A ORDEM DO DISCURSO E SUAS RELAÇÕES COM O PODER: VERTIGEM E QUEBRA DE CERTEZAS (original) (raw)

DISCURSO DE ÓDIO E AS RELAÇÕES DE PODER EM PIERRE BOURDIEU

Métodos de Pesquisa Aplicados ao Direito: Um pressuposto epistemiológico necessário, 2017

RESUMO: O presente artigo aplica o método de Pierre Bourdieu e suas categorias de análise na realidade nos discursos de ódio. Justifica-se a escolha de Bourdie em razão dos discursos de ódio serem falas de poder e de uma relação entre dominados e dominantes, que pretende a manutenção da mesma estrutura social nos mais diversos campos. Conclui-se que o poder dos discursos de ódio será maior quanto mais poder e legitimidade tiver aquele que fala. Depreende-se ainda que alguns discursos discriminatórios serão mais tolerados quando advindos daqueles que tem poder no campo em que o discurso é proferido. Por fim, é possível compreender que o próprio combate aos discursos de ódio deve-se voltar a uma distribuição mais razoável de capital, sob pena, de determinadas falas sempre encontrarem aceitação no campo do poder, na medida em que advém dos dominantes. PALAVRAS-CHAVES: discursos de ódio; relações de poder; poder simbólico; distribuição do capital. ABSTRACT: This Article applies Pierre Bourdieu's method and its categories of analysis of reality in hate speech. Justified the choice because of hate speech are power speeches and a relationship between dominant and dominated, that want to maintain the same social structure in various fields. We conclude that the power of hate speech will be higher the more power and legitimacy have one who speaks. It is clear from even some discriminatory speeches will be more tolerated when arising from those who have power in the field in which the speech is delivered. Finally, it is possible to understand that the very fight against hate speech should return to a more reasonable distribution of capital, under penalty of certain speeches always find acceptance in the field of power, in that it stems from the ruling.

DISCURSO E PRÁTICAS VERDES

Subtrópicos, 10, 6-7 (2014), 2014

Nesta entrevista discute-se a natureza holística da Química Verde e a necessidade de métricas holísticas para avaliação da verdura química.

MATÉRIA VERTENTE: VERBO E DISCURSO

Literatura e Vida, v. 4, 2019

A teoria da literatura, como disciplina acadêmica institucionalizada, constitui-se originariamente como um projeto de unificação. Assim, considera-se como seu marco inaugural o tratado que lhe conferiu o nome – Teoria da literatura –, de René Wellek (1903-1995) e Austin Warren (1889-1986), publicado em 1949. Neste volume, o quarto da série, Matéria Vertente: Verbo e Discurso, temos dez capítulos, oriundos de palestras e conferências ocorridas no 11o Seminário do GPLV, realizado em maio de 2019 no Câmpus Gragoatá da Universidade Federal Fluminense, em Niterói, com apoio da CAPES. São doze autores, de oito diferentes instituições. Artigos de: André Dias (UFF); Aurora Cardoso de Quadros (UNIMONTES); Claudete Daflon (UFF); Felipe Dartagan Maropo Teixeira de Castro (CPAN / UFMS); Frederico Van Erven Cabala (PG-UFF); Maria Fernando Gárbero (UFRR; UFMG); Mariana Percovich (Directora General de Cultura de la Intendencia de Montevideo); Roberto Acídelo (UERJ); Ronaldo Vinagre Franjotti (SED-MS); Stefania Chiarelli (UFF); Taís Turaça Arantes (PG-UERJ); Victor Hugo Adler Pereira (UERJ, emérito). Organizado por Rauer Ribeiro Rodrigues (CPAN / UFMS); Natália Tano Portela (PG-CPTL / UFMS); e André Dias (UFF). Apresentação: Rauer Ribeiro Rodrigues (UFMS). ISBN: 978-65-80910-04-5 Mais informações sobre o livro em https://editorapangeia.com.br/product/materia-vertente-verbo-e-discurso-livro-e-pdf/.

OS SERTÕES: DISCURSO, VERDADE E PODER

O artigo se propõe a interpretar a construção do discurso do verdadeiro no acontecimento a Guerra de Canudos, a partir da obra Os sertões, de Euclides da Cunha. Para enriquecer a pesquisa, as reportagens escritas por Cunha, enquanto correspondente pelo jornal O Estado de São Paulo, também serão analisadas. Utilizamos ao longo do texto a expressão " efeitos de verdade " , que é uma expressão do filósofo francês Michel Foucault que diz respeito aos discursos não serem em si nem falsos nem verdadeiros. Em Os sertões, os efeitos de verdade surgem através das relações estratégicas e de poder entre a igreja católica, os senhores das terras, os políticos e um Brasil do litoral desconhecedor do Brasil dos sertões, no acontecimento a Guerra de Canudos.

O DISCURSO COMO ESTRATÉGIA DE PODER DA GAZETA MERCANTIL

A Gazeta Mercantil tem como objetivo ser a principal empresa de informação de economia e negócios do Brasil e de toda a América Latina, tanto pelo volume e qualidade dessas informações como pela sua isenção, credibilidade e confiabilidade." A afirmativa acima descrita é a primeira de um rol de princípios editoriais estabelecidos pelo Conselho Editorial do diário econômico da família Levy -que completou em abril último 83 anos de circulação no país. Eles constituem o Manual da Gazeta Mercantil (2000), que é divido em três partes: Princípios Editoriais, Normas Gerais de Redação e Princípios de Comportamento.

PUNIÇÃO, DISCURSO E PODER: TEXTOS REUNIDOS

Minha tese de Livre Docência, defendida na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo em agosto de 2013, apresenta textos que foram publicados anteriormente como artigos em revistas especializadas ou como capítulos em coletâneas da área, bem como alguns excertos como reflexões inéditas. A primeira parte da tese reúne trabalhos que caracterizam e problematizam o percurso intelectual do filósofo Michel Foucault (1926-1984), explorando, também, aspectos de suas análises históricas e elaborações conceituais. A segunda parte, por sua vez, apresenta trabalhos de investigação ou de reflexão voltados para um escopo histórico mais amplo. Busca-se empregar a pesquisa histórica, juntamente com a análise sociológica de forma a descortinar as condições de existência de práticas contemporâneas no âmbito da punição e das instituições de controle social no Brasil. Finalmente, na terceira parte, são discutidos temas contemporâneos que desdobram as questões teóricas e a perspectiva de investigação anteriormente caracterizadas. Tal como permitido no edital de Livre Docência, alguns textos foram elaborados em co-autoria e os créditos estão indicados ao longo do trabalho.

DISCURSO JURÍDICO E RELAÇÕES DE PODER: GESTÃO DE FACES E DE LUGARES

Resumo: Este artigo tem por objetivo estudar como os interactantes, envolvidos em casos de violência conjugal, constroem e gerenciam relações de faces e de lugares, quando são interrogados no âmbito da instituição jurídica. Adotamos o Modelo de Análise Modular do Discurso por se constituir em um instrumento de análise que considera que uma abordagem eficaz da complexidade discursiva, a qual envolve a gestão de faces e de lugares, deve levar em conta as informações provenientes de diferentes módulos e formas de organização. Os textos selecionados para este estudo são dois Autos de Prisão em Flagrante Delito (APFD), do acusado e da vítima, sobre violência conjugal e se encontram registrados no cartório da 11ª Vara Criminal de Vitória Especializada em Violência Doméstica e Familiar contra a mulher. Os resultados das análises apontam para a importância de estudos voltados para os gêneros produzidos no domínio jurídico e como esses textos permitem reconhecer que, no funcionamento discursivo, onde são coordenadas as relações de faces e de lugares, evidenciam-se relações de poder. Palavras-chave: Modelo de Análise Modular. Gestão de faces e de lugares. Relações de poder. Violência contra a mulher. Abstract: This article aims at presenting a study on how interactants involved in conjugal violence cases construct and manage face and place relations, when they are interrogated within legal institutions. We adopted the Geneva Model of Discourse Analysis for supporting our proposal, since it constitutes an effective approach to the complexity of discourse organization, which involves face and place management, which should take into account the different information emanating from modules and organization forms. The selected texts for this study were two testimony terms about conjugal violence registered at the 11ª Criminal Division Court of Victoria Specialized in Domestic and Family Violence against women. The analysis results point to the relevance of studies focused on genres produced in the legal field, showing how such texts allow ways of recognizing discursive operations, where face and place relations are coordinated, evidencing power relations. Keywords: Geneva Model of Discourse Analysis. Management of face and place relations. Power relations. Violence against women.

PROMETEU ACORRENTADO: UMA LEITURA DISCURSIVA DE RELAÇÕES DE PODER E RESISTÊNCIA

RESUMO: A presente pesquisa busca evidenciar o discurso e suas relações de poder e de resistência na tragédia Prometeu Acorrentado, escrita por Ésquilo em 470 AC. Para isso, tomamos como base a vertente teórica da Análise do Discurso, sobretudo os conceitos desenvolvidos por Michel Foucault em A Ordem do Discurso (1970), A Arqueologia do Saber (1969,) e O Sujeito e o Poder (1982). Percorremos algumas de suas concepções para o entendimento da noção teórica de discurso, tais como, a de enunciados, formações discursivas, sujeito e, ainda, as noções de poder e de resistência. Com relação à análise, dividimos o corpus em dois blocos distintos, o primeiro deles enfatizando o poder, o segundo a resistência, concluindo que elas se estabelecem em uma relação de interdependência. A partir do caminho investigativo percorrido foi possível observar que a tomada das lentes discursivas para observar a materialidade linguística permite uma leitura mais aprofundada, na medida que convoca o aspecto sócio-histórico constitutivo da produção de sentido dos enunciados. ABSTRACT: This research aims to evidence the discourse and its relations of power and resistance in the tragedy Prometheus Bound, written by Aeschylus in 470 AC. For this purpose, we are based on the Discourse Analysis perspective, especially the concepts developed by Michel Foucault in The order of discourse (1970), The archaeology of knowledge (1969), and The subject and the power (1982). We follow some of his concepts in order to comprehend the theoretical notion of discourse, such as statement, discursive formation, subject, not to mention the notions of power and resistance. In the analysis, we separated our corpus into two main parts; the first one emphasizing the power, and the second one the resistance, which led us to conclude that they are interdependent. As a result from investigative path, it was possible to observe that by using discursive lenses to observe the linguistic materiality we were able to offer a deeper reading, since it convokes the socio-historical aspect constitutive of the production of meaning of the statements.