Empresariado, reformas econômicas, custo Brasil e política social (original) (raw)
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Intervenção Social Do Empresariado e a Reforma Do Estado Brasileiro
Revista Augustus, 2018
O presente artigo pretende levantar o debate sobre a intervenção social do empresariado, através da entrada em cena do fenômeno da responsabilidade social no terreno empresarial, destacando três acontecimentos emblemáticos que marcam a emergência do fenômeno no Brasil: o Prêmio ECO[1] (1982), a fundação do Pensamento Nacional das Bases Empresariais (PNBE), em 1987, e do Grupo de Institutos e Fundações Empresariais (GIFE), em 1995. Partimos do pressuposto que estes programas abarcam uma proposta de ação social empresarial direcionada para um projeto hegemônico de sociedade, centrada no mercado, e que decorre da Reforma do Estado Brasileiro implementada na década de 1990. [1] Assim denominado pelo significado da palavra: ressonância, repetição de um som emitido, propagação ou disseminação de uma ideia.
Empresariado e Ditadura no Brasil
Livro "Empresariado e Ditadura no Brasil", 2020
O livro "Empresariado e Ditadura no Brasil" é uma coletânea de textos organizada por Pedro Henrique Pedreira Campos, Rafael Vaz da Motta Brandão e Renato Luis do Couto Neto e Lemos que reúne 21 artigos de 19 diferentes autores sobre diferentes aspectos da atuação empresarial durante a ditadura brasileira. A obra é fruto de um evento nacional realizado no ano de 2018 que ocorreu na UFRJ, FGV, UFRRJ e Uerj.
Empresariado e partidos no processo eleitoral brasileiro
Em Debate (UFMG), ano 7, nº 3, 2015
O presente artigo aborda a complexa relação entre dinheiro e política no País. Partindo do pressuposto de que as empresas possuem papel relevante no processo eleitoral e que representaria um grande desafio a simples proibição de doações de pessoas jurídicas, argumenta-se que a concentração de recursos por parte de poucas empresas confere uma margem estratégica de distribuição de recursos sem paralelo com outras fontes de financiamento, como os partidos e pessoa física. Este fato seria um problema para a democracia brasileira. Por fim, é discutida a maior capacidade dos partidos em atrair recursos empresariais, o que incidiria sobre a ampliação de seu papel na arena eleitoral.
EMPRESARIADO, INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS E REFORMA POLÍTICA
Recebido em 1º de maio de 2007. Aprovado em 1º de junho de 2007. Este texto analisa como os presidentes de 40 entidades de representação do empresariado brasileiro avaliavam o funcionamento das instituições democráticas e a perspectiva da reforma política, entre os anos de 2004 e 2005. Os dados foram agregados de duas formas: de um lado, o conjunto das entidades e, de outro, pela natureza da entidade (sindical ou associativa), pelo setor (indústria, comércio, agricultura, finanças etc.) e pela localização ou abrangência (entidades estaduais, discriminadas pelas regiões, e nacionais). Os objetivos são, por um lado, defender a importância da mobilização deste tipo de variável na análise das características do empresariado e de sua ação política e, por outro lado, verificar o grau de homogeneidade das opiniões e posturas frente aos seguintes aspectos: o grau de adesão e a opinião acerca da democracia enquanto regime político; a avaliação das instituições democráticas em funcionamento; a atribuição de importância política aos grupos sociais e às instituições políticas; a visão a respeito da ação política dos empresários frente aos poderes constituídos; por fim, a posição frente à reforma política. Com isso, pretendemos estabelecer elementos para futuras análises dos padrões de ação política dos empresários face à questão das instituições políticas e do futuro da democracia no Brasil. PALAVRAS-CHAVE: empresariado; reforma política; corporativismo; democracia.
Abertura econômica, empresariado e política: os planos doméstico e internacional
2006
A década de 1990 trouxe consigo uma mudança profunda no ambiente em que o empresariado atuava no Brasil. A causa fundamental dessa mudança foi a inflexão liberal na política de estabilização econômica do país, cuja implementação remonta ao início do governo Collor (1990), e que teve como objetivo enfrentar a crise que assolou o Brasil desde o começo da década de 1980 até a primeira metade da década de 1990, crise cujo sintoma mais notável foi a inflação descontrolada 1 .
Crise do capital, neoconservadorismo e Serviço Social no Brasil: apontamentos para o debate
Em Pauta: Teoria Social e Realidade Contemporânea, 2015
Resumo -O artigo apresentado oferece apontamentos críticos para o debate sobre as expressões do neoconservadorismo no Serviço Social brasileiro no atual estágio de acumulação do capital. O texto, inspirado no ponto de vista da totalidade, radicalmente histórico e vinculado às condições impostas por determinada historicidade (Marx-Lukács), indica tendências teórico-práticas atuais no campo particular do Serviço Social. Faz isto certamente sem qualquer traço endógeno e abstrato, ressaltando a reconstrução mental de uma dinâmica contida no movimento da própria realidade. Analisar como essa profissão e os assistentes sociais estão se inserindo nessa complexidade materialmente posta, historicamente vinculada à sua gênese como profissão, é condição básica para reafirmar sua inserção crítico-propositiva nessa realidade.