversa 141 Maria Bogado Capítulo 7 Crítica de cinema e podcast: diálogo em construção 155 Isabel Wittmann e Raquel Gomes Entrevistas - O campo da crítica 169 “Entre um extremo e outro, na zona de tensão entre sujeito e objeto, é onde me parece estar localizada este tipo de escrita a que chamamos de crítica” 171 Matheus Cartaxo Domingues “A crítica que fica restrita a apenas um lugar dentro do ecossistema do cinema me parece que fracassa logo de saída. A crítica precisa circular” 179 Camila Vieira da Silva “Ver tantos filmes quanto possível é sempre importante e ler sobre eles é indispensável. Mas olhar o mundo à volta do cinema também. Isso faz um bom crítico e um bom texto” 187 Felipe André da Silva “Procuro escrever com clareza, sem erros de português, com uma possível elegância, e ser o menos óbvio e reiterativo possível. Acho que a crítica deve ao menos aspirar a ser um gênero literário” 197 Carlos Alberto Mattos II. A atividade curatorial Capítulo 8 Para um glossário sobre curadoria 209 Moacir dos Anjos Capítulo 9 Apontamentos sobre uma prática curatorial feminista 223 Maria Cardozo Capítulo 10 Curadoria como exercício de cinema comparado 241 Mariana Souto e Érico Oliveira Capítulo 11 Cinefilia virtual e curadoria hesitante: Percalços de um itinerário particular 265 Fernando de Mendonça (Nandodijesus) Capítulo 12 Curador, cão e as instituições 279 Luís Fernando Moura Capítulo 13 Campos, contracampos e extracampos: cinco sequências do cinema brasileiro em uma era de antagonismos 287 Francis Vogner dos Reis Entrevistas - O campo da curadoria 327 “Não é incomum que nós, curadores, descubramos a curadoria apenas enquanto se dá, por exemplo, o festival. É só quando ele termina que, digamos, temos uma visão completa do museu” 329 Luís Fernando Lira Barros Correia de Moura “O recorte identitário sempre esteve presente no circuito do cinema, e sempre foi, repito, branco, cisgênero e masculino. Assim, vejo as mudanças que têm ocorrido como um abalo sísmico fundamental” 345 Rita Vênus Cordeiro Vieira Entrevista “O trabalho da curadoria se destina a cumprir uma função necessária num mundo que produz mais obras do que há espaço para exibi-las. Assim, antes de falar de conceitos ou de programas, há que se lembrar disso: ela atende uma imposição e um contexto prático” 349 Eduardo Novelli Valente Sobre as autoras e os autores

FEMINISMO E CONTO DE FADAS: UMA ANÁLISE DO FILME FROZEN

2016

A pesquisa utiliza o recorte da crítica feminista para analisar o filme Frozen (2013) da Disney. A animação rompe com a ideia do amor romântico e da necessidade de um homem para salvar uma princesa em perigo ao contar a história de duas princesas, as irmãs Anna e Elsa, que encontram o final feliz graças ao amor verdadeiro e forte vínculo entre elas, não através da busca de um príncipe encantado. A análise da obra, que é uma releitura moderna do conto de fadas A Rainha das Neves de Hans Christian Andersen, aponta a construção simbólica e novos protagonismos na representação das relações de gênero e do papel da mulher na sociedade.

O ATO DE CRIAÇÃO CINEMATOGRÁFICA E A “TEORIA DOS CINEASTAS”

Pretendemos discutir se o filme é uma teoria e que essa “teoria” possa contribuir para a discussão de temáticas da teoria do cinema, de ca‑ riz científico. Inserido no âmbito da abordagem “Teoria dos Cineastas” pela qual não apenas os filmes mas, também, o discurso verbal e escrito dos cineastas se apresenta como um modo viável e legítimo para compreender o cinema, este artigo pretende abordar a possibilidade da teoria ser elabo‑ rada apenas a partir dos filmes, ou seja, uma teoria que advém do processo criativo.

Olhares Cruzados: Uma Revisão Bibliográfica Sobre a Mulher Negra e O Cinema Em Chave Interseccional

2019

A proposta desta revisão bibliográfica é uma tessitura da obra Pele Negra, Máscaras Brancas, livro de estreia de Frantz Fanon tendo como lente a escrita afirmativa de bell hooks, escritora feminista negra, em sua obra The Oppositional Gaze: Black Female Spectators. A linha argumentativa será alicerçada no pensamento decolonial, interseccionando as escritas sobre como a mulher negra vê e é vista no cinema. O olhar oposicionista se configura como uma rebelião política e de resistência contra a repressão do direito dos(as) negros(as) a um olhar. A expressão "olhar oposicionista" foi cunhada por feministas, acadêmicas e ativistas sociais em 1992. Discorreremos acerca da obra de bell hooks como parte da teoria do cinema feminista, que critica o olhar machista através das relações de poder de Michel Foucault. hooks afirma que "há poder em olhar". As vertentes interseccionalidade e o pensamento decolonial são consideradas pelas autoras como formas de "ações afirmat...

AS CIÊNCIAS CRIMINAIS EM CARTAZ: RENOVANDO A CRÍTICA SOBRE A GUERRA ÀS DROGAS A PARTIR DO CINEMA

XXVII CONGRESSO NACIONAL DO CONPEDI PORTO ALEGRE – RS, 2018

Trata-se de artigo científico voltado ao estudo crítico e criminológico da guerra às drogas, com foco na política proibicionista, tendo como proposta a interação entre o Direito e o Cinema. A pesquisa então parte das reflexões contidas no documentário “Cortina de Fumaça” para resgatar os fundamentos criminológicos e históricos fundadores da Política Criminal de drogas vigente no país, demonstrando a falência ou sucesso da repressão criminal do consumo /comercialização de drogas.

CRÍTICA E CURADORIA EM CINEMA

Crítica é conversa, 2023

Capítulo 6. Crítica é conversa. O capítulo integra o livro CRÍTICA E CURADORIA EM CINEMA: múltiplas abordagens, organizado por Laécio Ricardo de Aquino Rodrigues e publicado pelo selo editorial PPGCOM/UFMG. "Ao receber o convite para escrever sobre o ofício da crítica, fiquei especialmente feliz ao saber que este livro foi motivado pelo interesse de estudantes de graduação pelo assunto. Minha impressão melancólica de que talvez essa prática viesse a se tornar incompatível com a velocidade exacerbada dos fluxos de informação – ou do narcisismo extremo estimulado pela arquitetura das redes sociais, que tenderia a impedir o gosto pela alteridade – foi alegremente abalada. (...) Nem jornalismo, nem teoria, nem literatura: crítica, alguma coisa que se dá entre e que parece insistir em se manter um tanto indefinida. Se o único ponto que podemos firmar como essencial é de que a crítica é algo que depende de um encontro, melhor que se deixe um espaço de abertura em meio a qualquer pressuposto ou definição. Levanto, a seguir, alguns eixos de reflexão que me parecem importantes para pensar a crítica hoje: a noção de experiência como motor fundamental do texto crítico; a noção de debate público; e, por fim, o desejo de construção de comunidades abertas a diferentes dicções, pensando como o corpo e a voz também moldam a escrita". Trechos da argumentação: " O eu não pode importar em si mesmo. A leitora que se interessar pelo livro aqui comentado logo verá que o texto de Bernardet se entrega com tamanha atenção às longas descrições e análises bem detidas nos filmes, que o fato de alguns verbos aparecem conjugados em consonância com um eu torna-se quase irrelevante. A tessitura das palavras forma um excedente que se impõe entre o crítico e o filme. Esse entre, que me parece ser a matéria da crítica, é a experiência. Mais do que um sujeito ou um objeto, a experiência impulsiona a crítica por ser o próprio rastro do movimento gerado por um encontro: toque, roçar de corpo ou calor".

LITERATURA & CINEMA: OS “CORTIÇOS” DE ALUÍSIO AZEVEDO E DE FRANCISCO RAMALHO JR

De acuerdo con la comprensión de la lectura es una elección realizada por la recepción y con interés en la construcción de sentidos elaborada por el acto de releer las obras literarias , este artículo tiene como objetivo comprender los procesos de ruptura, de diálogo y de la convergencia entre la novela O cortiço, del escritor marañense Aluísio Azevedo (1857 – 1913), y la película homónima, del cineasta paulista Francisco Ramalho Jr, estrenado en 20 de febrero de 1978, en la ciudad de Gramado, en Rio Grande do Sul, en Brasil.

Olhares Cruzados: Os Sentidos Produzidos Pelo Olhar De Personagens De Filmes Narrativos Para O Espectador

Organon, 2016

É em e por, ou, melhor ainda, como seu desejo que o homem se constitui e se revela-a si e aos outros-como um Eu, como o Eu essencialmente diferente do, e radicalmente oposto ao, não-Eu. O Eu (humano) é o Eu de um-ou do-desejo. Alexandre Kojève, Introdução à leitura de Hegel. E o que faz o cinema, senão nos mergulhar nesse mundo do desejo pelo fi ltro de uma consciência? Ollivier Pourriol, Filosofando no cinema. Resumo: Neste artigo, por meio de um procedimento cognitivo similar ao da montagem, pretendemos, a partir de sobreposições de imagens, interrogar os sentidos produzidos pelo olhar para o espectador por parte de personagens de fi lmes narrativos, recorrendo, para tanto, aos conceitos de estranhamento e de distanciamento. Considerando a sua recorrente relação com a fotografi a, o cinema e o valor de exposição, representado sobretudo pela fi gura da prostituta, compreendemos que referido olhar ativa criticamente a sensibilidade do espectador. A exibição do corpo como valor de exposição e como objeto de desejo aos nossos olhos, intermediados pela objetiva, revela o espectador a si mesmo como sujeito desejante. Palavras-chave: cinema; fotografi a; estranhamento; distanciamento; desejo.

Cinema = Cavação: Cendroswald produções cinematográficas

Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, 2008

Resumo Em 1924, Blaise Cendrars, em meio a um projeto ambicioso de realização de um "filme de propaganda sobre o Brasil", em parceria com Oswald de Andrade, teve a oportunidade de testemunhar a eclosão da Revolução de 1924, reprimida com violência pelo governo federal. A experiência marcou a sua imaginação e sepultou os planos de realizar um filme no Brasil, baseado em episódios da história paulista. Um dos elementos que aproximaram Oswald e Cendrars foi o desejo comum de se tornarem cineastas-cavadores.