Talvanes Eugênio Maceno EDUCAÇÃO E REPRODUÇÃO SOCIAL A perspectiva da crítica marxista (original) (raw)

Educação política em Freire e a crítica marxista

Crítica Revolucionária

Este ensaio tem como objetivo refletir sobre a educação política freireana e a crítica marxista tentando delinear os caminhos de seus encontros teóricos resgatando seus aspectos históricos. Para isso, utilizou-se da perspectiva do materialismo histórico-dialético para ensaiar de que forma a educação política é pautada e quais os elementos marxistas foram fundamentais na construção da história da educação para a luta dos trabalhadores. O encontro dos elementos marxianos e freireanos apontam para a necessidade de um projeto político-pedagógico crítico, no esforço de (re)colocar os trabalhadores enquanto constituintes de sua própria práxis. Ao aprofundar a busca pelo espaço da educação política crítica, o pensamento freireano resgata elementos importantes do método dialético, contudo, se readapta às influências da conjuntura local da América Latina, ressignificando as premissas fundamentais da luta. Destaca-se a necessidade da crítica ao capitalismo, pois sem ela não se configura, nece...

Crítica do valor e dominação social em Moishe Postone: prolegômenos para repensar a crítica da economia política de Karl Marx

Revista Em Pauta, 2016

Resumo-Este artigo objetiva propor alguns elementos para se repensar a crítica da economia política de Marx frente à atual formatação do capitalismo. Nesse percurso, analisamos as contribuições de Moishe Postone em seu livro Tempo, trabalho e dominação social, de 1993, em conexão com os escritos maduros de Marx, reconstruindo a crítica das formas sociais capitalistas (mercadoria, valor, trabalho em seu duplo caráter, capital) e apontando a necessidade urgente de supressão histórica dessas categorias. Palavras-chave: crítica da economia política; crítica do valor; dominação social.

Em busca da formação social brasileira: marxismo e vida acadêmica

The text discuss the articulation between the nationaldevelopmentism found in the cultural output of the decade of 1950 and the lineup, essentially academic and scientific, proposed by the so-called “school of sociology uspiana”, under the command of Florestan Fernandes. Despite the apparent incongruity of the two propositions, the article intends to show that, in the situation of ideological and political radicalization that took place in the period, and because of the reading of Marx employed by the disciples of Fernandes, a displacement of that group for a position of left could happen, what has made it’s discussion closer to the hegemonic subjects of that time. KEYWORDS: National-developmentism. Marxism. Academic life.

Crítica e contradição. Qual herança marxista?

Em Trabalho e Reflexão e Certa Herançaa marxista a reflexão de José Arthur Giannotti sobre a racionalidade do capitalismo contemporâneo o força a avançar em relação às categorias elaboradas originalmente por Marx. O artigo avalia criticamente as implicações da nova caracterização da dialética da sociabilidade capitalista oferecida por Giannotti para a sobrevida de uma herança marxista que procura manter a crítica imanente de Marx à positividade do capital.

Educar e ensinar na pedagogia marxista: a formação da segunda natureza

Revista HISTEDBR On-line, 2012

O objetivo deste artigo é apresentar algumas contribuições da pedagogia marxista para a explicação do problema da “falta de limites” dos alunos da educação básica. Analisa que a falta de limites não é uma decorrência da natureza humana; ao contrário, mostra que não há uma natureza humana, fixa, eterna. O homem não nasce homem, torna-se homem e seu ser é uma formação histórica, produzida pelo trabalho e educação. Para formar o aluno concreto há a necessidade de um processo educativo que tem, na formação para o trabalho concreto, sua centralidade. Educar é um aprendizado que requer, na primeira fase de desenvolvimento da criança, a disciplina externa para a formação dos hábitos que, uma vez fixados, constituirão a segunda natureza. A partir desse processo, na segunda fase, passa-se do automatismo à liberdade, resultando numa disciplina interna em que “autodisciplina intelectual e autonomia moral” formam o caráter. Por fim, mostra que ensino é educação, explicitando aí a concepção ma...

Reseña de libro Schlesener, A. H.; Masson, G.; Subtil, M. J. D. (Orgs.). Marxismo(s) e educação. Ponta Grossa: Editora UEPG, 2016. 270 p.

Revista de Estudios Teóricos y Epistemológicos en Política Educativa, 2017

Contribuições do marxismo para a análise da educação em tempos de desmonte conservador A doutrina do materialismo histórico é a organização crítica do saber sobre as necessidades históricas que dão substância ao processo de desenvolvimento da sociedade humana; não é a afirmação de uma lei natural, que se realizaria " absolutamente " , para além do espírito humano. É autoconsciência que estimula a ação, não ciência natural que esgota seus objetivos na apreensão do verdadeiro. (GRAMSCI, 1919) 270 páginas, organizadas em 3 partes e 11 capítulos de autoria de pesquisadores que têm um compromisso, não apenas de pesquisa mas de vida, vinculado aos pressupostos do campo marxiano e marxista. O conjunto de autores que se responsabilizaram em trazer à tona questões relacionadas à educação atual, evidenciando suas contradições no contexto da sociedade capitalista pode ser caracterizado como diverso e ao mesmo tempo único. Diverso por estarem ligados institucionalmente a diferentes instituições de ensino superior e beberem de diferentes fontes marxistas, mas também único por expressarem magistralmente como o referencial teórico que dá sustentação à obra orienta suas análises e suas posturas individuais frente à realidade vivida na atual forma de sociabilidade. O conjunto da obra ultrapassa a reunião de artigos e se caracteriza como produção coletiva que tem um fio condutor bastante claro e comprometido em demonstrar como o pensamento de Marx e Engels e seus interlocutores contribuem não apenas para compreender a sociedade capitalista, mas para vislumbrar outra forma de organização social, na qual não exista a exploração do homem pelo homem e o indivíduo singular possa realmente ser parte da generidade humana. A seriedade e rigorosidade, conceitual em sentido estrito e teórica em sentido amplo, expressa em cada capítulo, oferece contribuição sui generis para estudiosos e pesquisadores que têm o objetivo de compreender a lógica capitalista destrutiva em curso e seus reflexos no campo educacional. Nesse sentido, e considerando o movimento global que classifica o pensamento

A categoria marxista conteúdo e forma na leitura literária

Revista ibero-americana de estudos em educação, 2017

RESUMO: Este estudo analisa a obra Noite na taverna, de Álvares de Azevedo, em adaptação publicada em 2013. O objetivo da pesquisa foi o de perceber a relação da categoria marxista conteúdo e forma presente na obra. Para o desenvolvimento do trabalho, utilizou-se a metodologia de pesquisa bibliográfica com abordagem críticodialética. A análise permite afirmar que a relação conteúdo e forma são elementos indissociáveis em uma obra literária e favoráveis para o desenvolvimento da formação de futuros leitores. PALAVRAS-CHAVE: Obra literária. Conteúdo e forma. Leitura literária. Categoria marxista.

O desafio da formação do educador na perspectiva do marxismo

Revista HISTEDBR On-line, 2012

Como o próprio título indica, este artigo trata da formação do educador na perspectiva marxista, que se significa compreender o educador como inserido na sociedade, fazendo parte da totalidade, sujeito às contradições e antagonismos sociais, próprios da realidade em que se encontra inserido. Apesar de se ocupar de um tema aparentemente batido, procura trazer para a discussão elementos que ainda não foram suficientemente considerados acerca da temática em questão. Para isso, tomando um significativo distanciamento metodológico, aos poucos, procura ir desvelando e fugindo das aparências, buscando a essência da problemática da formação de professores. A temática proposta para esta discussão, por um lado, remete para a problemática da formação do professor, para o como e de que forma o educador está sendo formado e, por outro, para o como e de que forma deve ser preparado para educar.

Educação: a crítica leninista

Revista HISTEDBR On-line, 2012

Trata o presente trabalho de criteriosa e rigorosa análise e inspeção da educação brasileira no âmbito das universidades públicas, a partir do estudo da obra Lenin que deixou ao passo com suas obras econômicas e políticas, obras filosóficas de primeiro plano. Lenin argüiu que o primado do capital sobre o trabalho continuaria caso a luta de classes permanecesse latente ou apenas revelando-se esporádicas, espontâneas. O caráter complexo e singular da intensificação da luta ideológica após a débâcle do Leste Europeu reavivou meu interesse pelo resgate da obra de Lenin por entendê-la um incontornável contributo ao marxismo e à crítica da educação na cidade do capital. Sem embargo, a obra leniniana é um alento teórico crítico e revolucionário à construção de uma prática revolucionária direcionada para a construção de uma nova sociedade despojada das contradições imanentes ao modo capitalista de produção da existência.