2.º debate «Porque fecham as livrarias?» [Lisboa, Xabragas, Fábrica Braço de Prata, 9/VI/2018, 18h30, org. FBP e Filipe A. Rodrigues] (original) (raw)

Apresentação dos depoimentos. As editoras portuguesas e o seu património em debate: intróito problematizante às intervenções dos 2.º e 3.º encontros

Cultura Revista De Historia E Teoria Das Ideias, 2013

This special section represents the continuing of a project focused on cultural heritage of the agents involved in book production, circulation, and reception. Starting from the his­tory and the archives of publishing houses, collectors, bibliophiles and / or broadcasters, both the analytical introduction and the three contributions invoke the memory of these specialized agents, and discuss the threats that hang over this rich cultural heritage and offer possible solutions. Best practices from various countries impose an urgent reflection for the Portuguese context: that of concrete inter-institutional cooperation ways to ensure the filing, treatment and dissemination of a central dimension of the collective heritage and memory. The relevance of this issue is to be inextricably linked to sustainable recognition of the publishers collections’ heritage and historical status (and of other agents connected to the book) as living spaces for the construction of print culture and the history of books and publishing. The statements referred to are from Carlos da Veiga Ferreira, Fernando Paulouro Neves and Francisco Pedro Lyon de Castro. Este dossiê representa a continuidade de um projecto centrado no património dos agentes ligados à produção, circulação e recepção do livro. A partir da história e dos espólios de empresas editoriais e de coleccionadores, bibliófilos e/ou divulgadores, a introdução problematizante e os depoimentos convocam a memória dos agentes e debatem as ameaças que pendem sobre essa herança cultural riquíssima e possíveis soluções. As boas práticas de vários países impõem uma reflexão inadiável para o contexto português: que vias de cooperação inter-institucional concretas para garantir o depósito, tratamento e comunica­ção duma dimensão fulcral do património e da memória colectiva. A relevância desta ques­tão deve-se a estar inextricavelmente ligada a um reconhecimento sustentável do estatuto patrimonial e histórico dos acervos dos editores e doutros agentes ligados à edição e ao livro enquanto espaços vitais para a construção da cultura impressa e para a história do livro e da edição. Os depoimentos referidos são de Carlos da Veiga Ferreira, Fernando Paulouro Neves e Francisco Pedro Lyon de Castro.

«As editoras e o seu património em debate»: introdução problematizante e testemunhos

Cultura, 2012

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Lisboa, cidade aberta e fechada: das novas leituras em espaços públicos

Impossibilia. Revista Internacional de Estudios Literarios, 2019

This text analyzes the educational and socio-cultural reach of the open-air libraries in 20th century Lisbon, a Portuguese exponent of an international tendency to modernize librarian services. It exposes the limits of cultural modernity in a society in which educational and cultural democratization was very restricted and slow, but where street sociabilities, educational experiences and urban sociocultural dynamism have often been expressive. It is also verified how the educational function of the library varied according to the dominant political-ideological conceptions, moving from the progressive and emancipatory potential of the republican period to the emphasis on censorship and ideological control during the dictatorship. The authorities' desire for domestication of groups of emerging readers faced inexorable options, regarding the press and a more recreational reading, connected to Western cultural industry. In addition, the frequency of these extra-domestic spaces contributed to the gradual liberation of women from patriarchalism, fully assumed in the post-dictatorship. Nb: article freely available at: http://www.impossibilia.org/index.php/impossibilia/article/view/290/316 RESUMO Neste texto analisa-se o alcance educativo e sociocultural das bibliotecas ao ar livre na Lisboa novecentista, expoente em Portugal duma tendência internacional de modernização dos serviços bibliotecários. Expõem-se os limites da modernidade cultural numa sociedade em que a democratização educativa e cultural foi muito constrita e lenta mas na qual as sociabilidades de rua, as experiências educativas e o dinamismo sociocultural urbano foram amiúde expressivos. Verifica-se ainda como a função educativa da biblioteca teve sentidos distintos, consoante as concepções político-ideológicas dominantes, passando-se do potencial progressista e emancipatório do período republicano para a tónica na censura e no controle ideológico durante a ditadura salazarista. A ânsia de domesticação, pelas autoridades, de grupos de leitores emergentes enfrentou opções inexoráveis, pela imprensa e por uma leitura mais recreativa e ligada à indústria cultural ocidental. Ademais, a frequência destes espaços extra-domésticos contribuiu para a paulatina libertação feminina do patriarcalismo, plenamente assumida no pós-ditadura. nb: artigo com livre acesso ao texto integral em http://www.impossibilia.org/index.php/impossibilia/article/view/290/316; na imagem, leitores na 2.ª biblioteca ao ar livre do Jardim da Estrela, Lisboa, 1939 (detalhe da fotografia do AFM da CML, cota PT AMLSB CMLSBAH PCSP 004 EDP 001417)

Diálogos com a literatura portuguesa

Diálogos com a literatura portuguesa, 2020

Diálogos com a literatura portuguesa Organizadores: Aion Roloff, Antonio Augusto Nery, Eduardo Soczek Mendes. Este livro reúne estudos acerca de diversos autores da Literatura Portuguesa: do início do século XIX à contemporaneidade. Autores esses que fizeram da sua produção uma reflexão crítica sobre as suas realidades com a liberdade que a ficção permite. Ficção é também reflexão. ISBN: 978-65-88285-35-0 (eBook) 978-65-88285-36-7 (brochura) DOI: 10.31560/pimentacultural/2020.350

Modernização administrativa em Portugal e o futuro das Bibliotecas da Administração Central do Estado: o debate em curso

Encontros Bibli: revista eletrônica de biblioteconomia e ciência da informação

http://dx.doi.org/10.5007/1518-2924.2017v22n49p142Refletindo as atuais tendências nas políticas de modernização administrativa nos organismos governamentais, apresentam-se e discutem-se os recentes resultados de um relatório prospetivo para as bibliotecas, realizado em Portugal, no âmbito das atribuições da Direção-Geral da Qualificação dos Trabalhadores em Funções Públicas (INA). Este documento de orientação estratégica foi desenvolvido por um grupo de especialistas em gestão de informação, utilizando as metodologias de estudos do futuro e análise de stakeholders, tendo como objetivos contribuir para a construção de uma política nacional de informação que integre o papel e a estratégia das Bibliotecas da Administração Central do Estado, promovendo o reconhecimento das práticas de gestão de informação necessárias na Administração Pública e debatendo o seu valor e o impacto para as várias partes interessadas.

D’O Recreio à Livraria Romano Torres: edição para o grande consumo no Portugal contemporâneo

Tese de Doutoramento em Sociologia Especialidade em Sociologia da Cultura, do Conhecimento e da Educação, 2018

Este estudo procura entender os modos como o mundo social da produção editorial da cultura impressa e publicada se estrutura na criação do livro e na sua circulação, a partir da explicação articulada da sociologia e da história. O livro destinado ao grande consumo e à venda alargada surge como um laboratório interessante para o entendimento desse mundo social, o da edição, porquanto constitua um ecossistema privilegiado de inauguração ou de teste de formatos, de processos narrativos e de formas de circulação e disseminação, e de modalidades de relacionamento com a criação e o recorte das obras editadas. O objecto que corporiza esse estudo e que aqui se analisa é o da Romano Torres, uma editora lisboeta centenária com actividade no espaço da língua portuguesa entre 1885-1886 e 1990. A fonte principal do estudo foi o acervo documental do Arquivo Histórico Romano Torres. É nos dados fornecidos directamente pelo património da Romano Torres e da família dos seus editores que se situa a força empírica deste trabalho, na medida em que a sua existência é portadora de vantagens para a construção de uma sociologia e de uma história da edição de livros e da cultura impressa em Portugal no último século e meio. A investigação empreendida sobre a editora escolhida não procura ser um portal para o conjunto da edição portuguesa dos anos compreendidos entre o final de oitocentos e o final de novecentos. Constitui antes uma exploração de caso a partir da qual se produza um conhecimento mais profundo e circunstanciado de um cortejo de mecanismos e processos de construção editorial do mundo do livro com efeitos no contexto mais geral da edição para o grande consumo. Esta pesquisa não pretende, por isso, ser uma biografia institucional da Romano Torres. O estudo aprofundado do percurso da Romano Torres revela como uma editora se erige como instância capaz de intervir nas dinâmicas autorais, balizando a actuação dos escritores, tradutores e adaptadores que congraça para o seu catálogo, determinando-a até em múltiplas ocasiões. Interrogar a actuação editorial a partir do caso analisado neste trabalho é, então, perceber como o intrincado sistema de relações e de contexto influi na acção dos agentes e nas suas disposições, revelando como na produção e circulação cultural a autonomia de cada campo só pode ser explicada à luz da sua permeabilidade. No fundo, o que interessa ao presente estudo é saber como é que o funcionamento de uma editora que publica livros para o grande consumo acabou por intervir na sua oferta e nas maneiras como a procurou fazer circular, interferindo simultaneamente na transformação do mercado do livro e nas maneiras como o livro chegou aos leitores, através de um itinerário feito de cooperações e tensões entre vários actores do mundo do livro. This study seeks to grasp the ways in which the social world of the publishing production of print culture is structured around the creation of books and their circulation, by articulating explanatory contributions of both sociology and history. Books targeting a wide public and mass consumption can be seen as an interesting laboratory to understand the social world of publishing, inasmuch as it constitutes a privileged ecosystem for the launching or testing of formats, of narrative processes and forms of circulation and diffusion, and of modalities involved in the creation and shaping of published works. The empirical object of this analysis is a one hundred years old publishing house set in Lisbon – Romano Torres –, which established its activity in the realm of the Portuguese language between the years of 1885-1886 and 1990. The primary sources for this study were the documents compounding the Romano Torres Historical Archive (Arquivo Histórico Romano Torres). The empirical strength of this study lies in the data provided directly by the records of the Romano Torres house and the dynasty of its publishers, as their very existence favors particularly the elaboration of a sociology and history of book publishing and print culture in Portugal, for the last century and a half. The research undertaken, having this publishing house as the empirical focus, is not intended to be a gateway to apprehend the whole of Portuguese publishing for the period between the late eighteen hundreds and the late nineteen hundreds. Instead, the exploration carried out translates into a case study with the purpose of gaining a deeper and more nuanced understanding of a plethora of mechanisms and processes through which publishing raises and shapes the world of books, whose effects ripple in the wider context of publishing for large consumption. Therefore this research is not set out to offer an institutional biography of the Romano Torres house either. The in-depth study of Romano Torres’ trajectory shows how a publishing house sets itself up as an actor capable of intervening in the agency of authors, guiding – even determining, on multiple occasions – the performance of the writers, translators and adapters it accommodated in the catalogue. Thus, to examine the publishing activity through the case analyzed herein is to understand how this intricate system of relations, and their context, shapes the action of agents and their dispositions. This reveals how in cultural production and circulation, the autonomy of each field can only be explained taking into account its permeability. In the end, this study is interested in capturing the ways a book publishing house for mass consumption ended up shaping a catalogue and its forms of circulation, by intervening simultaneously in the transformation of the book market, as well as in the forms of making books reach their readers through the course of a social itinerary conjoining, in tension and cooperation, multiple actors of the book world.

A atribulada criação da Biblioteca Pública de Braga e o seu arrojado bibliotecário limiano [preprint]

Ponte de Lima: do passado ao presente, rumo ao futuro!, 2019

A criação da Biblioteca Pública de Braga, uma das primeiras da modernidade em Portugal, e uma breve sociobiografia de Manoel Rodrigues da Silva Abreu, seu primeiro bibliotecário, são apresentadas no contexto das relações socioeconómicas, culturais e de poder político das décadas iniciais da existência dessa Biblioteca. Alguns episódios da criação e da consolidação da Biblioteca, assim como da vida profissional do bibliotecário serão destacados proporcionar uma leitura aprofundada a partir de um caso singular. A análise e interpretação deste caso encerram capacidade para esclarecer não só a história das bibliotecas públicas em Portugal como para fornecer elementos enriquecedores de um quadro mais amplo, para este período da história cultural de Braga e do país.

Diálogos com a Literatura Portuguesa II

Diálogos com a Literatura Portuguesa II, 2022

Este volume dos Diálogos com a Literatura Portuguesa apresenta estudos sobre autores portugueses do século XVII à contemporaneidade, abrangendo desde novas leituras sobre o cânone até a (re)descoberta de escritores esquecidos ou mais recentes, sob perspectivas que interessam não apenas a especialistas da área, mas também a alunos do Ensino Básico à Pós-Graduação. Em suma, um excelente convite para (re)ler a Literatura Portuguesa.