Mobilidade e jornalismo digital contemporâneo: fases do jornalismo móvel ubíquo e suas características (original) (raw)
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Mobilidade ampliada: tecnologias móveis digitais no jornalismo
Tecnologia, pra quê?
O artigo sistematiza discussões sobre a exploração das tecnologias móveis digitais como plataformas de produção e de consumo de notícias no jornalismo contemporâneo. Com a natureza da expansão da mobilidade, observa-se uma realidade sociotécnica em desdobramento e em complexificação das práticas inerentes ao jornalismo materializando um novo espaço para as reportagens de campo em “redações móveis” com o envio da produção do local de apuração por redes sem fio. Ao mesmo tempo, novas estruturas de consumo de notícias em múltiplos formatos emergem por meio de dispositivos móveis como celulares, smartphones e tablets. O chamado jornalismo móvel está no centro das discussões como um conceito central para compreensão desse fenômeno comunicacional.
Jornalismo móvel e novas formas de produzir conteúdo jornalístico
2020
Dissertação apresentada à Universidade de Aveiro para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Comunicação Multimédia, realizada sob a orientação científica do Doutor Vania Baldi, Professor Auxiliar do Departamento de Comunicação e Arte (DeCA) da Universidade de Aveiro; e coorientação do Doutor Adelino de Castro Oliveira Simões Gala, estagiário de pós-doutorado do Departamento de Comunicação e Arte (DeCA) da Universidade de Aveiro.
Mobilidade convergente: Abordagem sobre a prática e os estudos do jornalismo móvel
As transformações no jornalismo na última década evidenciam novas configurações no interior da prática no tocante à produção, ao consumo e às formas de distribuição de conteúdos jornalísticos. A convergência e a comunicação móvel estão entre as esferas desencadeadoras desses processos a partir da emergência de novos suportes, da reestrutura das redações e do uso mais intensivo de tecnologias móveis digitais com conexões sem fio tanto por repórteres para produção quanto pela audiência para o consumo em condições de mobilidade. O jornalismo móvel é uma das modalidades que emerge desse contexto. Analisar suas implicações, contradições e seus desafios é o objetivo central deste artigo.
Além do jornalismo móvel: o jornalismo ubíquo e o contexto de consumo de informação
O desenvolvimento do jornalismo e de suas características está diretamente ligado à evolução tecnológica de dispositivos que alteram suas instâncias de produção, distribuição e consumo. O exemplo mais recente de evolução e ruptura existentes neste processo vem dos dispositivos móveis digitais, como smartphones e tablets, atualmente adotadas por uma grande parte da população mundial tanto para comunicação interpessoal quanto para o consumo de informação. A partir deste cenário de mobilidade digital ampliada e reforçada aliada à ubiquidade, o trabalho propõe o conceito de jornalismo ubíquo (SALAVERRÍA, 2016) para se referir de forma mais adequada ao momento vivido e também explora possíveis características deste tipo de jornalismo. Estas características são observadas em exemplos de aplicativos de jornais brasileiros e internacionais a fim de que se possa trazer um panorama inicial do conceito de jornalismo ubíquo e suas características. Palavras-chave: Ubiquidade; dispositivos móveis digitais; jornalismo ubíquo. Introdução Os produtos jornalísticos vêm enfrentando uma série de transformações há pelo menos 20 anos, desde o surgimento da internet e consequente crescimento das tecnologias digitais de comunicação e informação. Com isso, as tipologias que buscam identificar diferentes tipos de jornalismo ganham força fazendo surgir diversas denominações para o jornalismo que é transformado pela rede e pelo desenvolvimento tecnológico: jornalismo digital, jornalismo online, webjornalismo, ciberjornalismo, jornalismo móvel, entre outros. Cada denominação carrega consigo especificidades ligadas ao meio a que se refere e também a características de produção e consumo. Nos últimos anos, temos visto um fortíssimo crescimento do que costumamos chamar de jornalismo móvel, aquele produzido com e para dispositivos como smartphones e tablets. Este crescimento é motivado pelo aumento na utilização destes artefatos, que já figuram entre as principais fontes de consumo de informação na atualidade. Sendo assim, acreditamos que a dimensão tomada por estes dispositivos na vida dos consumidores e a sua evolução rápida e constante torna necessária e visualização do jornalismo para além da mobilidade. Nosso argumento é que estamos entrando num movimento de ubiquidade do consumo de informação, fomentado, principalmente, por esse
Mobilidade e Inteligência Artificial: os Novos Caminhos do Jornalismo
2022
Esta obra resulta do 5o JDM – Congresso Internacional de Jornalismo e Dispositivos Móveis realizado em dezembro de 2021. Não se trata de um livro de atas, ma sim do resultado final de um longo trajeto que começou na chamada de trabalhos. Nessa ocasião, os autores enviaram um resumo alargado que foi avaliado de forma cega por dois revisores. Os trabalhos selecionados foram depois desenvolvidos pelos autores, tendo sido enviados a um relator da mesa em que foram apresentados para uma análise em grupo. Finalizado o congresso, os autores tiveram ainda oportunidade para reverem os textos na sequência desta discussão ocorrida durante a sessão. Chegou-se assim a esta versão final que está organizada em quatro capítulos.
Modernidade em movimento: jornalismo e tecnologias digitais
ALAIC - Revista Lationoamericana de Ciencias de la Comunicación, 2017
Neste artigo se reflete sobre aquilo que tem sido considerado crise na indústria jornalística – perda de influência na sociedade face a novas lógicas de consumo – a partir do estabelecimento do jornalismo como instituição da sociedade moderna, que passa por uma renovação de valores e de referências. Paralelamente, as tecnologias de informação e comunicação mostram e permitem formas alternativas de consumir e produzir conteúdo jornalístico de modo a alterar o universo midiático; este aspecto é entendido menos como causa do que como efeito do movimento sociocultural da modernidade.
A cultura da mobilidade e o consumo de notícias: uma análise das estratégias digitais mobile do jornal O Estado de São Paulo, 2017
Este trabalho monográfico aborda, em um primeiro momento, a alteração cultural e social provocada pela disseminação de smartphones, entendendo a contemporaneidade como um contexto onde uma nova dinâmica de comunicação surge. Isso leva por consequência a indústria jornalística a acompanhar o perfil cognitivo do consumidor de conteúdo, apostando nos dispositivos móveis como suporte e focando seu modelo de negócio em assinaturas digitais. No segundo nível, esmiuçamos a expertise adquirida do jornal O Estado de São Paulo na produção do jornalismo mobile. ________________________ This essay firstly discusses a cultural and social evolution caused by the daily dissemination of smartphones, understanding contemporaneity as a context where a new dynamic of communication emerges. This leads the journalistic industry to follow the consumer's cognitive profile, betting on mobile devices as platform and focusing their business model on digital subscriptions. In the second part, we explore the experience acquired by the newspaper O Estado de São Paulo in the production of mobile journalism.
Jornalismo móvel é o tema deste e-book da “Coleção Cibercultura /Lab404” da Editora da Universidade Federal da Bahia (Edufba). A edição explora o conceito, os casos ilustrativos, as controvérsias e outros aspectos relacionados ao termo no tratamento de sua origem, numa perspectiva histórica, e sua atualização para a cultura contemporânea por meio dos desdobramentos das tecnologias móveis digitais e das redes sociotécnicas vinculadas às mobilidades física e informacional. O jornalismo móvel é um assunto relevante para pensar questões metodológicas, conceituais e pragmáticas para o campo da comunicação e do jornalismo.
Jornalismo móvel em Portugal: Realidade ou ilusão?
Inteligência Artificial e Jornalismo Móvel: Contextos, tendências, práticas e perspetivas, 2024
A utilização massiva do smartphone e das redes WiFi no consumo de notícias trouxe novos desafios ao jornalismo. A alteração dos hábitos de consumo para o pequeno ecrã influenciou o modo como as pessoas recebem a informação, como interagem com ela e como a compreendem. Assim, por todo o mundo, a Internet tem-se estabelecido como o principal meio de consumo de notícias. Também em Portugal, a Internet é o meio de acesso a notícias que mais tem crescido nos últimos anos e, o smartphone ocupa um lugar de destaque nessa dieta mediática. Diante deste cenário, importa investigar de que forma os sites jornalísticos se estão a adaptar a esta tendência de consumo noticioso online e em pequeno ecrã. Como tal, este artigo propõe uma análise comparada dos sites dos jornais generalistas portugueses no mobile e no desktop. Os veículos estudados são: Correio da Manhã, Diário de Notícias, Expresso, Jornal de Notícias, I Online, Observador e Público. Os dados foram recolhidos através da ferramenta Lighthouse, que fornece os dados oficiais da Google. Os parâmetros analisados enquadram-se em quatro categorias: performance, acessibilidade, segurança e práticas SEO. A partir desses dados, pretendemos responder à seguinte questão de partida: quais as principais diferenças no desempenho dos jornais portugueses na versão mobile e na versão desktop?