HISTÓRIA CULTURAL E SUAS ANÁLISES CREDENCIADA JUNTO AO MEC PELA PORTARIA Nº 1.282 DO DIA (original) (raw)

DIÁLOGOS COM A MEMÓRIA: UMA PROPOSTA LÚDICA NO ENSINO DE HISTÓRIA PARA O NÍVEL MÉDIO EM TORNO DE TEMAS RELACIONADOS À CULTURA AUTORITÁRIA BRASILEIRA

Os pedidos de intervenção militar no Estado brasileiro, o senso comum de uma "administração pacífica e exitosa feita pelos militares", que tem encontrado reverberação no ambiente escolar, motivaram a busca por uma ferramenta pedagógica que possibilite a problematização de tais "verdades". Este trabalho propõe a utilização de memórias como "objetos geradores" (LOPES, 2004), visando à produção de um jogo para abordagem dialógica do tema. Proceder-se-á ao estudo dos conceitos sobre Memória e Ensino de História, adotando como tema Ditadura Civil Militar e como são estudados no Ensino Médio. O jogo facilitará diálogos entre os temas visando à cientificização da cultura histórica (RUYSEN, 2014) no ambiente escolar. Conclui-se que tal instrumento permitirá que professores e estudantes relacionem o conhecimento histórico à vida prática.

A ARTICULAÇÃO ENTRE ENSINO E PESQUISA DE HISTÓRIA LOCAL: O PROJETO CARIRÉ ALÉM DOS MUROS NA EEM DONA MARIETA CALS

(Trabalho adaptado a partir de monografia apresentada no segundo semestre de 2015 no Curso de História da Universidade Estadual Vale do Acaraú) Resumo: O presente artigo trata acerca de Ensino de História, tomando como base uma experiência educacional interdisciplinar desenvolvida pelo autor na Escola de Ensino Médio Dona Marieta Cals, em Cariré, sobre História Local, através da História Oral e Educação Patrimonial. O objetivo deste trabalho é discutir qual impacto produzido sobre os jovens que participaram do projeto relatado, observar os resultados, repercussão, e socializar a experiência para ser reproduzida por outros professores. Abstract: The present article approaches the Teaching of History, having as a basis one interdisciplinary educational experiense developed by the author, at the Escola de Ensino Médio Dona Marieta Cals, Cariré, about Local History, trough Local History and Heritage Education. This work aims to discuss the impact that was caused in the mind youth that participated on the mentioned project, analysing the results, repercussion, and socializing the experience in order for it to be reproducted by other teachers.

FAZER-SE PATRIMÔNIO CULTURAL: TESSITURAS DE MEMÓRIA E HISTÓRIA NA UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES

Artigo apresentado no 33º Encontro Anual da ANPOCS (2009), tendo por objetivo apresentar algumas reflexões sobre o processo a que temos nos referido como a patrimonialização da União Nacional dos Estudantes - UNE. Trata-se de entender como os agentes mobilizados em torno da instituição, ao reelaborar sua performance na esfera pública; a que corresponde o processo de reconversão de capital político em capital cultural; acabam por inseri-la na retórica do patrimônio cultural brasileiro.

METÁ METÁ EM PERSPECTIVA HISTÓRICA E SOCIOCULTURAL

Terceira Margem, 2022

Vinculado à pesquisa de pós-doutorado em andamento sobre o grupo musical paulistano Metá Metá, este artigo propõe discutir algumas questões em torno das ideias de “Nova MPB” e “música independente” no século XXI, sob o advento da internet. Com base no objeto investigado, traz igualmente para o debate perspectivas de trabalhos recentes ancoradas na noção de “cenas musicais” e apresenta potenciais analíticos e metodológicos a partir do que Raymond Williams chamou de “formação cultural”

DESAFIOS DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NA PERSPECTIVA MARXISTA-Editorial

Tendo em vista a importância que tem a história e a educação em seu sentido amplo e, até mesmo, no seu sentido mais restrito para os processos de lutas pela transformação social, os editores da Germinal decidiram dedicar este número da revista às discussões acerca dos Desafios da História da Educação na Perspectiva Marxista. Não se trata, portanto, de analisar e compreender a história e a educação sob qualquer perspectiva teórico-metodológica, quer seja ela, a da dita Nova História, da Ego história, da história em migalhas, nem das teorias que desconsideram qualquer enfoque metodológico, ou que simplesmente adotam indiscriminadamente, um método qualquer. Nesta edição, ao contrário, privilegiamos as análises historiográficas marxistas, que têm como pressuposto, a concepção materialista, histórica e dialética, calcada nas categorias de totalidade e contradição, tendo como base a sociedade e as lutas de classes. Por isso, não partimos daquilo que os homens imaginam, pensam ou gostariam...

A HISTÓRIA CULTURAL ENTRE PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES MEMORIA e SOCIEDADE

Apresentar ao público ponugu& um livro de Roger Chartier implica uma -reflexão preliminar sobre as condiçõeJ da sua recePfão. Para isso, devemos começar por precisar o sentidq das trot:as entre as historiografias francesa e portuguesa nas últimas dkadas. No âmbito dos estudos relativos à época moderna, tais /rtJ(as poderão ser pensada.r a parlir ds três domínios essenciais. Em primeiro lugar, um ~onjunto lk trabalhos d8 histórit~ económica e social-dimensioMdos em diferentes escalas: urbana, regional, oceânica, intemmtinental -rtvela o grau de intervenção e a capacidade t:k influinâa do círculo ronslituíd() pela antiga École Pratique des Hautes Etudes. Em segtmdo lugar, um número comitkrável d4 estudos ds histriria ru!tural, atentos sobretudo aos registos literários, exprime não só o interwe frands por obras e auttms portugueses, mas também a jJre«up(lfáO em proceder à sua legitimação -através de revistas própritJJ, r:ú provas t~cadémicas e de formas de reconhecimento imtituciondl-1 ( Sorbonne, Coll8ge de France, Éco{e Pratique, Centre Culturel Portugais). PIW úttimr;, as tradufÕes de o!J,.as francesas -promovidas por alg11111as editoras liJboetas, entre as quais a Cosmos desempenhou um papel pioneirosão a prova dl uma pracura mscente da produção prowniente da «escola» dos Annales. Ser.J uma evidênda afirmar que nestes tfis domínios existem atrasos nacionais, num quadr() tk trocas tksiguais (salvaguardando o carácter excepcional de obYas com11 a de VitiJrino Magalhães Godinho). Mais difícil Jef'á diagnosticar a situarão actuaJ. A este pt'Opósito, alguma.s questões poderão ser dt.ixadas em aberto. Antes dt. maiJ, importa C()fJSiderar a bt~nalização de conceitos e de modelos explicativos da hisMria económica e social -em boa parte proportionada por prog,-amm e cut'1"ículos esfolares -uma vez dissociadfls do seu quadro original, verdadeirt~ml!nte inovado'f. Depois, há que reconhecer o dtclínio do intfflJse. frands pelos estudos de literatura portug11esa, facto 8 HISTÓRIA. CULTURAL a que não será estranha a interrrtPfão do diálogo entre as histórias da literatura e da cultura -consequência da difosã() de rZbordagens pottco interessadas no . . contexto temporal dos discursos e. resultado de dem;nfumfa! frente à fonte literária, . dotada de um estatuto menos real que o documento de arquivo. Por fim, interessa analisar o mercado das traduções, quando pretende paisar· pr:;r mteais produtos com dez ou vinte anos, chegandD a não identificar os teu! tradutores e só mttito raramente arriscando uma apresentafão das obras e dos autores. Ora, é a possibilidade de levar mais fundo a interrogação sobre eifas três questões que o pre1ente livro nos faculta. Propõe-nos uma reflexão sobre o paradigma hísloriográfico dos anos 5O e 60, construido em relação à economia e sociedade, mas que se tornou extensivo à história das mentalidades. Arsume como um dt~pto problema as formas narrativas, por um lado, porqtte são inerentes ao disctirso histórico e literário, por outra, porque fazem par/e dos documentos que o historiador toma pOt' objecto. Enfim, apreJenta-se como acttial, pois indtd oito ensaios publicados após 1982, r;rganizados txclusivamente para a edição portuguesa, numa altura em qtte se preparam ()ZJ começam a sair traduções do autor em inglês ( Princeton University Pms, Po!ity Pre.ss) e ital~no. Neste contexto, ler a História cultural: entre práticas e representações implica uma segunda ()f'dem de· reflexões, de modo a pâ1em cauJa as possibilidades de migração das ickias de Roger Chartier. O que equivale a perg:mtar: qual a distância entre o autor na sua origem e neste seu ponto de chegada/) Sem preocup~ções siitemáticas, repare-se que uma primeira distância .re encontra r~a configuração de atttores, reiviTJdicada ou aceite pelo próprio, e o ctmhecimmto que os leitore.r portugtteses poderão ter dos me.rmos. Tanto Pierre Bt>urdieu como Michel de Certeau são pouço conhecidos Bm língua portug~teJa e, apesar da.s traduções do primeiro, publicadas no Bratil, enconiram-NOTA DE APRESENTAÇÃO 9 -se por diwdgar algmru::s da.s suas obras mais importantes. Editores brasileiros têm-se preompado em dar a conhecer a obra de Michel Foucault, mas do lado de cá do Atlântico só muito dificilmente essas traduções pod~ ser comparadas ao fragmento que nos ofereceu, vai para dez anos, uma antologia organizada por E. Prado Coelho. A sondagem dwerá ser extensiva a outros autrwes -Gadamer, Getrtz, Hahermas, jauss e, ainda, Ricoeur-quase ignorados entre nós, mas INTRODUÇÃO Por uma sociologia histórica das práticaJ culturais PRÁTICAS CULTURAIS

ENSINO DE HISTÓRIA E PATRIMÔNIO CULTURAL: UM ROTEIRO

Um Pé de História: estudos sobre aprendizagem histórica., 2017

This chapter provides a roadmap of a course plan for the discipline of history and Cultural Heritage or Patrimonial Education given to students of the degree in History but can also is adapted for other levels of education. The aim is to show how the cultural heritage is so present in the UNESCO Heritage Letters ICOM, ICOMOS and UNESCO as much as in the neighborhoods, in the squares, in the immateriality of daily life of all of us.

MEMÓRIA E TRAJETO SECULAR: OS TERENA COMO PROTAGONISTA DE SUA HISTÓRIA

Resumo: O presente artigo possui como objetivo apresentar duas situações de protagonismo Terena na luta pela terra ao longo do século XX e historiar o movimento Terena em defesa de seus direitos. A metodologia utilizada foi à história oral e a etnografia (trabalho de campo), portanto um diálogo entre a História Indígena e a Antropologia. Os resultados apresentados foram de intensa movimentação dos indígenas para recuperação de seus territórios tradicionais. As duas situações reivindicativas em destaque demonstram que essa etnia e seus "guerreiros" (autodenominação dos homens que vão para frente dos embates com os fazendeiros) estão dispostos a retomar seus territórios, ao menos esses dos quais não se apartaram, para dar continuidade ao seu jeito de ser Terena. Os Terena atuais, pelo que pudemos perceber, foi tomando consciência de seu lugar social na sociedade brasileira. A partir desse movimento foram traçando novas estratégias políticas para ocupar novos espaços sócio-políticos. A arte da dissimulação faz parte do conjunto de táticas de negociação dos Terena e é amplamente utilizada pelas lideranças. Essas costumam concordar e aceitar as propostas que lhes são feitas em espaços não-indígenas de poder. Muitas vezes se comprometem a desenvolver as atividades propostas que lhes são favoráveis. Ou seja, concordam e se propõem a executar as atividades desde que sua população o aceite. Entretanto, se o grupo de apoio na aldeia discordar dos encaminhamentos propostos, simplesmente engaveta o projeto e suas ações.