THE CONFLICT OF SOCIAL LIFE AND CULTURAL FORMS: SIMMEL'S THEORY OF " QUALITATIVE SOCIETAL DIFFERENTIATION " (original) (raw)
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Este comentário se atém a três pontos que podem ser destacados na obra de Georg Simmel, tal como esta se desenvolve em seus textos sobre o dinheiro, a cultura e a vida moderna. A primeira parte busca reconstruir os argumentos do autor relativos aos nexos entre o desenvolvimento da economia monetária e a emergência da modernidade como época histórica específica. Trata-se de indicar, inicialmente, as linhas mestras da sociologia simmeliana da modernidade: são assim retraçadas, a partir da consideração de propriedades do dinheiro em suas consequências para as relações sociais, certas características definidoras da ordem social moderna. Com isso, estabelecem-se as bases para a compreensão, em seguida, dos argumentos de Simmel sobre os efeitos psicológicos do dinheiro numa economia monetária desenvolvida. Na segunda parte, são objeto de análise os ensaios, publicados ao longo da década de 1890, em que Simmel tematizou o sentido social e psicológico de certos fenômenos de sua época ligados ao âmbito das diversões, do lazer, do entretenimento e da experiência estética. Finalmente, a terceira parte dedica-se a reconstruir, de uma perspectiva mais abrangente, três modelos gerais de compreensão e crítica da cultura moderna reconhecíveis na obra simmeliana de 1889 a 1918, dos quais os textos da coletânea, assim como os tópicos discutidos nas duas primeiras seções deste posfácio, extraem suas categorias fundamentais.
___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ Quando se considera a transvaloração das relações entre o órgão e o instrumento como um todo, se percebe o espírito da civilização não como um avanço, mas como um decair no desenvolvimento da humanidade. Ele apresenta domínio dos fracos sobre os fortes, dos espertos sobre os nobres, das meras quantidades sobre as qualidades. Ele se testemunha como decadência, à medida que aponta por toda parte o sentido de um relaxamento das forças centrais e dirigentes no homem, das forças que o impelem contra a anarquia de suas inclinações mecânicas: um esquecimento dos fins e uma idolatria aos meios. Exatamente isto é uma decadência! Max Scheler * Doutorando em Filosofia-PUCRS. Contato: f_pures@terra.com.br RESUMO: O presente ensaio busca apresentar considerações sobre a formação de uma filosofia da cultura e da formação de valores em Max Scheler, através de suas concepções de formação do saber. O conseqüente potencial de formação cultural desse processo poderia ser consolidado pela edificação de valores, que, segundo Scheler, estariam registrados num ser profundo, ainda que adormecidos na mente e latentes na consciência do indivíduo. PALAVRAS-CHAVE: Max Scheler. Cultura. Valores. Conhecimento.
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A TEORIA DOS COMPLEXOS CULTURAIS: UMA PERSPECTIVA JUNGUIANA DO SOCIAL
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