OS CONTRARREVOLUCIONÁRI- OS DE 1817 E SUAS APROPRI- AÇÕES DA HISTÓRIA: Luiz Carlos “Os perigos das Revoluções” - DOSSIÊ LIVROS, BIBLIOTECA E INTELECTUAIS NO MUNDO IBERO-AMERICANO (SÉCULOS XVI AO XX (original) (raw)
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Os contrarrevolucionários de 1817 e suas apropriações da história: “Os perigos das Revoluções”
História (São Paulo), 2018
RESUMO Este artigo tem por objeto as apropriações da história feitas pelos que se opuseram à Revolução Pernambucana de 1817. Parte das diferentes noções de história e dos tipos de experiências históricas então correntes no mundo luso-brasileiro, para analisar os personagens, fatos, períodos etc. da história profana e sagrada apropriados pelos contrarrevolucionários ou realistas em suas análises sobre a Revolução de 1817. Identifica uma linguagem (conceitos, procedimentos analíticos e até mesmo princípios) claramente inspirada pelas Luzes e, ao mesmo tempo, uma defesa da monarquia de Bragança, calcadas nas ideias de fidelidade à realeza e de honra dos vassalos.
História: Questões & Debates, 2022
O artigo analisa os discursos elaborados em torno do filme Os Inconfidentes, do cineasta Joaquim Pedro de Andrade. Lançada no Brasil em 1972, a película trata do episódio da chamada Inconfidência Mineira, de 1788-89, problematizando o papel dos intelectuais diante do fracasso do projeto revolucionário, bem como da iminência da prisão e da crueldade do julgamento. A proposta é considerar o filme tendo em vista dois aspectos: primeiro as formas a partir das quais o cineasta retoma a revolução fracassada do século XVIII para compreender o seu próprio tempo. Em seguida, pretendo observar como o filme dialogava com e divergia do contexto mais amplo da ditadura em 1972, ano marcado pelas comemorações do Sesquicentenário da Independência do Brasil.
O presente artigo tem como objetivo analisar o papel dos jesuítas na censura aos impressos em Portugal, no século XVII. Por meio da legislação do período, publicada na Collecção Chronologica da Legislação Portugueza, que regimentara a circulação e a produção dos impressos e de cartas jesuíticas, buscou-se discutir os interesses e as negociações para a publicação de livros, procurando aproximar do mundo do papel. Através das cartas, os padres da Companhia de Jesus relatavam os problemas enfrentados na publicação dos seus livros, as censuras aos seus textos, as alterações nas impressões, como também seus pareceres acerca das obras de outros religiosos.
A CIRCULAÇÃO DOS IMPRESSOS NO BRASIL DO SÉCULO XIX (ATORES DO MUNDO DOS LIVROS)
Revista Olho d'Água, 2021
Este artigo apresenta alguns dos atores sociais e institucionais mais importantes para o desenvolvimento das atividades de impressão e de edição no Brasil do século XIX, assim como narra a expansão do comércio livreiro à mesma época. Nesse século, deu-se a expansão e tentativa de internacionalização da produção literária do país, por meio da diversificação dos tipos de texto produzidos, das formas de divulgação e propagação desses textos, assim como de sua produção e recepção. A circulação de impressos e de pessoas entre a Europa e América, somada a práticas culturais e comerciais da época, constituem-se em elementos fundamentais do processo em que se inscreveu tal transformação cultural. Destacam-se, nesse contexto, os passos do livreiro e editor Baptiste-Louis Garnier.
Literatura Revolucionária no Brasil
Revista do Livro da Biblioteca Nacional, 2015
Na esteira dos 50 anos do Golpe Militar de 1964, a autora reflete sobre a produção editorial ligada à cultura comunista no século XX no Brasil, a repressão sofrida e o poder do livro
RESUMO Este artigo percorre os escritos do livreiro e impressor francês radicado em Lisboa, Francisco Rolland, que escrevia paratextos para suas edições, na forma de prefácio, avisos ao leitor e notícias, nas quais elabora padrões discursivos relativos às questões fundamentais do mercado de livros português do fim do século XVIII: a utilidade, a necessidade, a instrução e o serviço ao império. Simultaneamente, Rolland era um comerciante hábil e perceptivo, que sabia circular entre os letrados portugueses, buscando antecipar gostos e demandas livreiras, ao mesmo tempo que se via às voltas com os mecanismos de censura para publicar e circular seus livros. Este estudo tenta compreender a atuação deste agente do livro, no contexto mais complexo da ilustração lusitana. ABSTRACT This article browses the writings of French bookseller and printer stablished in Lisbon, Francisco Rolland, who wrote paratexts in 1 Pesquisa realizada com recursos da CAPES e CNPq. * Doutor em História (1998) pela Universidade Federal do Paraná. Professor associado da Universidade Estadual de Ponta Grossa e bolsista produtividade da Fundação Araucária.