Maioria Absoluta: onde há poder, há resistências (original) (raw)
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New Covenant Publications International Ltd, 2020
O imperador César Marco Aurélio Antonino Pio Félix Augusto, o mais honrado sacerdote do deus não conquistado Sol Elagabalo, Pontifice Maximo, em seu quarto poder tribuniciano, três vezes cônsul, pai da pátria, filho do deificado Antonino, neto do deificado Severo, E Marcus Aurelius Alexander, o mais nobre César, parceiro no império e no sacerdócio restaurou este edifício, desmoronou com a idade (221 D.C.) Palavras-chave: césar augusto, império romano, leis romanas, história romana, história europeia, perseguições cristãs, tirania, monarquia, autocracia, biografia, ditadura, hegemonia, totalitarismo, governo, poder, política, democracia, justiça social, justiça, direito e justiça, anfiteatro,
Poder e potência em Deleuze: forças e resistência
RESUMO: Este artigo tem como objetivo conhecer as concepções desenvolvidas sobre o poder na obra do filósofo Gilles Deleuze, para discutir suas perspectivas, com quais enunciados opera e se cria um modelo sobre o poder. Realizamos uma revisão bibliográfica em toda a sua obra, que denominamos cartografia bibliográfica. Constatamos que, para Deleuze, há uma " trindade do poder " em Nietzsche, Espinosa e Foucault. Nietzsche traz um modelo dinâmico entre forças ativas e reativas. Espinosa fornece a discussão da potência articulada aos afetos. Foucault traz uma concepção original sobre o poder como prática, relação e estratégia, e propõe um terceiro vetor, chamado de poder de resistir. Concluímos que é possível extrair um dualismo sobre o poder na obra de Deleuze, numa divisão entre poder e potência. ABSTRACT: The purpose of this paper is to know the conceptions about power in the work of the philosopher Gilles Deleuze, to discuss his perspective, statements and if he creates a model of the power. We conducted a literature review in all his work, which we called of bibliographical cartography. In the work of Deleuze there's a " trinity of power " : Nietzsche, Espinosa and Foucault. Nietzsche brings a dynamic model between active and reactive forces. Espinosa provides the discussion of the power articulated to the affections. Foucault brings an original conception of power as practice, relationship and strategy. Foucault proposes a third vector called power to resist. We conclude that is possible to extract a dualism about the power in Deleuze's work, in a division between power and potency. A temática do poder ocupa centralidade nos estudos das Ciências Humanas, bem como na Filosofia. Este tema aparece muitas vezes ao longo da obra do filósofo Gilles Deleuze, tomando mais força quando este comenta a obra de seu contemporâneo Michel Foucault. Constata-se que a obra foucaultiana assume importância central para suas reflexões sobre o poder. Todavia, tal temática é encontrada desde os primórdios de sua extensa produção, como no livro Nietzsche e a Filosofia (DELEUZE, 1976 [1962]).
Micropolítica da pirraça, ou por que resistência não é uma noção obsoleta
2018
Suzane de Alencar Vieira Micropolítica da pirraça, ou por que resistência não é uma noção obsoleta Resistência é uma palavra ativada, muitas vezes, para evocar lutas políticas. Mas quando esse mesmo termo passa para a escrita acadêmica, "resistência" parece uma palavra em desuso, como uma daquelas categorias encostadas, empoeiradas pelo tempo juntamente a outras antiguidades conceituais como revolução, subversão, sublevação etc. Será que a noção de resistência se tornou um daqueles casos de conceitos politicamente progressistas, mas teoricamente obsoletos? O objetivo deste artigo é repotencializar a noção a partir da ação de outra forma de criatividade política capaz de deslocar consensos estabelecidos da análise e da prática política: uma teoria política quilombola. As páginas seguintes apresentam alguns aspectos de uma teoria etnográfica da resistência a partir da luta dos quilombolas das comunidades rurais do Alto Sertão de Caetité,215 no sudoeste baiano. Essa teoria etnográfica procura deixar que eles inventem para nós novos sentidos de "resistência" e nos levem a aprender com eles a rir de nossos próprios consensos. Mas não se trata de um riso de escárnio ou ceticismo, mas um riso que muda a distribuição de afetos e o campo perceptivo, faz-nos pensar de outro modo e faz importar outras relações que não passam pela forma-Estado de convencionalização política. Até o século XVI, relata Foucault (2005), muitas sociedades na Europa eram sociedades guerreiras e pensavam o socius como uma guerra, como um jogo de estratégias. Era essa a imagem da política e das relações sociais. Esse pensamento guerreiro foi solapado pela centralização política e pela teoria política subsequente. 215 Caetité localiza-se na encosta da Serra do Espinhaço em uma região conhecida como Serra Geral. O município situa-se na faixa do semiárido baiano com áreas de elevadas altitudes.
A práxis da resistência e a hegemonia da organização
Organizações & Sociedade, 2008
Resumo ste texto tem dois objetivos: o primeiro é prosseguir em um esforço coletivo de enfrentamento dos procedimentos de exclusão que marcam o campo dos estudos organizacionais. Ao tomar como tema de pesquisa os movimentos sociais, assumimos os riscos de 'rechaço' e 'isolamento', constantemente rememorados pelo 'silêncio da razão'. O segundo propósito é contribuir para tornar visível parte da multiplicidade de mundos organizacionais negada pela hegemonia da organização. O termo hegemonia se refere, aqui, a um alinhamento do discurso político que produz um significado social específico: a definição de organização a partir de um enfoque sistêmico estrutural como objeto formalizado. Para que possamos nos envolver nessa tarefa, precisamos nos expor a outras possibilidades: tanto aquelas já presentes em nosso campo disciplinar e que adotam uma abordagem processual do organizar, quanto por fertilização a partir do engajamento com outros campos disciplinares. Nesse sentido, fazemos uma breve revisão teórica sobre o tema da resistência no que se refere à apropriação do conhecimento, e registramos algumas produções feitas por acadêmicos ativistas ou por ativistas sem inserção na academia, ambos construindo conhecimento na sua práxis de intelectuais orgânicos.
Biopoder e resistência: a (bio)potência da multidão
Revista Brasileira de Sociologia do Direito , 2018
O artigo tem por objetivo central promover uma reflexão sobre o papel da biopolítica e do biopoder no mundo atual, buscando analisar como eles atuam sobre as sociedades, construindo mecanismos capazes de influenciar de forma direta a maneira como os indivíduos convivem e, da mesma forma, como eles instigam a busca de novos rumos sociais construídos através da potência de uma “multidão”. O problema que orienta a pesquisa pode ser assim sintetizado: em que medida o direito de resistência encontra, na (bio)potência da multidão contemporânea, mecanismos para o enfrentamento às investidas do biopoder? O texto encontra-se articulado em três seções – as quais representam, respectivamente, os seus objetivos específicos: na primeira, busca-se abordar conceitualmente biopolítica, biopoder e resistência; na segunda seção, procura-se evidenciar como as categorias anunciadas na primeira seção encontram-se imbricadas nos processos econômicos da contemporaneidade; na terceira seção, o texto volta-se para o conceito de “multidão”, a fim de apresentá-lo como condição de possibilidade para o exercício do direito de resistência. O método de pesquisa empregado é o dedutivo.
Lutas de resistência, multipartidarismo
Síntese: Revista de Filosofia
O trabalho parte da análise das relações entre governamentalidade e lutas de resistência, procurando saber se ainda é possível entender o papel das lutas agonísticas e das lutas libertárias no mundo democrático atual, gerido por uma máquina burocrática que teria por função a regulação e controle da vida social. Por outro lado, o que seria democracia em países periféricos como os que estão situados nas Américas? Como seria o caso do Brasil? Na continuação, o trabalho faz uma incursão sobre o papel dos pequenos partidos, ditos partidos periféricos, no tempo presente, procurando ver neles potencial político criativo e inovador. No caso do Brasil, assim como na Europa, os pequenos partidos parecem ter um papel inovador e surpreendente, contradizendo teorias e analistas políticos, mobilizando setores sociais antes sem visibilidade.
MEMOIRS NEWSLETTER #114, 2020
Os campos de tensão social não desapareceram durante o período de confinamento na pandemia do coronavírus de 2020. Embora o espaço público estivesse de alguma maneira condenado aos encontros e mobilizações, atos de racismo e violência policial ativaram as manifestações do Black Lives Matter, ultrapassando as fronteiras norte-americanas com demonstrações de solidariedade em diversos países como França, Brasil e Portugal, onde ocorre sistematicamente o mesmo tipo de crimes contra a população não-branca.
As resistências ao poder em Michel Foucault
Trans/Form/Ação, 2001
Ainda pouco estudada, a última fase do pensamento de Michel Foucault traz contribuições inegáveis ao debate ético e político de nossa época, sobretudo por enfatizar o papel do indivíduo e das coletividades nas lutas de transformação das estruturas de poder ora vigentes. Os modos de ser das lutas de resistência, sua importância no quadro referencial do último Foucault, revelam uma dimensão política antes insuspeitada em sua obra. Essa dimensão, para além da analítica do poder, concede aos pequenos e múltiplos movimentos de contestação papel importante e decisivo para o futuro da vida sociopolítica, fora do quadro programático dos partidos políticos estabelecidos e das formas de ação instituídas. O que nos leva a retomar, a partir de novos referenciais teóricos, a discussão sobre o potencial revolucionário ainda possível da atualidade.